Desconfia
A gente faz esforços absurdos que ninguém vê, nem desconfia. É no mínimo curioso se privar de tudo, suportar pesos e perdas e compreender que a atitude corajosa e heroína de continuar é absolutamente sua. Afinal, quem pode seguir sua vida adiante além de você?
O Amor não usa óculos
Ele a ama.
Ela o ama.
Mas nada se desconfia...
Os amigos percebem, mas ninguém fala nada!
Ele acha que o amor é platônico...
Ela espera iniciativa...
Nada se sabe.
Algo fica no ar...
... e se exaure pelo simples desejo!
Cada um em seu mundo, esperando o outro.
Será? Não sei...
E assim essa indecisão perdura...
Quem sabe...
... num dia desses, o Amor se desatina...
Se o Amor é cego...
... de nada adianta usar óculos!
Quando a esmola é demais o santo desconfia.
Eu, já tenho certeza, cortesia com o chapéu alheio tem cheiro de maracutaia...
"Maldito é o desconfiado!
quem desconfia de tudo está sempre em alerta, por isso nunca irá aprender nada. Está preocupado demais analisando, prevendo e se defendendo. Desconfiar é imaginar e não existem limites na imaginação."
A pessoa que muito desconfia, é porque está fazendo coisas erradas e a desconfiança é que você faça o mesmo que ela.
O mal do amor
O mal de quem ama é sonhar
com esse amor viver.
Quem ama, sempre crê, nunca
desconfia.
O amor cega a quem ama.
Dúvidas, ele nunca cria.
Amor e ilusão de mãos dadas
caminham pela vida,
e a cada volta, sempre abrem
uma ferida.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
"...ninguém pode resolver tua vida por ti e, para poder tocar o céu, é preciso ter morrido. Desconfia daqueles que têm mais respostas do que perguntas. Daqueles que te oferecem a salvação como quem oferece uma maçã. Nosso destino é um mistério, e talvez o sentido da vida não seja mais do que a busca desse sentido". (Nyneve falando a Leola sobre aqueles que seguiam para a Terra Santa na Cruzada das Crianças, no século XII, em "A História do Rei Transparente", de Rosa Montero)
O amor é um atributo e quase não percebemos. Ele vive dentro de nós quietinho. Não o sentimos porque o amor não faz sofrer, não desconfia, não deixa dúvidas. O amor verdadeiro é sutil, ao ponto de não revelar a sua verdadeira identidade. Por ele ser assim, não conseguimos a maioria das vezes encontrá-lo.
Vivemos em mundo tão egoísta que em qualquer mero ato de bondade, se desconfia de que queremos alguma coisa em troca.
Todo bom filósofo desconfia daquilo que aparentemente crê, é descrente no que simbolicamente confia, pelo simples motivo de buscar a verdade no que certamente deverá acreditar
O problema é que muitas das vezes a gente acredita na mentira e desconfia da verdade, o que temos que aprender é que quando Deus tira algo da nossa vida é por que ele quer colocar algo muito melhor e que tudo que ele faz tem um propósito e assim foi, quem tem que ficar, fica o que é verdadeiro, permanece, e o que não é, some se for pra ser feliz, que seja da melhor maneira..