Desejo
Que eu mergulhe no roxo deste vazio de amor de hoje e sempre e suporte o sol das cinco horas posteriores, e posteriores, e posteriores ainda.
Independência! Liberdade! Persegue estas coisas como ao teu maior amor, e agarra-te a elas como à tua maior paixão!
A IMPONTUALIDADE DO AMOR
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia n
Nota: Trecho da crônica "A Impontualidade do Amor"
"Ele a observava todos os dias, longe ou perto tentava decifrar em seu olhar o que tanto o atraía, sobrancelha e unhas feitas, ele gostava de lábios carnudos para dar mordidinhas, mas os dela, hum! Os dela quando coloridos o fazia salivar de desejo."
"Passei por algumas capitais. Roma, Madri, Paris, Berlim... Estive de frente com ela, ‘A Monalisa’, de Leonardo. Fixei meus olhos na ‘Gioconda’ e ela me disse: ‘Eis que me penso. Ninguém o sabe. Estás diante do abismo’ ".
Quando em seu olhar navego,
vejo ondas de um mar revolto
Em uma contundente solidão...
Mas um inebriante desejo
de navegar pelo meu corpo
e possuir-me com paixão.
Não podemos usar as coisas criadas para a glória de Deus se não temos controle sobre nós mesmos. Não podemos ter controle sobre nós mesmos se estamos sujeitos ao poder dos desejos, dos apetites e das paixões da carne. Não nos podemos entregar a Deus se não pertencemos a nós mesmos. E não pertencemos a nós mesmos se pertencemos ao nosso ego.
A MUSA E A MODELO
MUSA Fantasia
MODELO Realidade
MUSA Imaginação
MODELO Representação
MUSA Paixão
MODELO Respeito
MUSA Desejo
MODELO Castidade
Hoje eu quero ficar sozinho. Vagando na solitude. Por vezes, me pego pensando e percebo que não estou só. Encontro-me com um turbilhão de pensamentos. Estes, por vezes, torturadores e, às vezes, libertadores. Começo a falar com alguns deles. Percebo que eles falam, mas são emudecidos, não consigo ouvir, mas sinto, sinto a vibração dos seus movimentos em mim.
Hoje eu quero ficar sozinho. Porém, quero a minha companhia. Quero brindar com ela. Quero comemorar o caos, aquilo ali que nomeamos de sentimentos, seja ele qual for. Nesta festa, consigo bailar com alguns. Outros correm. Outros morrem. E quase sempre sou perseguido, atropelado por algo que jamais pensei que fosse aparecer na minha direção, na minha estrada.
Hoje eu quero ficar sozinho. Sim. Mas quero a sua companhia. Quero te encarar de frente e dizer mil e uma palavras. Faltam-me as palavras. Falta-me a melodia para usá-las na tempestade. O vendaval intempestivo se aproxima. Quais as minhas armas? No momento, o silêncio fúnebre e a Maria Fumaça sentimental. Vejo muitos vagões. Cada um reserva uma surpresa diferente nesse turbilhão de pensamentos. A locomotiva está a todo vapor.
Hoje eu quero ficar sozinho. Não por uma escolha, mas por uma necessidade. Preciso encarar os monstros. Os fantasmas pairam diante do abismo. Acho lindo. Venero-o. Bato continência. Sou regido por ele. Abraço-o. Ao fim, um grande rio... Oh, mãe natureza, brinda comigo!
Hoje eu quero ficar sozinho. Quanto ao amanhã... aí eu já não sei se quererei ficar sozinho. Possa ser que sim e, indubitavelmente, possa ser que desejarei a tua companhia, a tua doce companhia.
A lua guardada...como encanto nesse olhar..Que me arrepia ,me encanta me domina...Esse feitiço que laça meu olhar no teu ...Essa busca cintilante do desejo do meu corpo no teu...Quero de ti o sonho ...Que liberta meus anseios ...Quero a dança do teu corpo sobre o meu....Sei que me toca onde
ninguém mexeu...Sente meu coração disparado junto com o seu...Ama-me com ternura...Faz de mim sua doce loucura...me leva pra onde quiser como vento e pluma...Pássaro e ar ...Desejo e paixão...
"Flutuar além da cidade, daquele povoado e do mar... E ia ser agora. O encontro com a coisa que ela sentia ultrapassar em pensamento".
"Ela então parou. E enxergou-se pela primeira vez. Imprevisível, porém natural (...). E soube-se: desde sempre aquele sentimento se apresentava forte e insistente".
"Era de manhã. Não havia maldade. O sol tilintava. A brisa assoprava. Os pássaros cantavam. A água corria por entre as fontes e a nascente brilhava. Fixou-se em seus olhos. Como se nada acontecesse, como o vento, ou mesmo a brisa, como uma serpente, uma víbora, um pecado, um sinistro movimento, sobre as trevas do medo e do inconsciente, sob as luzes da vida, num acorde de instrumento... Lá estava. Um filete – marulhando. A tentação lhe invadindo... Sol após sol. Quando a lua surgia, encontravam-se de novo, desastrosamente, no quarto".
Força Criativa
Na poesia do teu corpo
Leio versos ternos
Eternos.
Com permissão
Aprecio com sofreguidão,
Teus ricos detalhes.
Belo livro vivo de poesia.
Amo tudo nele escrito.
Cada parte nele contido.
Leio e escrevo com tua permissão.
Rabisco meus escritos sobre ti.
Solto meu ar poético
Transpiro versos, secretos.
Inspirados na poesia da matéria
Mesclo os ares perdidos
Em nossos versos fundidos.
Quando te vejo
Ah! Nem sei
Quando você ergue o olhar
Ao me ver chegar
Indescritível
Não você não me enlouquece
Mas provoca em mim
Algo inusitado
Uma histeria controlada se existe
É isso
Adrenalina a cem
Disfarce a mil
Não dá pra medir forças
Também não dá pra saber
O simples toque
Aliado ao seu olhar
Ah! Um arrepio
De desejo no ar
Quando te cheiro
Ah! Esse cheiro me persegue
Eu me deixo alcançar
Incrível
Como tudo fica diferente
Com a tua presença
Quente
É...me deixei levar
Touché