Desejo Morte
"Não há algo mais que só viver?
Algo mais que dever, e morte.
Porque temos sentimentos, se não podemos vivê-los?
Porque desejamos coisas, se não foram feitas para nós?"
Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo, há então uma morte anormal. O nunca mais de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter nunca mais quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo.
Nem o fogo nem o vento, o nascimento ou a morte, pode apagar nossas boas ações.
Não há nada mais terrível do que o hábito da dúvida. Dúvida separa as pessoas. É um veneno que desintegra amizades e rompe relações agradáveis. É um espinho que irrita e dói, é uma espada que mata.
Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela e a vida da vela não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.
I Parte: O Diário da Morte
Não é tão fácil como muitos pensam,carregar almas nas muitas das vezes é triste,enquando muitos me imploram pra viver,muitos me pedem aflitos para busca-los,isso quando eles não veem até mim.O suícidio não tem volta,muitas pessoas tem menia de querer morrer por que a vida está ruím,vocês humanos são mesmo idiotas,a vida pode mudar,a vida você pode deixa-la melhor,não é só por que sua vida está tudo dando errado que a morte é solução,não,não é,pois a morte é pior,é mais fria,é como se você estivesse em um mundo repleto de gelo e não tem ninguém que possa lhe aquece-lo,e lhe afirmo que muitas almas se arrependem de ter cometido o suícidio,pois não me permitem deixa-los voltar,é o meu trabalho,recolher as almas.
Pois que, ó cidadãos, o temor da morte não é outra coisa
que parecer ter sabedoria, não tendo. É de fato parecer saber o
que não se sabe. Ninguém sabe, na verdade, se por acaso a
morte não é o maior de todos os bens para o homem, e
entretanto todos a temem, como se soubessem, com certeza,
que é o maior dos males. E o que é senão ignorância, de todas
a mais reprovável, acreditar saber aquilo que não se sabe?
(trecho de A Apologia de Sócrates)
- Deixe-me em paz, deixe-me em paz- soluçava Catherine. – Se o fiz, estou pagando com a morte. Basta! Você também me abandou, mas eu não vou lançar-lhe isso na cara! Eu o perdôo. Perdoe-me também!
O morro dos ventos uivantes
Morte em vida
Não chore pelos mortos que deixam saudades e admiradores.
Pois eles viveram a vida e agora descansam ao lado do Senhor.
O pior é estar vivo e esquecer-se de viver a vida.
Lamente por estes!
Filhos da Morte
"Tristes pés negros,
descalços e sujos,
pisam solitários
caminhos sem fim.
Chão machucado
pela dor das feridas abertas
em tanta pedra pisada.
Não há chegada
sem destino.
Ninguém espera seu regresso.
Nem horizonte...
Crianças tristes,
negras e descalças
em caminhos mortos
da vida.
Olhos cegos,
à procura de um oceano perdido,
Mar que divide fome,
sede e sonhos...
Órfãs de piedade.
Sem bagagem.
Mãos vazias.
Agasalhados nos trapos
do abandono...
Esperanças guardadas
no bolso rasgado
vão caindo pelo chão...
Um rastro de tristeza
que fica.
Nada deixam para trás!
Tristes pés descalços
de crianças negras,
sujas, famintas,
chorosas e mortas,
Vagando nos caminhos da vida..."
Se nossa opção é progressista,
se estamos a favor da vida e não da morte,
da equidade e não da injustiça,
do direito e não do arbítrio,
da convivência com o diferente e não de sua negação,
não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção.
(Nossas escolhas)
A morte é agressiva em todas as suas esferas. Seja no acidente que ninguém esperava, seja no ventre da mãe, seja no paciente terminal, seja no cidadão com morte cerebral declarada, seja no inconsequente que vivia brincando com a vida, seja no idoso de quase 100 anos. Não interessa. Ela assola, nos deixa devastados, impotentes, perplexos, nos faz tremer e temer. Afinal quando vai chegar nosso dia? Ou pior: quando vai chegar o dia daqueles que amamos?
Estar em um velório é algo curioso. O morto não é só aquele que está dentro do caixão, imóvel. Morrem também várias pessoas ao redor. Sim, elas respiram, andam, falam, seus corações ainda batem. Mas uma parte... aliás, me arrisco a dizer: uma GRANDE PARTE é enterrada junto com o ente querido. Os sonhos, as risadas, os planos, os abraços, a voz, o aconchego, a alegria. Vai tudo embora. Sorte a nossa que nos restam as lembranças boas, ainda que em certos momentos evitamos até lembrar. Machuca demais.
Sei que nossa esperança é renovada em Jesus. Sei que estamos aqui de passagem, sei que existe um céu e uma vida eterna de alegrias para aqueles que acreditam na salvação em Cristo. Mas sou de carne, osso e emoções. Enquanto estiver aqui na Terra vou chorar, vou sentir, vou sofrer com a morte.
Sempre que alguém que eu amo morre, uma parte de mim vai junto. E ainda que o tempo passe e novos amores surjam, esse pedaço nunca volta, nunca regenera. Ele se vai pra sempre.
E por enquanto é assim que eu vou vivendo.
Com meus buracos, com meus remendos, com minhas falhas.
A morte da morte na morte de Jesus tem efeitos que são experimentados hoje por aqueles que têm um pouquinho o pavor da morte e agora podem morrer tranquilos sabendo que a morte morreu na morte de Jesus.