Descobri
Descobri em mim um medo novo. Um que diferente dos outros, não consome meu conforto. Ele simplesmente flutua por entre minhas vértebras causando-me um magro temor. Passei esse último mês revirando tripas, tentando encontrar a raiz desse medo. E encontrei.
Hoje eu descobri, que eu quero desvendar muitos mistérios que a vida nos oferece, dos quais muitos hoje eu ainda nem possa imaginar.
No fim o que descobri é que não se ama mais ou menos que o seu parceiro, pois o que existe na verdade é um único amor dividido em dois corpos... E se não for assim, acho que não pertence a esta lógica sentimental, onde um é igual a dois...
Hoje percebi que a mentira corrompe e devasta tudo que o amor constroi hoje descobri o quanto doi ser enganado e enganar a si propio
Hoje descobri como necessito de meus amigos, estar longe deles é entediante, é um sentimento muito ruim, falta algo em nossas almas, um vazio enorme, provavelmente sem fim.
O tempo consegue ser muito massacrante. Ao longo de nossas vidas conseguimos construir amizades sinceras e leais, mais de repente tudo se acaba, a distancia nos separa daquelas pessoas que estavam sempre ao nosso lado, todo aquele laço que construímos se desfaz.
Sinto-me melhor em saber que possivelmente irei reencontrá-los, mas com a consciência de que não será a mesma coisa de antigamente. O jeito é seguir em frente, conhecer gente nova e formar novos laços, mas uma coisa é fato: Os PRIMEIROS nunca saíram do meu pensamento.
Hoje eu descobri que viver não faz sentido. O medo da morte toma conta de mim e me tira os prazeres da vida. Só vive quem é lembrado. Eu não quero apenas existir, fazer coisas inúteis; depois morrer por morrer, como se nunca tivesse passado por esse mundo. Eu nem escolhi vir para cá! Me obrigaram, e o universo consome mente, dinheiro e esperança. Talvez eu já tenha vivido outras vidas em lugares bem longes daqui. Eu posso até ser um cara famoso, um cantor que morreu, um líder religioso, um politico influente. E poxa, ninguém me dá os créditos por isso? Ninguém pode garantir que eu sou, mas também não garantem que eu não sou. E agora eu vou fazer o que? A pressão sufoca, como se exigissem de mim exatamente o que eu não quero fazer. Mas tudo é a mesma coisa. Eu sinto que posso ser grande de novo, isso me anima. Eu sinto que vou fazer diferença, que vou ser lembrado apenas por ser eu mesmo. E eu só sinto isso porque acredito nisso. A cada dia eu renasço e posso me transformar no que eu quiser. Somos seres mutáveis! Poder é querer. Cada coisa tem sua dificuldade, é claro, mas tenho convicção de que NADA nesse mundo é impossível. Não me importo mais se eu fui algo um dia ou se eu simplesmente surgi do nada. Só sei que essa vida vai valer a pena, essa vai ser a melhor. Nasci de novo hoje com vontade de crescer e inovar, com vontade de explorar cada uma das infinitas possibilidades.
Há um tempo atrás eu descobri quem poderia ser a oitava maravilha do mundo, lindo, sem defeitos ,com mil qualidades, parecia ser feito a mão de tão exuberante beleza que era exposta diante de mim e dos meus olhos que não paravam de admirá-lo. Com o tempo essa beleza e essas qualidades foram indo embora como um trem que deu partida e nos trilhos a roda girava como o ponteiro do relógio indicando o tempo que passava, e tão pouco tempo esse que minha oitava maravilha do mundo se desfez, sendo pra mim agora uma pequena parte do lixo presente na terra.
Descobri que estava apaixonada quando passei a buscá-lo em
outras pessoas, quando notei que outras risadas não me encantavam, que outros
abraços já não me eram suficientes, e que, por mais absurdo que isso parecesse,
eu dormia e acordava pensando nele.
Eu sentia tanta pena de mim mesma, que quando parei para pensar , descobri que a forma de fazer as outras pessoas bem, é somente sentir-se feliz consigo mesma, ou seja, se você sentir-se bem, obviamente irá atrair cada vez mais e mais pessoas para perto de você !
Quase sem querer - à força mesmo, eu diria - descobri que a vida tem o poder de transformar essências suaves em ventania. E uma das incansáveis perguntas que faço é: Por que a vida nos molda e transforma a nossa essência?
Não é que eu tenha mudado o geito de ser, eu apenas descobri uma forma de ser ouvida, porque hoje em dia a palavra que vale é a de rostinhos bonitos e pernas a mostras.