Desenhar
Não adianta apenas desenhar uma vida perfeita... Se você não fazer dela real.
Não manche seus desenhos capriche em tudo que você faz e sempre busque qualidade.
Tua vida é do jeito que tu faz, do jeito que tu aceitas como ela quer que seja.!
Amar-te
Posso desenhar-te em meus sonhos
Sentir-te no meu despertar
Tocar-te em meus silêncios
E falar-te num simples olhar.
Posso procurar-te entre tantos
E além de muitos... encontrar-te
Pelo gosto de teus doces encantos
Singularmente, faz-me amar-te.
Posso surgir-te como raios quentes
Feito trovões, fogos inocentes...
Ardentes quimeras flamas por ti.
Pois, quero-te mais do que tudo
Trazer-te de volta pro meu mundo
Que acorda! Desperta-me somente em ti.
CÂMERA LENTA
o que vejo ao recordar
do que passou e se foi
é a vida a desenhar
o sobe e desce, me perdoe
se sanha no poetar apresenta
é que num giro, o que corrói
são saudades em câmera lenta...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Dezembro, 2016
"Deixe a maré bater na rocha e desenhar o rastro do tempo, calejar pacientemente a dureza da natureza e pelos anos encontrar as brechas para que tudo se encaminhe com tamanha perfeição, observado atenciosamente pelos olhos de Deus para que nada ocorra dr modo aleatório e sem sentido. "
- John
Não sei
Não sei cantar
Não sei desenhar
Não sei dançar
Não sei tocar
Não sei amar
Não sei sorrir
Não sei colorir
Não sei aplaudir
Não sei descobrir
Não sei acolher
Não sei escrever
Não sei ler
Não sei viver
Não tenho talento
Meus olhos estão fechados por fora
Estão abertos por dentro
No meu mundo interno
Onde se faz silêncio e nada é descoberto
O meu mundo secreto
Trancado e não pode ser aberto
Não sei quem sou
E nem para onde vou
Sou eu e apenas não sei
Não sei o que sou
Renata Rietjens
Eu queria por um instante definitivo qualquer, ser a soberana artesã do desenhar de uma vida. Queria que esse hoje a àquele futuro mais distante, tivessem as cores, as formas e os cheiros dos meus sonhos.
Seria bom se por uma noite apenas, os fantasmas se fantasiassem de palhaço e sorrissem de si mesmos, experimentando o avesso do susto e rendendo-se à luz de um sorriso.
Quem dera mesmo se o fim existisse apenas para os medos e jamais para as nossas tão breves e raras vertigens de felicidade. O outono perderia a hora no manso sossego do sono e a primavera seria senhora do tempo que regala os olhos e suaviza a alma.
Eu queria que os afetos fossem livres e eternos como penso serem as borboletas. Morrer para em outra forma nascer, faz eterna uma existência. E não há nada mais legítimo à liberdade do que a promessa de um recomeço.
Se eu tivesse que pintar com tinta fresca as mais sublimes emoções, estariam lá estrelas que embalam redes, sereias que durante nossas viagens de sono, nos levam a passear pelos mares de Netuno, lá onde se é possível ver e sentir tudo aquilo que não podemos tocar, a emoção não vista que nos tira o ar. Eu pintaria ninfas que nos guardam em cama de folhas no alto das árvores, onde nada mais nos alcança a não ser as brechas de sol por entre os nimbos. Estariam lá, conchinhas misteriosas, ainda fechadas, com cheiro de algas, trazidas até meus pés pela espuma do mar fiel e cansado.
Eu pintaria com a mais fulgente das cores, um colo de afeto chamado minha mamãe. Braços com o alcance do céu, ternos e fiéis, acalanto de toda uma vida em cada abismo meu. Nem sei se todas as cores, dariam conta de tanta ternura, de tanto zelo, da soberania de um amor valente e incondicional, desses que só se tem um a cada vida.
Estariam lá também os meus sorrisos, os sorrisos de quem amo e de cada um que numa inesquecível passagem por minha vida, me fez sorrir. Os abraços, os mimos, minhas pérolas e afagos de afeto, estariam lá, por certo. E o que diriam todos.... Jamais conheci alguém que gostasse tanto de sorrisos e de abraços. E num cantinho à direita do quadro, com traços tímidos e quase imperceptíveis ao correr dos olhos, eu pintaria o que mais sou. Uma emoção desajeitada, um sonho não prometido, uma crença não corrompida, um sempre, um nunca. Um outono cinza que enevoa as flores, breve e clandestino em muitos, eterno e raro em poucos.
As decepções, os sofreres, as flechas DE TÃO PERTO em meu peito, essas eu não pintaria. Seria tornar-lhes perenes, epitáfio confesso de mim. Em meus traços não haverá pandora. As marcas feitas a ferro em brasa, devem ser vistas e traduzidas apenas por quem as tem em sua carne. A vida se já se encarrega de fazê-las retrato inexorável de nós. Ventanias infames ao amor mais puro, desertos de princípios que chocam, assim como as folhas tortas após a tempestade, é luz apagada dentro da gente, é esperança corrompida que, por fim, te embrutece e te esvazia a alma.
Pelos caminhos de um universo paralelo que tem os contornos de minhas buscas e de meus sonhos, encontro-me e, por vezes, perco-me. Talvez porque eu não seria uma boa artesã, talvez porque a ponte que deixa para trás o que só a ilusão permite viver e sentir, jamais me será possível atravessar.
Eu vou desenhar nós dois e depois eu vou pintar o nosso mundo bem colorido. É para nos eternizar.
Cláudia Leite S.
Para se desenhar o processo de políticas públicas, é necessário traçar o caminho da ação estatal. É fundamental analisar o funcionamento da máquina do Estado, identificando os "fazedores de política".
"Um ponto final para a dor. Uma vírgula para se recompor. E mil páginas para desenhar os sorrisos que ainda virão!".
Difícil é desenhar um sorriso quando se derrama lágrimas que possam manchá-lo;
Mas se faz impossível esquecer quem se ama, habitou o coração e deixo-o;
Tudo fica enquadrado agora, na minha caixinha mágica de desenhar imagens.
[fragmentos de poesias secretas "Desejo"]