Desentendimento
"Havia um arbusto de flores.
Houve o verão e ele brilhou intensamente, então houve a primavera e as flores se renovaram maravilhosamente, mas um dia chegou o outono e enfraqueceu o arbusto, no inverno não suportou mais a existência e sucumbiu, seu lugar ficou um deserto.
O arbusto não tem culpa de ser arbusto, assim como o inverno não tem culpa de ser inverno"
Decepções ou desentendimentos são como feridas: nós sempre nos machucamos em diversos momentos de nossas vidas e, mesmo que a dor seja, por vezes, algo aparentemente insuportável, ela é momentânea, como também, às vezes, deixa cicatrizes, mas aprendemos a ignorá-las e a lidar com elas, caso contrário, acabamos por sofrer durante o resto de nossas vidas. Muitas vezes, somos nós os agentes causadores de nossas próprias dores, ou também somos agentes cooperadores; e, pela presença de uma personalidade hetero destrutiva e de instintos de sobrevivência e de desconfiança, acabamos por colocar nossas relações ainda mais em risco.
Em momentos de tensão e contrariedade, o resultado do orgulho exagerado de uns, tocado pela falta de paciência de outros, tende a se converter em vastos campos de humilhação e desgraça.
O casamento na verdade, só funciona quando, uma vez ou outra, existe uns pequenos desentendimentos, porém controlados e bem resolvidos.
Desentendimentos existem para lhes mostrar quem realmente são as pessoas as quais sempre falaram ao seu respeito por aí.
Na penumbra da noite, onde os suspiros ecoam e os corações revelam seus segredos mais profundos, há uma história singular de amor e desconexão... Era uma vez um filho cujo coração era um labirinto de emoções contraditórias, um intricado emaranhado de amor e desafios.
Ele amava sua mãe, não por escolha, mas por destino. Nos laços intrínsecos que os uniam, nas memórias entrelaçadas de sua infância, ele encontrava o calor reconfortante do amor maternal. As noites em que ela o embalava com histórias de encanto, os dias em que suas palavras eram bálsamo para as dores infantis, tudo isso tecia os fios invisíveis do amor.
Contudo, em meio às sombras dos anos, cresceram as distâncias. Os caminhos da vida os levaram por trilhas distintas, onde as pedras da incompreensão se erguiam como muralhas entre eles. Os dias se transformaram em anos, e o entendimento se perdeu nas entrelinhas do tempo.
Ele amava sua mãe, mas não gostava dela. Nas complexidades da relação, encontrava-se um enigma de sentimentos que desafiava a lógica do coração humano. Pois, enquanto o amor fluía como um rio infindável, a simpatia tropeçava nas pedras da discordância.
E assim, na tapeçaria da vida, eles teciam uma história de amor imperfeito, onde os fios do afeto se entrelaçavam com os nós da discordância. Mas, apesar das sombras que pairavam sobre suas relações, havia luz nos recantos mais profundos de seus corações, uma luz que brilhava com a esperança de entendimento, de perdão e de aceitação mútua.
Pois no coração humano, mesmo nas sombras mais densas, há sempre espaço para o amor, mesmo quando o gostar se torna um desafio. E na jornada da vida, talvez seja nessa imperfeição que residam os laços mais verdadeiros e profundos, onde o amor, mesmo confrontado com a discordância, encontra seu lugar para florescer.
Questionas-me
todos os dias -
porque sou assim?
Em tormentos
passas as noites, dizes -
que sou ruim
Quisera eu que te esquecesses,
que existo, e me deixasses
em paz
O brilho das estrelas
conseguirias ver,
garanto-te!
As lágrimas
que por mim falas
não pararem de correr
Tornar-se iam
em gotas de esperança
para um amor maior.
Não havendo solução definitiva no combate a uma discórdia, a prática do silêncio, da reflexão e do afastamento oportuno pode amenizar os ânimos e concentrar forças em algo mais vital.
A pressa na defesa imediata do seu ego ferido é uma atitude que pode te expor a uma sucessão de derrotas em consequência do estado emocional alterado.
“É necessário que as almas se digladiem, antes que os corpos se unam”.
É do confronto que nasce a exposição. A batalha gera a dor e quando dói ferir o outro, então você percebe o amor. E odiamos ferir o coração de quem amamos, pois estamos ferindo a casa que nos abriga.
Pode haver um imenso abismo entre o que você deseja mostrar para o próximo, e o que o outro deseja que você também entenda. A ponte que une os dois territórios se chama compreensão ✨
Já fui a pessoa que se importa em desfazer desentendimentos e limpar minha imagem manchada por fofocas e mentiras... hoje eu deixo cada um pensar o que quiser. Eu chamo isso de PAZ.