Deserto
O amor tem que ser livre, como os passaros no deserto. pois quando é impedido, de seguir o seu voou ,acarreta serios problemas.
Pelas flores do deserto,
o auge extremo de nossas almas,
a perdição de desejos,
surgentes num mundo surreal,
diga me a verdade que busca
e pode ser que se perca...
em mundo de solidão.
pelo soa entre abito da dor,
mero sonho cruel,
deu asas do inexplicável,
assim me calo.
Lágrima que meu sorriso sepultou,
o amor no deserto ardente me deixou.
Joguei todas as cartas, perdida estou,
para o abismo da solidão ele me puxou.
O pior deserto é aquele que nos encontramos, sem deixarmos perceber, permitindo-nos permanecer acorrentados em nossas utopias e desistir de nos reencontrar.
O deserto que mais nos aflige será o maior manancial de experiências, que iremos repartir para aqueles que estão passando por ele, e não conseguem ver o poço de riquezas que este produzirá
Há um muro de concreto.
Um dilúvio no deserto.
... Um delírio, um delito!
Um furo profundo no muro
– Que a chuva traga, que a noite caia
Que a vida leve, que os ditos não ditos nos digam!
Há um vácuo vago no espaço
Um vazio opaco nesses traços...
Um passado pairado em pedaços
O pudor, o poder, o pisar dos passos.
Há uma figura, um figurante
Um sentido, um figurado...
Um dia sortido, efeito surtido!
– Álibi mediato. Alívio imediato.
Há quem diga que não entende
Quem não entende o ditado
– Há um rio, um riso, um raio!
O escuro, o escudo... Um espelho quebrado.
Eu vejo o nascer do sol rastejando nas terras secas do norte, tudo muda como o vento do deserto, lá vem ela em minha direção e novamente ela foi embora !!
Assim como o povo de Israel no deserto, nós perdemos as bênçãos quando preferimos reclamar em vez de enfrentar as circunstancias da nossa caminhada com fé e amor dando glória e graças a Deus.
NOVELO DA VIDA
(Bartolomeu Assis Souza)
Em meu deserto solitário
Em meu profundo cansaço
Nesta travessia sem fronteiras
Em léguas longínquas
O novelo da vida esvai-se
E a vida é o desejo
Que se desenrola...
Até o fim...
A morte é o fim do novelo...
E ao morrer vou para bem longe...
Onde jamais irão encontrar-me...