Desculpa Pai
A discrição do meu pai e a inquietação da minha mãe, me influenciaram ao conservadorismo muito mais que todos os líderes conservadores do século XX.
Ser pai é o mais próximo que um homem pode chegar da sensação de amor e justiça que Deus tem por todos nós.
Só um verdadeiro pai entende a vontade de dar a própria vida para garantir mais um sorriso de um filho seu.
Pai Altíssimo,
Criador do mundo e pai de Jesus Cristo,
Peço proteção sobre mim e minha família
E eu te ofereço esta oração.
Não importa o quão deteriorado esteja o relacionamento entre você e o seu pai, se ele está vivo, descubra uma maneira de reconciliar-se.
Eis o grande equívoco do pai : “meu filho nunca vai passar pelo que eu passei, vou dar pra ele tudo que eu não tive”
Ney P. Batista
Jan/27/2021
“Quando uma criança cheia de felicidade se joga aos braços do pai, não importando quão distante ele esteja, é porque ela tem total confiança de que ele vai estar lá para abraçá-la. De igual modo, a CONFIANÇA é a pedra angular do amor entre um homem e uma mulher, para que possam se entregar aos braços do outro, sem medo. Quando essa confiança não existe, a união é instável e sofrida”
Ney P. Batista
Apr/29/2021 (Edição)
Oito de agosto, dia dos pais
Há tanto que agradecer, meu pai
Contudo, a gratidão pelo seu amor me atrai
Nessa data, quanta lembrança se faz
Teu zelo por mamãe, amor imenso, meu pai
Onde ela estava tu estavas
Sempre os via orando juntos, papai
Hoje, ainda juntos, descansam em paz
De jogar bola contigo, inesquecível, meu pai
Meu amor pela matemática vem de ti papai
Quando passei no vestibular, tua felicidade
Meu Deus! Foi demais
Quando me casei, não esqueço meu pai
Teu conselho, amigo, não ficou para trás
Disseste - “Somos responsáveis por quem cativamos, meu filho, não esqueça jamais”
Da tua felicidade com os netos? Meu Pai!
Quanto carinho, viraste criança papai
Tenho certeza que eles te amam
E isso me apraz
De ti sempre fui um espelho, meu Ás
E nesse seu dia, meu eterno amigo e pai
Te desejo com toda emoção do meu coração
Feliz Dia dos Pais! Papai.
Ney P. Batista
Aug/08/2021
Curiosa, minha filha Júlia de três anos, perguntou-me com ares de segredo: "Pai; o que é uma surra?". Gaguejei. Baixei a voz e quis saber onde ouvira a palavra. Ouvira de um coleguinha na escola em que a mãe trabalha, que dissera ter levado uma. Pelo tom da voz, a Júlia sabia que não era boa coisa, e certamente o coleguinha surrado não fez boa expressão, ao dar a notícia.
Não tive coragem de dizer. Talvez devesse, não sei o que diriam os "educocratas", mas não tive. Convergi nossa conversa para coisas mais produtivas. É claro que ela saberá logo o que é uma surra, não graças a mim, mas acho que posso adiar um pouco. E na verdade, fico feliz por ter uma filha que vive num mundo (o de nossa casa) que ainda não registrou a palavra em seu glossário.
CARÊNCIA DE PAI
Quando saio de nós não vejo vida;
sou a duna que o vento varre ao léu;
é um tombo do céu, do sonho bom
que me abriga dos velhos temporais...
Há um caos que me aguarda feito bonde
para onde não sei nem faço caso,
toda vez que as desato e me desprendo
rumo ao nada, no rastro da saudade...
Reconheço a carência deste afeto;
muitas vezes deploro a transparência
que lhes cobra respostas viscerais...
A minh´alma desaba, tem vertigens,
falta fundo, esta queda não tem fim;
quando volto pra mim acaba o mundo...
JU
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Dorme o sonho de um anjo que acredita
nos poderes de um pai que tudo pode,
vence a cripta, o fogo, as forças cósmicas
ou as tramas ocultas dos mortais...
Põe a vida nos vãos da minha mão;
na leitura suave dos afagos;
no sermão dos meus olhos que traduzem
meu amor infinito; sem medida...
Pousa e dorme, acredita em seu herói
que não teme vilão, monstro noturno,
sara medo e dodói; assusta o susto...
Só eu sei que no fundo ela me salva;
tem a força, o poder, guarda meu mundo
e não deixa minh´alma se perder...
PAI NOSSO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Pai nosso,
que nunca mais
nos deu a paz
da lucidez
no seu olhar...
Que ao nosso afeto
prefere as ruas,
confunde as horas
e fecha os dias
virando luas...
Pai nosso,
que está no bar,
faz muito tempo
que a nossa casa
não é um lar...
O PODER DO COMPROMISSO
Um conselho que dou a todo pai, é que ele tenha uma ocupação oficial. Um emprego, se não for empresário ou profissional liberal estabelecido. Não servem biscates, porque biscates não são compromissos, e o termo biscateiro é algo bastante pejorativo: o desempregado que faz uma coisinha aqui, outra ali, para não pegar mal, mas quando não quer ir ao trabalho, não vai. Se ele tem um emprego “fácil”, daqueles que ocupam poucos dias ou poucas horas de seus dias, não importa: ter o compromisso fixo desses dias e horários dá dignidade. É um emprego; um compromisso formal que ele podechamar de seu.
E se você é pai empresário ou profissional liberal estabelecido (tem seu escritório, sua clientela, sua rotina de trabalho...), ou até mesmo um trabalhador informal desses que chamam de ambulante ou camelô, não faça de sua função uma brincadeira, deixando a responsabilidade para terceiros e se enfurnando em casa enquanto os outros trabalham por você e sua clientela não sabe o que está acontecendo. Vá trabalhar, cumprir seus compromissos, ser homem sério, devidamente ocupado. Seja digno do conforto e do descanso no aconchego do lar, nas horas certas, exatamente por ser um trabalhador regular. Que trabalha, duro ou não, mas regularmente; é comprometido com um emprego, um negócio, uma causa, e não falta ao dever.
Este conselho não é exatamente pelo bem do pai. Nem mesmo da mãe, que no fundo gosta (ou pensa gostar) de ter o marido sempre à mão. A preocupação maior deste artigo é com o filho, que cedo ou tarde, perderá o respeito pelo modelo precário de homem que tem em casa. Perderá também pela mãe, que não se respeita e dá suporte a esse homem. E acreditem: ter um filho que não admira, e consequentemente não respeita os pais, é algo muito triste.Com promessa de consequências futuras drásticas.
PAPAI E MAMÃE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Certas mães têm natureza total de pai. Amam com praticidade, alguma dureza e um olhar técnico, impessoal para o comportamento do filho. Essas mães não fazem cerimônia nem consideram a hipótese de estarem erradas quando acham (e quase sempre acham) que os conflitos do filho são frescuras; os temores são dramas; os descontentos e opiniões próprias, pura pirraça; os gostos pessoais, mera esquisitice.
Por outro lado, alguns pais têm natureza total de mãe: amam com extremamento e cegueira; com entrega irrestrita; um olhar derretido. Esses pais sempre acham que seu zelo é pouco; é ineficiente. Superprotegem o filho e supervalorizam seus conflitos, temores e descontentos. Respeitam as escolhas e opiniões, e minimizam as esquisitices. São confidentes em potencial.
Cada natureza tem seus excessos e pecados. Ambas cometem erros; distorções de conceitos e olhares. No entanto, são ambas necessárias, se cada uma for exercida a contento. Não deixar buracos. Houver uma interação de lado a lado, gerando a entrega plena do pacote humano que formará o caráter de mais um cidadão imperfeito, porém sadio de afetividade, resolução interna, equilíbrio de caráter e certeza de quem é.
Para que as coisas sejam dessa forma, é necessário que todo filho tenha pai e mãe. Se a mãe for pai, que o pai seja mãe, e vice-versa. Não importa que sejam pais avós, pais tios, adotivos ou pais gays. Um terá que ser pai, o outro mãe, ainda que os papéis estejam trocados. Não sendo assim, até será possível criar um ser humano. Mas na hora de se formar cidadão, esse filho terá que ter a sorte de contar com a própria natureza.
PAI, MÃE E VICE-VERSA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Com suas devidas exceções, natureza de pai à moda antiga era fria; distante; sem grande afeto. Pai era provedor. Garantia teto, agasalho, pão e castigo. Era dessa forma que o pai declarava um amor torto; quase morto; no fio bamba da obrigação.
Natureza de mãe à moda antiga era intensa; exagerada; profunda. Não tinha senso nem limite. Oferecia colo, cantiga, mimo, tempo e presença. Naqueles tempos, mãe não terceirizava seus cuidados nem confiava no mundo, como agora confia.
São muitas as mães de nosso tempo, que assumiram aspectos de pais à moda antiga. São práticas, diretas, impessoais e pensam mais do que sentem. Delegam, terceirizam, acham que muito amor estraga os filhos. Por isso amam cada vez menos.
Muitos pais caminharam na direção oposta, garantindo aos filhos a continuação da família com pai e mãe, ainda que os papéis, conceitos e preocupações estejam trocados. Pais com natureza de mãe completam mães com natureza de pai.
NATUREZA, PAI E MÃE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Seja sempre o rosto mais visto. O calor mais sentido. A voz mais ouvida. Os ouvidos mais abertos e atentos. No tempo que você tem para ser para ser pai ou mãe, seu amor deve ser o mais presente. Não serve de alma, em espírito e pensamento, se a sua presença física não for constante nas oportunidades que sobram das obrigações de sobrevivência. Em alguns casos, também da eventual partilha ou alternação de guarda.
E seja sempre a verdade mais notória. Faça hoje, uma história bem vivida lá na frente. Uma vida real nas vivências de quem mais importa ou pelo menos deveria importar para você. Seja sua rotina, o que há de mais perto, a lua tocável sob todas as fases. Não seja um oásis em seus desertos casuais, mas a companhia insistente nesses desertos.
Dê a certeza da mão sempre alcançável; dos braços infalíveis; os olhos de plantão. Ame com o coração, está certo, mas ame ainda mais com gestos, atitudes, conversas, criação. Esteja sempre lá, nas horas fáceis ou difíceis em que seu filho não quer estar com outra pessoa. Aceita e obedece, considera e tem carinho, mas é o seu colo que faz falta. É a você que ele quer. Seu amor estatutário. Não terceirizado nem extraquadro.
Pai e mãe são instituições insubstituíveis. Entidades indelegáveis. Filhos não querem liberdade sem fim. Eles querem brincar, ter colegas, visitar parentes, mas não são felizes quando percebem o pouco apego, as desculpas, a constância e a facilidade com que são entregues aos cuidados de quem é querido, mas não tem as atribuições naturais do amor extremado e das atitudes à risca obrigatórias a pai e mãe. Só a pai e mãe.
Seja pai ou mãe. Único. Exclusivo. Crianças cheias de pais e mães substitutos recebem amor fragmentado. Educação confusa e contraditória. Cuidados casuais e atenção enviesada. Favores afetivos. Fatias da generosidade que sobra do amor que já tem donos mais autênticos; mais consanguíneos. Mais justos, por instituição e natureza.