Deserto
Deus treinou Moisés no palácio para usá-lo no deserto. Treinou José no deserto, para usá-lo no palácio.
"Toda criatura do deserto sabe reconhecer os sinais de quando a noite vem, de onde o vento sopra e para que lado as dunas se movem. Conhecem pelo cheiro, pelos ruídos e até pelo silêncio. "
A mente vazia é como
um deserto de árvores
estéreis, e perece porfalta
de conhecimento, mas o
que enche o coração de
sabedoria, semeia a paz.
tua boca provoca sede
de mil sóis em deserto árido
teu olhar desperta inveja
no universo
seu jeito único de ser
mostrou-me o fim
de minha existência
e o nascimento
de uma nova vida
possibilidade antes
improvável..
Não tenha pressa
Quem colocou você no deserto vai te tirar de lá, não procure sair, não se desespere, não tenha pressa, confie. Os olhos estão vendo fome, sede e desgaste. A fé está vendo intimidade, disciplina, comunhão, santificação e maturidade
Sentimentos.
Em algum lugar desse mundo,
Em um oceano,
Em um deserto,
Em um porto qualquer,
Em uma cena de filme ou novela,
Em uma simples casinha de sapê,
Mora a alegria,
O sofrimento e o sentimento,
Juntos,
Caminham de mãos dadas,
Caminham transportando vítimas da felicidade e da escravidão,
Uma abolição,
Um tormento,
Um livramento,
Uma fantasia vestida de paz,
Ou uma paz vestida de fantasia,
Mora também a realidade,
Que vai embarcando sonhos, risos e navegando,
E seguem em um destino ainda desconhecido,
O tempo vai passar,
E tudo na vida são passeios elaborados por ansiedades,
Ou por vaidades que falam em primeiro lugar,
Quem sabe o orgulho,
Quem sabe uma fratura dolorida
Quem sabe uma ameaça falsa ou verdadeira,
Nos braços de um velho instrumento eu dou um pequeno puxão,
Notas musicais que vem na mente que nem sei como explicar,
Poesia tirana !
Tudo isso é ou não é um cativeiro ?
Responda-me !
Submissão e obediência vestida com olhar do raio solar ?
Serventia ou valentia ?
Que cega e destrói as moléculas da imaginação,
Oh Servidão !
O que significa realmente a palavra!
'Tolerar?..'
É lutar ?
É viver ?
É uma escola onde não existem diretores e professores?
É pedagogia versificada de um conteúdo neutro ou uma metodologia diagnóstica da política cruel e severa que levam todos ao um buraco profundo?
Vou romper então a barreira que te cega maldita escravidão,
Tente fazer de mim o que tu achas que deve fazer,
Tente.!
Decidirei se serei eu ou sua cega peçonha que tocará o som de um violão que vai doer aqui ou aí,
Tente..!
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
É no deserto que se conhece a consistência, a medida e a durabilidade de nossas escolhas e decisões.
Deserto
Nos morros esculpidos pelos ventos, nas mais altas fendas do Jalapão, a Princesa existia.
Presa em um Castelo cheio de ecos onde esquadrinhava a sua solidão.
Jamais descia.
Escondia-se com receio dos bichos que uivavam, rastejavam e se metarfoseavam junto ao capim dourado.
Do alto avistava as caravanas que contornavam as dunas à procura de sombra abaixo do chapadão alaranjado de arenito.
Ouvia os murmúrios dos preparativos do pouso, admirava a pequenas fogueiras iluminando a jalapa em chão de estrelas rastejantes.
Ao dia a savana dourada era castigada pelo vento indomável que carregava grãos de areia em constante combate.
Tinha desejo de descer, pisar naquela areia alaranjada, correr naquele silencioso esmagando o capim que choraria em seus pés estalando lamentos e rugidos.
No Castelo havia somente uma entrada.
E seus contornos e arrabaldes transpunham em curvas e corredores sem saídas obscuros para confundir estrangeiros.
Vivia ali sem nenhuma lembrança do passado somente do presente. À noite o Príncipe chegava carregado de conquistas e presentes alucinantes e ela viajava bem longe em seus verbos.
Na madrugada ele roubava seus sonhos durante o sono. Retirava seus aromas, as cores, suas noites enluaradas e o frescor de seu corpo banhado na alucinação dos rios.
Passou a Princesa a sofrer de nostalgia, de inquietude dolorosa, num choro calado debatendo-se com a sua imaginação.
Não havia superfície em sua vida, tudo era fundo e inatingível. Lembrava-se só das fogueiras estalando no lanço do isolamento das noites.
Tinha, portanto, um Castelo sem sonhos, janelas semicerradas e portas herméticas.
Passou a ficar extremamente branca, enluarada na cor onde se via seu mapa angiológico, desenhado, pulsando em suas veias.
Sua voz passou a ficar vigorosa, com ares de sufoco e repetir desejos. Diziam que a sua formosura estava pregada nas paredes da jalapa e respondia ao chamado dos curiosos.
– Princesa, onde estás? E no eco ela respondia:
– Onde estás?
Quando a caravana passava, abria suas tendas, nas sombras das noites insones, sua lenda sobressaltava junto à lua cândida.
E na placenta do imaginar ela nascia como alma de ilusão de quem deseja habitar na fantasia.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
PROVAÇÕES
Nas areias do deserto
Sem saber se longe ou perto
Ali: de peito aberto
Num escaldante relento
Escassez para o sustento
Firme ideal como alento
Sem ceder nenhum momento
Apesar das tentações
Miragem de emoções
Nas mais diversas provações
Desafios diários na aridez
Onde a Fé não perde a vez
Luz e Trevas dualidade
Sacrifício à liberdade
Para o bem da Humanidade.
Pode dormir tranquilo
Quando você acordar
Vai ter surpresa
Nesse deserto
Deus vai preparar pra ti uma mesa
Com a providência que
Você há muito tempo esperou
A noite escura da alma
No deserto escuro de uma alma sem força.
Não é possível encontrar o caminho, nem saída, nem entrada.
Não se sente o cheiro doce da flor, nem o refrescante toque da garoa.
A lua não brilha perto, o sol já não esta repleto.
As palavras geram ecos, os sistemas neurais já não subsistem a ociosidade cognitiva do desencorajamento cerebral.
As decepções não emocionam mais, o inconformismo não traciona a vontade.
As decepções não geram traumas capazes de esgotar a dor do vazio.
A vida carrega em si o peso de um globo oco, escuro e frio.
O salvador não pode salvar aquele que nem vive nem morre, nem dorme, nem sonha.
No escuro não há vida, nem luz, nem produz, só há dor, nem amor, nem calor, nem valor.
No escuro não há depois, nem talvez, só o fim.
Mesmo assim, escuro não tem fim, nem inicio, escuro é obtuso, é nada.
O escuro transcende a imagem, os sentidos, o escuro é em si mesmo a razão.
No escuro não se tem paixão, nem valor, só pavor.
O escuro não tem alma, mas tem a calma e o barulho silencioso do desespero.
No escuro, não existe abandono, nem perseguição, nem desanimo, nem angustia, só o horizonte imóvel, estático, apático.
A escuro anoitece a alma.
só a sede
o silêncio
nenhum encontro
cuidado comigo amor meu
cuidado com a silenciosa no deserto
com a viajante com o copo vazio
e com a sombra de sua sombra
Asas no silêncio
Eu sei do prazer que é sentir
Crio asas no meu deserto
Sobrevoo devagar
Como quase uma queda
Solto meu corpo
Faço tudo que cismo
Nesse mundo insano
Sei mais de voos que de ninho
Sempre que posso me firmo
Quando não, me atiro
Sem me preocupar com a distância
entre o chão
Nas asas desse silêncio
Sobrevoo distraída
Eu me perco e me acho
Troco a sina pela rima
E todo meu deserto
Transforma-se em poesia
Esse sentimento de liberdade
Toma conta do meu âmago
Torna meus sonhos possíveis
E toda angústia curável
Poema autoria de #Andrea_Domingues
Todos os direitos autorais reservados 04/08/2020 às 11:15 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Estou passando pelo deserto
Sozinho no sol quente
Sinto que do mundo estou perto
Mas não vejo nada a minha frente
Meus inimigos se lembram
Acham que fui derrotado
Que no deserto da vida
Eu morri desidratado
Mas eu estou aqui
Superando os perigos
Diante dos obstáculos
Eu continuo vivo
Pros que acham que morri
Não sabem de um bocado
O sol que era meu inimigo
Hoje é meu maior aliado.
Que para alguns é tempestades pra outros é convite, só quem passa pelo deserto entende o valor do copo de agua, a felicidade é instantânea a dor é duradoura molda e lapida transforma bijuterias em diamantes, essa historia é de milagres as pernas podem até pisar em espinhos, mas são os passos da fé, solitário coração resmungando entre as noites vazias, encontrando respostas vindas do céu, no fundo do poço muitas vezes abandonada o que para muitos seria o fim, resultou o nascimento dos sonhos que Deus estava escrevendo, nada se apaga parágrafos escorrem sangues vindos das lutas, lagrimas florescem os jardins da alma reluzido nos olhos tonalidades mais valiosas que a cor da pele, a estrela apenas se apaga quando a vida se faz ausente enquanto o coração bate historias continuam digitando, artigos versículos e poemas reluzem crenças, apenas pessoas que vem de muitas tempestades perdem o medo da chuva, essa frase guardo em minha mente e levo comigo para onde eu vou.
Um trecho de minha vida!🌹
E a vida tem sim partes.
E um deserto é a parte que atravesso.
Com pequenos passos, nem perceptíveis.
Um trecho dela em especial para mim.
Corrigir talvez...
Um refletir conturbardo.
Sei que ainda tenho um coração,
Porque doi demais.
Sou eu herói de mim mesmo a me salvar todos os dias.
Noites e dias, não vejo as tardes.
A felicidade é um bolo de aniversário que dura enquanto as palmas.
Sigo minha mente, que hoje demente me persegue.
Nao me deixa olhar o espelho e sorrir.
Vou até a porta para sair e antes de chegar nela já estou de volta.
Abro a janela e são muitas que se fecham diante desta.
Sou eu e apenas eu diante mim.
De mim para mim.
Sou forte e sou fragil.
E assim esse pedacinho de vida meu passa,
Assim como um caderno em branco e um lápis sem ponta.
Não há o que desejar, sem sabor,
Uma espera de copo de água no deserto meu.
As cores já se recolheram dos meus olhos.
A dor de não saber o quê, é meu maior segredo.
Sentado aqui e ouço esta canção abaixo. Enquanto escrevo.
Espero que não estar só.
E que possa ser bom quando terminar.
Não dá para ter a certeza de que o mundo estará aqui amanhã.
Um olhar ao céu e apenas um pedido.
A paz ...
Que esse pedaço de meu caminho seja breve.
Quero olhar novamente o mar,
Sentir sua brisa em meu rosto,
Ver que eu também posso ainda sorrir.
Viver...
Que a guerra contida em mim,
Tenha fim.
Que todas as armas que me causam dor sejam juntas e desimadas.
Sou tempestade em um copo d'agua.
Mas ainda amo as rosas,
O som do mar,
As arvores e o brilho do sol,
Ainda choro em finais tristes.
Ainda tenho amor,
Ainda vou sorrir,
A sensibilidade está em mim,
A vida esta em mim,
E em grande contenda esta em mim,
Me aprisiona dentro, no interno de meu eu.
Mais sei...
Que o sempre não existe.
Chegarei ao fim deste "breve" trecho de minha caminhada.
Eu me vencerei.
E serei feliz ao me derrotar.
Estarei livre de minhas algemas.
Liberto...
Livre, dentro de mim.
José Henrique