Desejo Morte
A Morte
Gostava de viver a vida de uma forma tão tresloucada como irresponsável, procurar a adrenalina a cada fôlego de pulmões cheios... Dançar com a morte, rir-me do medo, viver no limite. Sentir-me um solitário cheio de si, em completa comunhão com a sua insanidade. Sem me importar com a descriminação de que seria alvo.
Todos os dias saber que olhar um por do sol seria algo completamente extasiaste cheio de significado, percebendo que não existem dois instantes iguais... Queria não ter medo da morte. Corrigindo. Queria não ter medo de Viver...
“Vive depressa, morre novo, e deixa um cadáver bonito”.
A morte é algo tão complexo quanto definitivo, é uma palavra que quando se faz presente deixa mudo até o mais tagarela.
Pense que a morte não existe
Que é uma breve sonolência
Que tudo em si consite
Para nossa alma a experiência.
Não sei Pra quê tanta força ?
Se o dinheiro é mais forte.
E à morte ainda é mais forte,
Porque ela não nós deixar levar nem um terço do que temos em vida.
"O maior e melhor dos presentes (a vida) vem embalado num inevitável papel (a morte). Valorize-se, pois, o fantástico de ser e estar aqui."
"A vida é um fantástico presente que vem embrulhado no inevitável da morte. Quem, em perfeita consciência, pensa menos no presente e mais na embalagem?"
"A morte não é a coisa mais certa da vida. E nem a vida é a coisa mais certa na morte. A morte é a coisa mais inSerta na vida; e a vida é a coisa mais inCerta da morte."
A dor de lembrar de alguém
será mais dorida que a morte?
Não sei pois eu nunca morri.
Já de saudade... doeu, e forte!
A morte é o suspiro da vida. Ninguém vive 200 anos, porque desses, 100 seriam de loucura totalmente assumida. E sabemos que um louco nunca se diz louco, prova disso, aqui estamos nós... "sãos".
Não quero morte natural. Tipo, ele dormiu e morreu, morreu de gripe, infarto fulminante, morreu aos 80. Quero morte marcante, quero morrer trabalhando ou fazendo amor, e se possível, fazendo os dois juntos.
Por certo, ainda depois de morto, hão de falar de mim. Piadas talvez, cochichos...
Outro talvez é que descubram alguns segredos. Mas nessa altura do campeonato, eu já não estou mais nem aí, juro! Prova disso, confesso que fui eu quem matou o gato da vizinha... Bem que no olhar do danado, tinha mesmo uma promessa de vingança.
Aproveito também para declarar meu testamento,
deixo o que sobrou do bolo de ontem para minha querida sogra.
No meu último suspiro, Charles revelou que a história do veneno não era uma brincadeira.
E faço um único pedido - a todos!
Depois do velório, parem imediatamente de encenar,
vocês ficam horríveis chorando, desse jeito não consigo apresentar ninguém pra Deus.
No mais, sigam em frente,
ao chegarem em casa, haverão cartas da caixinha dos correios... Contas á pagar.
Nem mesmo a morte pode nos tornar passado. Sigo pensamentos de mestres que vieram antes mesmo de Cristo. Sigo o próprio Cristo de dois mil anos.