Descer
Quando você deita no travesseiro, e as lágrimas começam a descer e você não tem pra onde correr, você não encontra um lugar pra se esconder, no seu silêncio onde o mundo desaba, onde você não sabe com quem conversar, onde no seu silêncio você entende, que você sempre esteve sozinha(o), é no seu silêncio que você lembra que muitas vezes você se curou sozinha(o), é onde você lembra quantas pessoas que você realmente pode contar e que não são muitas, é no seu silêncio que você percebe de onde vem a sua força
Pessoas predestinadas ao sucesso, são as primeiras a descer do barco no meio da tempestade só para atender o pedido de chamada de Jesus Cristo.
Quando você subir um degrau na vida e na uncão; desça dois degraus na humildade.
O descer não tem o sentido de inferiorizá-la, e sim, de externar que quanto mais nos prostramos neste quesito mais a enaltecemos como nossa maior virtude.
Se o sorriso sumir
E a esperança esmorecer
Se o sol bater 40°
E o suor me descer
Se a labuta de hoje
Amanhã eu não puder colher
Se a chuva não vier
E a colheita definhar
Se os pássaros não voarem
Se a flor não desabrochar
Se o meu sangue precisar cair
Se a comida na mesa faltar
Se meu nome não puder dizer
Se minha voz eu tenha que calar
Em meio a tudo isso
A Asa Branca cantará
Quero que o mundo saiba
Que o Nordeste é o meu lugar
a vida é uma montanha russa na subida tudo certo, começou a descer só medo e adrenalina tomam conta
“Ligo o rádio e ouço um chato
… Que me grita nos ouvidos
Pare o mundo que eu quero descer
Olhos os livros na minha estante
… Que nada dizem de importante
Servem só pra quem não sabe ler”
Muitas das vezes temos que passar por algo desfavorável ou até mesmo descer ao fundo do poço; mesmo que por algumas injustiças e também pelas escolhas erradas que fizemos.
O processo de restauração e reconstrução da nossa vida, mesmo em fases dolorosas que são tratadas, curadas para nosso crescimento e amadurecimento; são de uma importância fundamental para toda a vida.
Bem lá na frente quando olharmos para atrás, conseguimos enxergar com clareza o real motivo de tudo ter acontecido por que foi necessário vivenciar para que hoje estivéssemos aqui estendendo a mão e ajudando outros a não desistirem, porque tudo se trata dos planos de Deus lhe fazendo ser o que você sempre foi e ir em busca de seus sonhos com toda à garra e fé.
Ricardo Baeta
O homem moderno não deseja descer aos infernos, tampouco subir ao paraíso. Prefere repousar na terra que o come e regurgita.
Subir ao topo pode ser mais difícil do que você pensa, porém descer dele é mais fácil do que você imagina.
Certamente...
O caudal do rio Ave a descer,
a temperatura do ar, a subir !
Quando a primavera vier,
estará o Inverno a ir !
-- josecerejeirafontes
Em tempos de depressão todos os pensamentos insistem em nós levar lá para baixo.
Podemos até descer por um período, mas seria uma covardia apesar da patologia nos render a algo que nunca foi dádiva do Criador.
O mais coerente é agarrarmos a toda e quaisquer esperança, ainda que na dúvida.
Afinal TUDO em algum dado do momento desaparece tal qual seu surgimento.
Elucubrações.
Eu também gosto
de subir
e descer escadas,
abrir
e fechar cancelas.
A adaptação nos
mantém vivos,
mas é a dúvida
que é o motor da consciência.
Incertezas
Vontade de subir montanhas e descer planaltos,
De subir degraus e de gritar bem alto,
Enfrentar as ondas,de um mar alto,
E fazer você descer do salto.
Amor, te quero e te venero,
E mesmo na adversidade te esperarei,
Você tem a essência que tanto quero,
E pela tal,eu lutarei.
Existe luta sangrenta,
Mas ,existe luta silenciosa,
Luta insana que arrebenta,
E luta límpida como pedra preciosa.
Eu prefiro a segunda,
Que é silenciosa mas eficaz,
Pois consegue mergulhar em águas profundas,
Que tanto mal nos faz.
Mal do egoísmo,
De todas as paixões insanas,
Mal do egocentrismo,
E de toda a adversidade humana.
Mal que desperta a solidão,
E todos os bichos que nos faz sangrar,
Um cemitério de decepção,
Que tirou-me a capacidade de amar.
Vou seguir vivo ou morto,
De pé ou simplesmente caído,
Seguindo um caminho reto ou torto,
Destruído ou redimido.
Lourival Alves
...tinha vontade de viver vidas presentes, passadas e futuras
...tenho vontade de descer ao fim do abismo e encontrar de tudo o princípio
...vontade tenho de um extra-terrestre ser e desejar um terrestre ser, sem mente plana, só escravo de amante e amado ser...
piu
Falem a minha linguagem que eu os entendo; saibam subir e descer os degraus da cultura e assim serão mais cultos. Quem não o fizer será sempre um falso sábio. Sábios podemos ser todos, cada um à sua maneira e cada um com as suas fontes. Não chamem de ignorante a ninguém, pois esse ninguém, pode ser mais sábio que o chamador.
Partir sem destino,
sem rumo, com objetivo.
Partir sem saber onde parar,
onde descer, onde entrar.
Partir... porque partir, deixar,
é o preço do amor.
A maioria dos medos é básico: medo do escuro, medo de descer no porão, medo de sons estranhos, medo de que alguém esteja esperando por você dentro do seu armário. Esse tipo de coisa fica com você, não importa a idade.
Amarelo Rua a Baixo
Não foi fácil saber quais.
Amarelos que nem usas mais!
Nem descer aquela rua.
Alegre como o campo que não lá havia.
Fôramos apedrejados nesse dia.
Naquele frio,
Que ninguém tinha como nós,
Nem a nossa voz dizia ter sentido.
Mas as gotas do teu cabelo...
Essas sim!
Eram o "mim",
O pouco de ti,
O tudo dos teus e o nada,
Dos empertigados.
(nada que eu quisesse, pelo menos)
No dia em que fomos vistos a passar naquela rua,
Já nos conheciam,
Já lá haviam jardineiros,
Varredores rua a baixo...
Rua a cima!
E os porteiros do Jardim Botânico que nos viam
E os motoqueiros da Telepizza que nos deram!
Mas nesse dia era dia de Janeiro.
Não! Espera!
Era o dia que nos dera, como se fosse o ano inteiro!
Mas chegámos lá.
Ah!... Se chegámos lá, menina dos oníricos amarelos.
Lá a uma estrada,
A um rego de água
E a um caminho âmbar.
E lá alguém passava caminhando menos belo.
Sabendo tudo,
Não querendo dizer nada,
Mas alguém que passava disse:
- Deus vou ajude!
- Deus vou ajude meus filhos!
E ajudou tia!
Ajudou tia!
Tanto que sempre serei a forma da ponta do seu cajado!
Quanto a ti...
Não sei de ti nem pra onde foste!
Apenas deixaste os ganchos do teu cabelo
E a minha gaveta desarrumada.
A saudade da seda molhada
E da gota.
Garota, garota, garota!
É o que vejo agora na refracção da gota!
Três pontinhos.
Não chegam, garota!
Não chegam para cozer a ferida de felicidade,
Exposta pelo teu bisturi... na verdade.
Quando foi o teu estaladiço odor escarlate para depois?
Quando foi?
Quando foi a ferida sangrada pelas danças nocturnas dos dois?
Quando foi?
Pela foz do cais.
Pela voz do Rui.
Pela pedras marginais.
Pelo Porto sem sentido.
Pela cascata de mãos dadas,
No eco das Arrábidas!
Gritos felizes...
Berros no bruto pra escutar no ouvido.
Agora o Cronos,
Olha para o dia da ferida,
Para o depois da felicidade,
Para a parede fria... prá nostalgia
E vê-te a ti, garota,
Vê o teu bisturi,
Vê o corte de felicidade,
O desnorte
E os teus tais três pontos de Saudade!
Saudade, saudade, saudade de ti, garota!
Saudade dos amarelos que não usas mais.
e nada mais é
se não arte
uma bica
e um fim de tarde
em Marte
Uma vez a caminho do trabalho perto de descer, avistei um caminhão de engradado, acho, parado, não lembro ao certo rente ao calçamento, atrapalhando um pouco a circulação dos veículos. Só sei que não sei porque tampei os olhos de uma mocinha que trabalhava comigo, que estava na porta esperando descer feito eu, de brincadeira eu disse, : - Não olhe, não! Depois tirei a mão e ela arregalou os olhos e abriu a boca fazendo uma fisionomia de pavor, a espanto, aí quando ônibus começou a andar vi de relance um pedaço de bola de futebol cortada com alguns cabelos. Pedaço de bola com cabelos... Aí caiu feito um raio a percepção. Ao descer reparei uma aglomeração de pessoas olhando, tirando fotos, , com suas curiosidades morbidas, soube que era um corpo de um homem que trafegava numa bicicleta rente ao caminhão, aí a bicicleta tombou de lado, de repente, como que empurrada pela mão do destino, acredito que devido a algum buraco, entulho da avenida em reforma, uma desculpa qualquer, o deformando-o. Teve uma morte boa, penso, apesar de trágica. O ideal era não morrer, mas, não há outra opção. Apagou feito uma lâmpada, como um fio cortado ao meio, interrompendo a corrente, impedindo a iluminação. Nem dor deve ter sentido, medo, foi pego se surpresa, não agonizando dias, até a exaustão no leito. Foi surpreendido pelas costas, covardemente, como se obedecessse a nossa lógica e razão. Incomodou quem ficou olhando só, ele não, isso é forma de morrer, pavorosa, preconceituosos. Em plena saúde, provavente, vigor do corpo fisico, pensando em nada, despreocupado, preocupado no máximo pra não atrasar no trabalho, agora nao vai mais nao. No máximo, lembrando de algo agradável, quem sabe, a cerveja do final de semana, o futebol do seu time, coisas simples, o aniversario naquele dia, talvez. Poxa! tinha outro dia pra isso acontecer nao? So sei que apagou como uma lâmpada, ou uma vela? Um passarinho abatido, um pintassilgo, uma criança que não sane e bota a mão. Morreu sem saber, "morreu na contra mão atrapalhando o trafego".
Descer o mais profundo
no mais invisível
no mais incompreensível
muitas vezes não é o saber
é apenas ter a pele trêmula.
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