Descoberta do Amor
A hesitação nos permite descobrir coisas que se encontram à beira da estrada e que talvez sejam mais importantes que a via principal.
Leio coisas que não escrevo
me atrevo a escrever verdades
meio a variedades de escritas variáveis
letras contaminaveis
e palavras confortáveis.
Desconfiáveis.
Poesia indomável
Protegida e autosustentavel
Te contaria tudo
se fosse confiável.
Descobertas as vezes são decepcionantes pois, há algo ruim por trás delas que o fez manter escondidas
Tudo aquilo que você dá, no fundo, é você que recebe.
No inicio você não percebe porque não está acostumado.
Mas depois você acostuma, você gosta e quer repetir novamente!
Nunca pense que você perdeu a razão da sua existência acreditando que você perdeu o verdadeiro sentido da sua vida que é simplesmente viver a vida, pois só se vive vida que não perdeu a verdadeira razão da nossa existência que é o verdadeiro sentido da vida.
Haverá momentos na vida em que te desviarás da estrada! O desviou poderá se r ou pra a esquerda ou para a direita. Caso isto aconteça, clame à Deus, aquele que arquitectou tudo.Porque Ele conhece o futuro, e o que o mesmo te espera. Ele sim te encaminhará para a estrada recta.
Se a cada sementinha de dúvida que eu plantar, brotar uma plantinha de curiosidade, teremos um jardim de novas descobertas.
Se um dia você quiser saber qual a principal razão de suas infelicidades e de suas incertezas tome muito cuidado para não se perder nos seus mais ardilosos pensamentos de crueldade e perversidade.
Deixe que as pessoas respondam dentro delas e encontrem por elas as respostas para suas dúvidas. Apenas estimule seu
coração e sua razão na descoberta de seu potencial.
Há um certo tempo, descobri que nunca olhei para vida. Ela, diante de mim, crescia tímida, temerosa que seus encantos pudessem me afugentar e, por isso, inerte, absorta em seu escaninho, olhava-me com olhos de ternura. Com a paciência de Jó que lhe impunha a fim de ver desabrochar o oportuno instante de não ter seus abraços partidos por minha desfatez. Ela sempre me olhando como sou, eu olhando-a como eu imaginava vê-la. Aos poucos, entre tantos dissabores e do fel da fria concretude da realidade, nós dois nos tocamos. A pele logo se ouriçou, aquele frio na espinha desceu até os calcanhares e nós nos olhamos. Notei que aquela não era a vida que há anos observava, chorei ao ver as marcas dos fulcros que as lágrimas deixavam por onde escorriam em seu rosto, a aspereza das mãos, os pés descalços, a boca seca, os cabelos desgrenhados... eram tantas as marcas que era difícil, ao primeiro encontro, apaixonar-se por tal criatura. Entretanto o brilho angustiado de seu olhar ainda era vivo e senti-me convidado a contemplar a visão que dali a vida tinha. As pessoas que eu acreditei enxergar, aos poucos se desvaneceram, feito fumaça, daquele ponto em que eu podia olhar, outras que nunca tinha visto, agora se mostravam em cada gesto, em cada jeito singular de se movimentar. Naquele instante, senti as lágrimas sulfúricas abrir caminhos por cada expressar deste rosto que nunca estivera cá. Olhei a minha volta e já não vi mais a vida. Percorri os espaços ao redor buscando, procurando saber onde estaria a vida, mas não voltei mais a enxergá-la. Hoje, caminhando entre meus achados e perdidos, vi que muito do que achei que fosse nunca estivera lá ou cá, vi que havia coisas de mais em todos os recantos que não deveriam estar. Vi pessoas durante o caminho que não eram as mesmas que imaginei que fossem estar lá. O susto foi grande, pensei: o que eu fiz com o resto de mim? Quando a vida se apresentou, pude perceber que as pessoas que imaginei, que um dia enxerguei não eram bem aquilo que avistei. A miopia é um mal que carregamos para não enxergar a vida.