Descoberta do Amor
Na vida, cada um oferece apenas o que tem. Não espere encontrar conteúdo em pessoas vazias, amor em pessoas frias, humildade nos arrogantes. De fato, cada um oferece apenas o que possui.
Amor de família é a coisa mais inexplicável do mundo. Nem um pai consegue dizer para um filho o quanto o ama, nem o filho sabe dizer ao pai. Então, eles simplesmente demonstram.
Embora o tempo e a distância que nos separa seja cruel, são eles que fazem meu amor por ti aumentar!
Amor proibido
Quando te conheci,
Imaginei nunca o ver partir.
Triste engano o meu,
Pois mal sabia que você não seria meu.
Deixei-me levar pelos sonhos
Sonhos de um amor impossível
Cheguei a pensar por um tempo
Que tudo poderia ser possível.
Mas a realidade chegou a mim
Mostrando-me que chegaria o fim
Em meio a lágrimas e sofrimentos,
Tristezas e arrependimentos.
Aquele amor há tanto esperado
Tão querido e desejado
No tempo ficou perdido
Por ser um amor proibido.
Amor Platônico
Eu sou apenas alguém
ou até mesmo ninguém
talvez alguém invisível
que a admira a distância
sem a menor esperança
de um dia tornar-me visível
e você?
você é o motivo
do meu amanhecer
é a minha angustia
ao anoitecer
você é o brinquedo caro
e eu a crianca pobre
o menino solitario que quer ter o que não pode
dono de um amor sublime
mas culpado por quere-la
como quem a olha na vitrine
mas jamais podera te-la
eu sei de todas as suas tristezas
e alegrias
mas você nada sabes
nem da minha fraqueza
nem da minha covardia
nem sequer que eu existo
é como um filme banal
entre o figurante e a atriz principal
meu papel era irrelevante
para contracenar
no final.
Sua tarefa não é buscar o amor, mas apenas procurar e desfazer todas as barreiras dentro de si mesmo que você construiu contra ele.
AMOR EM ESTADO BRUTO
Tempo, pensamento, libido e energia são solteiros e morrerão assim, mesmo contra nossa vontade.
O que é, o que é? Faz você ter olhos para uma única pessoa, faz você não precisar mais ficar sozinho, faz você querer trocar de sobrenome, faz você querer morar sob o mesmo teto. Errou. Não é amor.
Todo mundo se pergunta o que é o amor. Há quem diga que ele nem existe, que é na verdade uma necessidade supérflua criada por um estupendo planejamento de marketing: desde criança somos condicionados a eleger um príncipe ou uma princesa e com eles viver até que a morte nos separe. Assim, a sociedade se organiza, a economia prospera e o mundo não foge do controle.
O parágrafo anterior responde o primeiro. Não é amor querer fundir uma vida com outra. Isso se chama associação: duas pessoas com metas comuns escolhem viver juntas para executar um projeto único, que quase sempre é o de construir família. Absolutamente legítimo, e o amor pode estar incluído no pacote. Mas não é isso que define o amor.
Seguramente, o amor existe. Mas, por não termos vontade ou capacidade para questionar certas convenções estabelecidas, acreditamos que dar amor a alguém é entregar a essa pessoa nossa vida. Não só nosso eu tangível, mas entregar também nosso tempo, nosso pensamento, nossas fantasias, nossa libido, nossa energia: tudo aquilo que não se pode pegar com as mãos, mas se pode tentar capturar através da possessão.
O amor em estado bruto, o amor 100% puro, o amor desvinculado das regras sociais é o amor mais absoluto e o que maior felicidade deveria proporcionar. Não proporciona porque exigimos que ele venha com certificado de garantia, atestado de bons antecedentes e comprovante de renda e de residência. Queremos um amor ficha-limpa para que possamos contratá-lo para um cargo vitalício. Não nos agrada a idéia de um amor solteiro. Tratamos rapidamente de comprometê-lo, não com o nosso amor, mas com nossas projeções.
O amor, na essência, necessita de apenas três aditivos: correspondência, desejo físico e felicidade. Se alguém retribui seu sentimento, se o sexo é vigoroso e se ambos se sentem felizes na companhia um do outro, nada mais deveria importar. Por nada, entenda-se: não deveria importar se outro sente atração por outras pessoas, se outro gosta de fazer algumas coisas sozinho, se o outro tem preferências diferentes das suas, se o outro é mais moço ou mais velho, bonito ou feio, se vive em outro país ou no mesmo apartamento e quantas vezes telefona por dia. Tempo, pensamento, fantasia, libido e energia são solteiros e morrerão solteiros, mesmo contra nossa vontade. Não podemos lutar contra a independência das coisas. Aliança de ouro e demais rituais de matrimônio não nos casam. O amor é e sempre será autônomo.
Fácil de escrever, bonito de imaginar, porém dificilmente realizável. Não é assim que estruturamos a sociedade. Amor se captura, se domestica e se guarda em casa. Às vezes forçamos sua estada e quase sempre entregamos a ele os direitos autorais de nossa existência. Quando o perdemos, sofremos. Melhor nem pensar na possibilidade de que poderíamos sofrer menos.
O bom não é fazer que alguém se apaixone por você. Todos conseguem isso.
O bom é viver o amor que o outro tem para te dar e se entregar sem medo e sem culpa.
O bom é ter coragem para ser amado com toda a intensidade do seu ser e amar também.
O bom é rir das besteiras que só o amor tem e não ter vergonha disso.
O bom é estar ao lado de quem te ama e não precisar faze nada.
Acho que você tem que aprender a amar e se deixar ser amado, de verdade, sem culpa, sem medo...
Submissão não tem a ver com autoridade e não é obediência. Tem a ver com relacionamentos de amor e respeito.