Desencontro
Não dispute o seu próprio desencontro esperando um indicar que não sinalize coisa alguma;
Nunca te abandonaria, mesmo tendo outro amor partindo o seu pobre coração, não preciso de explicações para com o seu caminho;
Foram muitos dias tentando decifrar cada desencontro, cada perda, cada esquecimento. Até entender que decifrar não era a tarefa principal, mas sim aceitar e agradecer. Pois só foram possíveis as poesias porque alguém se dispôs a se entregar até o seu limite. Fecho os olhos e vejo fé. Vejo luz. Vejo anjos. Um dia a gente entende que cada minuto perdido em prol de um sonho se reveste na realização do mesmo. Porque esperar não é perder tempo. É querer o melhor!
Não importam as circunstâncias quem tentam o nosso desencontro, para que não vivamos a felicidade;
Mesmo que eu tenha que sustentar o meu sentimento para entregar em suas mãos o farei;
Minha causa é o teu descanso e teu medo é minhas verdades que tanto tenho para lhe oferecer;
Desencontro
O receio
de se revelar,
leva ao desencontro.
Então,
devemos olhar nos olhos
de quem queremos.
Porque assim,
descobrimos e ouvimos
o que os lábios não
conseguem falar.
Desencontro
Sempre que um chega o outro dá a partida
Não quero ser o encontro dessa despedida
Quando acontece assim agente perde a vida
O coração vive pensando que o outro quer
Mais é uma ligeira vontade só fingida
O coração do homem precisa da mulher
Pense no que você ainda pode ter
Lembre-se se não quer perder
Amor não se joga fora
Ande venha logo não demora
Pois o meu coração chora
De saudade de você.
Quase perco o dia e sempre perco as noites
Não faça assim comigo
Dentro desse coração
Existe um sentimento que você criou.
Não me faça desistir de amar você
Mesmo que um chega o outro dá partida
Meu coração não já não pode te perder.
Desencontro
Suas lembranças perturbam minha mente
Que não quer mais pensar.
Vejo seus olhos ao longe,
Num sonho distante
Que não me deixa acordar.
Sinto que não estou mais aqui,
Meu lugar não consegui
E você não me deixou estar lá.
Preciso desesperadamente
De alguém sorridente,
Que não tenha motivos para chorar.
Cresci à sua espera,
Sem saber quem você era
E ainda não sei o que é amar.
Talvez a vida esclareça
Ou algum dia você apareça,
Se eu ainda conseguir respirar.
Encontro & Desencontro
Sabe o que me faltastes? Cena de morte, um teatro, um enrredo e vc
Quando não apareces, fica vazio, da um frio, poesia do ser
Mas quando te lembras da gente, voltas de novo
Traz todo medo, desejo, magia e sufoco
A gente se encontra de novo e sente o gosto de ser um do outro
Desperta o desejo de ser novamente amantes do corpo
Mas a noite, por ser outrora dia, dura pouco
Ai vou eu de novo atrás de consolo
Copo vazio ao som de vinil, cama desarrumada
Lamentos e tormentos, dia de ser apenas eu e mais nada
Ai vem o medo trazendo com ele o gosto do receio, mais cedo eu creio
Que tudo pode ser diferente no outro, mas fica o desejo de sermos algum dia novamente
Vento e sopro... Vela e fogo... boca e beijo......um encontro perfeito
Sabe aqueles desencontro do passado
Que te faz acreditar que ate o certo é errado?
Pois é
Tudo isso porque eu sei que voce pertece a mim
A vida é o encontro e desencontro de pessoas que na maioria das vezes buscam um mesmo objetivo em sentidos opostos.
DESENCONTRO
Às vezes olho para mim e não me vejo.
É comum eu me deixar por onde estive
E voltar pra me trazer e não percebo
Que ainda estou andando como se vive.
Acontece até de me afeiçoar
Por argumentos soltos eu me escoltar
Da companhia boa de quem me cobiçar
Da presença doce de um bem beijar.
Tomo em conta direções contrárias
Nas investidas tolas de partir e vir
Contrafazendo minha falta etária
Isto me faz um bem sentir e rir.
Onde anda o homem que esteve aqui
E suas invenções expostas na calçada
Antes do meu olhar sentir, fingir
Um gesto néscio intento impensado.
E é o desencontro que faz de segundos vidas inteiras...O que faz o coração sorrir é a esperança que um dia ,de forma surpreendente tudo vai acontecer.Crer nisso estimula o coração a sorrir e enxuga essas tantas lágrimas que vez ou outra insistem em cair salgando nossa face.
Às vezes é no desencontro que conhecemos o verdadeiro significado do amor. O tempo é só um pequeno detalhe. Importante é permanecer na vida carregando a certeza de que o nosso caminho é nosso, e nada nem ninguém é capaz de nos desviar dele por muito tempo. Quando isso acontece, a própria vida se encarrega de corrigir os erros de percurso. Falo isso com propriedade, porque em um desses desencontros, a vida me presenteou com outra vida.
Parece...
Que marquei um encontro
Com o desencontro
Mas não o encontro
Em nenhum ponto
Chega fico tonto
Com esse desencontro
Que procuro tanto
E nunca encontro.
Com sutileza, com saudade, um reencontro. Para ele foi estranho revê-la depois de tantos desencontros, ora bolas, eles já não eram mais o que deveriam ser.
Uma ideia louca, ele não pensou duas vezes, ligou, e disse ‘desce, tou chegando por aí em 5 minutos’, escutou uma pausa do outro lado e um ‘ta bom’, e pronto, isso foi o suficiente. Acelerou o carro, cheio de ideias na cabeça, ideias nem boas nem ruins, ideias que não passavam de loucura, até certo modo.
Daniel sorriu quando passou pelo segundo semaforo amarelo pensando ‘nossa estou realmente apressado, ok vou diminuir, não posso dar tanta moral’ e foi indo mais devagar, não que ele estivesse menos ansioso.
Isabel se olhou no espelho rapidamente e deu de ombros se encaminhando pra porta da frente ‘não Isabel, você não vai se arrumar nem se perfumar pra ele’.
Acontece que nenhum dos dois queria dar o braço a torcer, estavam afastados, e nem sabiam o porque, ela tinha relatado isso em uma das noites anteriores, dizendo que ‘parece que você não faz mais questão de mim’, enquanto ele sempre mudava de assunto de uma forma tenaz.
Quando ele chegou na portaria, não precisou nem pedir para o porteiro chamá-la, já estava ali sorridente. Um abraço de mais de cinco segundos, onde o tempo parou, para os dois, e para o mundo. Troca de sorrisos, e comentários afiados.
-Sabe o que eu tava pensando esses dias? Uma viagem minha… – ela ergueu a sobrancelha como se pedisse para ele continuar – nossos nomes terminam com ‘el’, o meu começa com D, que é a terceira consoante do alfabeto, o teu com I, que é a terceira vogal, ambos tem seis letras…
-Que viagem doida hein?
-É eu sei, e ainda somos ambos de Escorpião, tu nascesse no dia 04 e eu dia 09, sendo que D é a 4ª letra do alfabeto e I é a 9ª… Sem contar os sobrenomes… Gosto dessas viagens, numerologia… É bizarro, mas é legal… – ele parou de falar olhou pra ela, e os dois cairam na gargalhada, era sempre assim.
Conversinhas bestas, relatos de casinhos ao acaso para provocar ciumes, e ele com sutileza, e grande destreza, aos poucos ia ganhando terreno, sem nem saber pra quê, só gostava de vê-la corada.
-Você confia em mim?
-Claro que confio.
E ela deixou ele beijar sua testa dizendo ‘beijo na testa quer dizer respeito’, deixou-o tocar seu nariz com os lábios enunciando ‘aqui quer dizer carinho’, em seguida nas bochechas ‘aqui é amizade’, uma pausa no queixo ‘aqui é que te quero’, e por ultimo parou seus lábios a poucos centimetros dos dela falando ‘e aqui é que te amo, mas não vou fazer isso’.
Os dois cairam na gargalhada, ela corada deu de ombros, e ele riu mais ainda.
-Como se eu fosse te beijar.
-Ah, mas tu ia. – ele falou com toda a certeza do mundo, como sempre fazia.
-Puft. Ia demais.
-É assim sempre, o homem tem que andar 90%, a mulher os outros 10.
-Como assim?
-’Hitch, o conselheiro amoroso’ nunca assistiu?
-Assisti, faz um tempão! Não lembro de mais nada.
-Bem ele diz que o homem avança 90% e depois a mulher avança os outros 10, não é bem assim, antes que o homem chegue aos 90, a mulher ja começou a avançar os 10, porque ninguem espera um beijo parado não é?
-Hmm.
-Besta – e ele deu um peteleco na sua testa.
Mais um pouco de conversas de provocações e ciumes, e ele anunciou sua partida, nem deveria estar ali, estava no seu horário de almoço, e ia ter que comer um espetinho as pressas para que sua chefe não pedisse que ele fizesse hora extra.
-Antes disso, vem cá…
-Sai Dan! – ela tentou se desvencilhar dele, mas aos poucos deixava ele chegar mais perto. – você ta vendo que é você que tá avançando os 100% né?
-Eu não me importo com você… – e ele roubou uma mordida dos seus lábios, ela não reagiu, era a única forma de impedi-lo, ela já sabia disso, por experiencias anteriores. – tem certeza então? – ele disse sorrindo.
-Tenho – ela se levantou quando ele afrouxou o aperto – vem eu te levo lá na saída.
-Hmm – ele foi calado até que chegaram na escada entre o mezanino e a portaria, colocou dois dedos no abdomen dela, parando-a de frente pra ele, e a tomou nos braços.
-Daniel, não.
-Porque não?
-Nunca dá certo isso.
-Pra mim sempre dá certo. – e ele mordeu seus lábios, mordeu como só ele sabia fazer.
-Nããão… – ela ofegou em meio aos beijos dela, e não resistiu mais, deixou-o fazer o que queria, pois era o que ela tambem queria.
Os dois aprofundaram o beijo, e, de repente, pararam.
-Satisfeito?
-Muito. – ele sorriu e desceu as escadas calmamente.
-Não deviamos fazer isso…
-Mas nós fazemos, é o que somos. – ele pausou, deu um grande abraço nela, e sussurrou em seu ouvido – eu te amo.
-Tambem te amo – ela falou intensificando o abraço, e sem querer, acabou deixando-o ir.
Quando o porteiro abriu o portão pra ele sair, ela disse.
-Vai, e vê se coloca juízo na tua cabeça!
Ele pausou, olhou-a de lado de um sorriso e virou para frente falando, para que ela não visse o sorriso largo que se estendia em seu rosto.
-Ela já tem, quem não tem, é meu coração!
E levantou a mão num aceno de despedida, abrindo o carro com o alarme. Eles eram assim, nada muito simples, nem muito complicado, só se amavam, sem precisarem monopolizar um ao outro.
"DESENCONTRO/S"
Peito meu, minha dureza
Alma branda, fogo acesso
Amo a quem ofendo
Suspiro a quem desejo
Ausência de sentimento
Abranda o coração
O cheiro a poejo deitado na panela
Erva aromática plantada na terra
Ó terra não me renegues sepultura
Depois de morto
Onde o meu corpo repousará
Das saudades pungentes
Atinge a alma o coração
Porque ferir-me lentamente
Desta prece de amarga ilusão
Sangra a tortura no peito
Quimera doce, vida passada
Charco imundo, lamaçal profundo
Que passo triste a lamentar a vida
Onde não entra luz, só entra a morte.
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