Desejo Morte
Desejo que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a desejar.
Minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta.
Estremecerei de susto até dormir. E no entanto é tudo tão pequeno. Para o desejo do meu coração, o mar é uma gota.
Desejo a você: namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor.
Nota: Trecho de um poema de autoria desconhecida, que tem vindo a ser atribuído a Carlos Drummond de Andrade, mas não há fontes que confirmem essa autoria.
...MaisA vida é significado; a vida é desejo.
Nota: Autoria não confirmada. Possível adaptação da frase do filme de Charles Chaplin "Luzes da Ribalta" (1952) Link
...MaisA compaixão é um profundo desejo de ver os outros aliviados do sofrimento, o amor é a outra faceta, um forte desejo de ver os outros felizes.
A todos com quem realmente me importo, desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades, o profundo desprezo por si, a tortura da falta de alto-confiança, e a desgraça dos derrotados.
Você é como o intenso desejo que lhe impulsiona:
Assim como é seu desejo, assim será sua vontade.
Assim como é sua vontade, assim serão seus atos.
Assim como são seus atos, assim será seu destino.
Assim como é seu destino, assim será você.
O dia inteiro diz
E até a noite diz
Que é você
Meu bom senso, mal-juízo
Meu desejo e o que vejo
Dizem que é você
Meu outro lado esbraveja
Veja, tenho certeza
Que é você
O sol nasce e se levanta
Se deita e de todo jeito diz
Que é você
Tudo o que digo e faço
É só pra disfarçar
E eu só penso e me convenço
Que é você
Só você insiste em dizer
Que não é você
Para o desejo do meu coração, o mar é uma gota.
Se você me deseja o zero, eu te desejo o cem... Cada um colhe o que planta e eu quero plantar o bem.
Não entendo de sonhos. Mas este me parece um profundo desejo de mudança de vida. Não precisa ser feliz sequer. Basta ano novo. E é tão difícil mudar. Às vezes escorre sangue.
Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim.
Nota: Adaptação de trecho do poema "Começo a conhecer-me" de Álvaro de Campos
“Quando dizemos de um homem que anda pelas ruas cheio de desejo que ele está “procurando mulher”, nossa linguagem é tremendamente infeliz. Na verdade, uma mulher é exatamente o que ele não está querendo. Ele está em busca dum prazer que, neste caso, precisa de um objeto chamado mulher para ser satisfeito”.
Pode-se deduzir que a vida é dor, porque vontade é desejo daquilo que não se tem, é ausência, privação e sofrimento, sobretudo se considerado o fato de que satisfação duradoura e permanente objeto algum do querer pode fornecer.
Não foi desejo. Nem vontade, nem curiosidade, nem nada disso. Foi um choque elétrico meio que de surpresa, desses que te deixa com o corpo arrepiado, coração batendo acelerado e cabelo em pé. Foi sentimento. Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foram os olhos, nem os sorrisos, nem o jeito de andar ou de se vestir, foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi amor. É amor.