Descobri
Foi então que eu, ferido de espanto, descobri: - quem nunca desejou morrer com o ser amado, não conhece o amor, não sabe o que é amar.
(Morrer com o ser amado, 08/01/1968)
Já acreditei em pessoas perfeitas.
Já descobri que elas não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram.
Já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho
tentando descobrir quem sou.
Já tive tanta certeza de mim
ao ponto de querer sumir.
Já escondi um pouco com medo de tudo perdê-lo.
Já perdi um tudo por um pouco escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo.
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida.
Já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono.
Já fui dormir tão feliz
ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentiras.
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre a mesma.
Mas com certeza não serei a mesma sempre!
Eu já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Eu já caí de bicicleta.
Eu já me marquei por um nome.
Eu já servi de consolo.
Eu já brinquei de Barbie.
Eu já brinquei de carrinho.
Eu já viajei sozinha.
Eu já chorei ao ver amigos partindo, mas depois descobri que logo chegam novos e que a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Eu já cortei meu cabelo mais do que eu queria.
Eu já chorei por um menino.
Eu já ri de de várias pessoas.
Eu já viajei com meus amigos.
Eu já abracei com ódio.
Eu já fui estúpida.
Eu já tive cólicas.
Eu já inventei desculpas pra faltar algum compromisso.
Eu já tomei banho de chuva.
Eu já briguei com meus pais.
Eu já prometi e não cumpri.
Eu já chorei por um brinquedo.
Eu já sei o valor do que se perde.
Eu já perdi amigos por besteira.
Eu já me queimei na panela.
Eu já ri pra não chorar.
Eu já me cortei.
Eu já ignorei.
Eu já me senti ignorada.
Eu já sei o que é certo e o que não é.
Eu já sei que nem sempre eu faço o certo.
Eu já peguei conchinhas na praia.
Eu já dormi chorando.
Eu quase tirei um zero.
Eu já brinquei de ser feliz.
Eu já me fiz de vítima.
Eu já tive gripes de ficar de cama.
Eu já tive momentos secretos.
Eu já rolei na grama.
Eu já comi demais por estar angustiada.
Eu já precisei de atenção.
Eu já condenei sem ter autoridade.
Eu já me chateei por telefonemas.
Eu já tentei ser o que eu não sou.
Eu já achei que tudo era pra sempre.
Mas descobri que o "pra sempre" sempre acaba.
Hoje decidi mudar tudo em minha vida, hoje eu senti a necessidade de abrir espaço para que o novo entre e para isso é preciso estar disposto às transformações. Hoje percebi que há muitas gavetas a serem esvaziadas, muitos armários a serem limpos em meu imenso armário emocional.
Hoje descobri que há uma nova forma de viver, que é viver o hoje dando o máximo de mim e esperando o máximo da vida. Eu aprendi a viver o só por hoje. Por isso, só por hoje vou me dedicar a fazer algo que me agrada sem me importar com a opinião de mais ninguém. Só por hoje, apenas hoje, vou fechar meus olhos e tapar meus ouvidos para toda e qualquer notícia ruim, só por hoje vou apenas apreciar o belo, o magnífico. Só por hoje aceitarei as coisas como elas são e não farei esforço algum para mudá-las. Só por hoje, vestirei a minha melhor roupa, calçarei o meu melhor sapato e verei no espelho a melhor versão de mim mesmo. Só por hoje eu me permito sonhar e imaginar a minha vida da forma como eu quero que ela seja. Só por hoje eu decidi ser feliz porque sei que quando o amanhã chegar, terei a oportunidade de decidir tudo isso novamente. Só por hoje, eu decidi mudar e isso faz toda a diferença!
Descobri coisas deliciosas a meu respeito, como por exemplo, uma pessoa superficial e mentirosa me engana até certo ponto, e até quando eu deixar, porque eu sou craque em pegar as mentiras no ar.
Acho que virou o meu hobie preferido. Rsrsrs....
Penso que nenhum homem tem a memória tão boa para se tornar um mentiroso bem sucedido para mim, e acho que para muitas mulheres mais espertas e inteligentes que existem por aí.
Ainda bem!!!!
Cláudia Leite S.
Eu descobri muito cedo que a melhor maneira de se destacar na multidão era escolher a multidão certa para se destacar.
Acho que descobri por que cientistas, estudiosos, médicos psiquiatras e necropsos perdem suas faculdades mentais num determinado ponto da vida.
Eles vêem demais, sabem demais. E existe um limite, que exige um certo grau. Tudo o que passa disso, perde o sentido de sanidade, de domínio de clareza. Ninguém foi feito pra ter tanta posse de entendimento sobre o que era pra ser oculto.
E aqui estou eu, como uma estudiosa-fanática-maluca, entre o criacionismo e a astronomia. Um avião planando no limite da gravidade entre a terra e o ar.
Acredito que meu intelecto já atingiu o grau limite de ciência. Eva mordeu o fruto, descobriu que estava nua e desde lá nós somos a evolução do mal da sabedoria. Salomão pediu sabedoria e nós aprendemos com ele a pedir também, mas ele caiu e avisou: "quanto maior o conhecimento, maior a angústia".
A angústia deve chegar com o limite. E eu acho, só acho que cheguei nele.
Ainda que eu me esforce com toda a verdade do meu espírito pra acreditar que existe cura e milagre e redenção e intervenção divina e mistérios inexplicáveis... eu desacredito. Ainda que eu saiba que eu acredito de verdade... eu desacredito.
A ciência é uma maldição! Ciência é o fruto do pecado. O começo da mortalidade. A saída do paraíso. O desacreditar que Deus é perfeito no que diz e estabelece.
Satanás conseguiu convencer a terça parte dos anjos contra a onisciência de Deus, e as vezes eu acho que ele nos convence todos os dias de que somos tão sábios quanto o Próprio DEUS. Porque tomamos conhecimento da imoralidade, da afronta, da heresia e temos prazer em tudo isso.
Porque acreditamos e ignoramos, ou preferimos acreditar no que é tangente e visível aos olhos. "Eu sei que Cristo ressuscitou um homem morto depois de 4 dias, mas não acredito que veria isso nessa vida". A ciência é a quimera das mentes barulhentas, o antídoto da fé.
A ascensão do conhecimento é a queda da humanidade. O distanciamento do Deus que nos criou para sermos simples humanos.
Ninguém sairá ileso do pecado de querer saber.
Descobri que os lugares não existem. Passam a existir quando se olha para eles e se adjetiva o lugar.
...e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Mas agora, com sua licença, meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!
Eu descobri que vale a pena ficar três horas te olhando sentada num sofá, mesmo que o dia esteja explodindo lá fora. E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam.
de um rali que escapei
quase ilesa
um pouco de lama na alma
e olho injetado de dor
descobri novas marchas
co-pilota de planos que não tinha
tirei meu nome do mapa
e segui a trilha sozinha
Mas descobri que foi o príncipe azul, que na verdade era meu pai, que me ensinou a não ter medo de atravessar o rio enorme, profundo, gelado e escuro, da história que inventamos. Dentro da barraca que não é barraca, é lençol preso no teto com fita crepe. Ele me deu a capacidade de sonhar, o resto do mundo agora é comigo.
Eu descobri que ao seu lado é o meu lugar... e é por isso que não calo a minha voz, e te faço aqui juras de amor...
Eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas.
não quero saber quantas namoradas
que eu não descobri
silêncios e desvios que não percebi
nem quero saber
sobre aquele fim de semana que não te vi
do teu pouco caso com o meu sofrimento
de nenhum movimento a meu favor
de nenhum amor que eu me lembre
não quero saber
quantas mentiras pra me acalmar
quantos mares a navegar sem mim
que fim deram aqueles retratos
se aquele abraço era mesmo assim
não quero saber
quantos meses você me deixou
a delirar e quantos presentes me deu
sem escolher e quantos beijos foram dados
por dar
não quero saber dos requintes
de crueldade nem do momento
fatal
o que não se sabe
não faz mal
E foi então que eu descobri uma coisa fantástica, talvez a mais fantástica de todas: quando a gente para de procurar desesperadamente por um amor, a gente percebe que pode amar qualquer coisa. Eu posso amar meu computador, minha rua, minhas fotos, minha empregada, o nhoque da minha mãe. Ou até mesmo uma tarde qualquer e sem grandes emoções como tantas.
Descobri que te amo quando percebi que não me amas.
Antes era tão fácil, agora tão difícil, tão doloroso
perceber que deixei teu amor escapar-me por entre tantos
desacertos e descontroles.
Queria te dizer quanta falta eu sinto do amor que tinhas
por mim, da tua ternura e serenidade, que eu tão cegamente
não percebia.