Desculpa pelo que Fiz
Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores.
Nota: Trecho adaptado do poema Ressalva.
Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.
Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo:
Nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra.
Nada do que eu já fiz me agrada. E o que eu fiz com amor estraçalhou-se. Nem amar eu sabia, nem amar eu sabia.
Vou imprimir novos rumos
Ao barco agitado que foi minha vida
Fiz minhas velas ao mar
Disse adeus sem chorar
E estou de partida
Todos os anos vividos
São portos perdidos que eu deixo pra trás
Quero viver diferente
Que a sorte da gente
É a gente que faz
Quando a vida nos cansa
E se perde a esperança
O melhor é partir
Ir procurar outros mares
Onde outros olhares nos façam sorrir
Levo no meu coração
Esta triste lição que contigo aprendi
Tu me ensinaste em verdade
Que a felicidade está longe de ti
Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes.
Corredores...
Eu andei
Sorri, chorei, tanto
Não me arrependi
Ganhei e perdi
Fiz como pude
Lutei contra o amor
E quanto mais vencia, me achava um perdedor
Mais tarde me enganei
Vi com outros olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais me levando pra alguém
Quem?
Visitou os corredores da minha alma
Soube dos enganos
Secretos planos
E até uns traumas
Sempre fui muito só
Eu andei
Sorri, chorei tanto
Fui quase feliz
Fiz tudo que quis
Fiz como puder
Desprezei meu ego
Dando esmolas a ele com se fosse um cego
Mais tarde me enfeitei
Até pintei os olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais me escapando pra alguém
Quem?
Visitou os corredores da minha alma
Soube dos meus erros
E dos nós que fiz
Bem na linha da vida
Sempre fui muito só
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Nota: Trecho do discurso final do filme de Charles Chaplin "O Grande Ditador" (1940) Link
...MaisFiz quase tudo certo. Errei quando coloquei sentimento.
Nota: Trecho do texto Rifa-se um coração, que costuma ser erroneamente atribuído a Clarice Lispector.
Chove. Que fiz eu da vida?
Fiz o que ela fez de mim...
De pensada, mal vivida...
Triste de quem é assim!
E como um anjo caído,
Eu fiz questão de esquecer,
Que mentir para si mesmo é sempre a pior mentira.
Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo.
Só sei que eu estou preparada pra quebrar a minha cara se necessário, como eu já fiz muitas vezes na vida.
No meu coração fiz um lar
o meu coração é o teu lar
e de que me adianta tanta mobília
se você não está comigo?
E quando todos praguejavam contra o frio,
Eu fiz a cama na varanda
Poética (II)
Com as lágrimas do tempo
e a cal do meu dia
eu fiz o cimento
da minha poesia
e na perspectiva
da vida futura
ergui em carne viva
sua arquitetura
não sei bem se é casa
se é torre ou se é templo
(um templo sem Deus)
mas é grande e clara
pertence a seu tempo
- entrai, irmãos meus!
Das coisas
que fiz a metro
todos saberão
quantos quilômetros
são
Aqueles em centímetros
sentimentos mínimos
ímpetos infinitos não?