Descartável
Somos sacolas plásticas no caixa de um supermercado. Descartáveis e vazios, na espera de sermos preenchidos com alguma coisa importante. Uma garrafa de vinho, talvez.
VENDEDOR DE COPOS
Comprem, comprem,
Comprem copos...
Descartáveis, sem asas
Já estão com café, quente
muito quente!
Uma brasa.
Uma brasa derretida
despejada no afago
assolando a vida
causando rococó.
Choque térmico na mão
um gosto pelos ouvidos
o copo caiu no chão...
O olhar ficou estendido.
Olhe o copo,
olhe o copo
cem copos por dez reais
barato assim ninguém faz.
Antonio Montes
No mundo da pressa e das relações descartáveis a alma fica escondida, isolada, anônima. Ela não gosta de ser vista nem decifrada, nem descrita e evidenciada. Mas é ela a alma imprescindível para o trabalho do movimento do mundo.
Enfeitam os momentos com atitudes hipócritas em um vazio descartáveis esperando algum beneficio próprio;
Peço que alguém me interne na regra do amor perdido ou um paraíso desabilitado para que não mais enxergue o desentendimento de um sonho sentimental;
Mas não pode ser assim. As pessoas não podem ser vistas como sacolas descartáveis. Usadas e depois jogadas fora.
Percebo a dependência de muitas mães em cima dos filhos. Pais não são descartáveis, pais não são laranjas que você come o sumo e joga o bagaço, mas chega um momento para os filhos que eles precisam mais deles mesmos que dos pais. Eles se sentem pressionados por si mesmo a andar com as próprias pernas, a adquirir liberdade financeira, a se desprender de quem os gerou, a criar asas e voar. O amor não acaba, o carinho, o respeito, não acabam, apenas o ciclo muda seu rumo, a gente vai ao encontro do que nos espera. A gente fica livre para ser quem somos, para tombar, cair, levantar, cambalear, tropeçar e acertar. Às vezes a gente dá dois passos para frente e um pra trás. Outras vezes andamos na contramão do politicamente correto pelos pais. Os pais precisam aprender a respeitar nossas escolhas, nossas mancadas, nossos erros. Precisamos cair e levantar, precisamos fortalecer os ossos, o corpo, o espírito. Precisamos deixar de ser bichos primitivos. Não falo só de pais não, falo de amores, de cônjuge, de pessoas envolvidas de amor, mas que inconscientes cerceiam a liberdade de mim mesma.
Quando procuramos em coisas ou pessoas descartáveis atenuantes para a fobia que temos de nossas emoções, fomentamos o covarde que existe em nós e cujo resultado não será outro que acumular migalhas que não poderão nos sustentar nas horas vindouras.
AMORES DESCARTAVÉIS...
hoje somente hoje quero cantar a minha alma
na calmaria do meu hoje. minha alma chora vazia e sem por que, clama por alguém, por estar sozinha. hoje nessa madrugada fria e sem coração passa lentamentesinto-me enganada, desprotegida pelos abraços que ficaram inertes sangro por dentro onde ninguém possa ver esse sangue quente escorrer sinto falta de algo talvez de amar e ser realmente amada por igual onde esta o amor? que caminho seguiu? com quem caminhou? há se minhas estranhas pudessem me mostrar a saída dessa angustia se os meus olhos cansados de segurar as lágrimas que teimam rolar pelas minhas faces, deixar apenas sobressair às adrenalinas do amor entrar na magia do momento de amar do somente amar extirpar a dor, de ser enganada por uma falsa ilusão em meio a essa escuridão febril dividir o que poderia ser meu com varias fantasias variadas vestidas com vários tipos de tecidos imaginários de curta duração onde o nada é muito pouco para que vire trapo esfarrapado trocado a todo o momento. amores descartáveis depositados no monturo dos nossos corações,
ato do posti marylife
"Em um mundo onde pessoas são descartáveis, feliz daquele que encontra o amor da sua vida todos os dias na mesma pessoa."
Quando te achares o centro de tudo
Reveja conceitos, não somos descartáveis,
Mas podemos ser esquecidos...
Termos outras prioridades
Reciprocidade, faz toda a diferença
Nunca esqueça disso.
Sociedade líquida: amores, amizades e seres descartáveis! Até nosso conceito sobre Deus tem mudado pela tradução do nosso comportamento fútil. Nunca a palavra dos lábios das pessoas valeu tão pouco. Não há um justo sequer... e o futuro da humanidade inevitavelmente é a solidão!
Um olhar mais detido pode nos levar a analisar mais o que se tem e
observar quão descartáveis são algumas novidades.
Há coisas novas que são bonitas e muito úteis, mas sua fragilidade revela que foram feitas para atender uma aparente necessidade imediata gerada pela propaganda bem-feita, pela embalagem chamativa e pelas promessas nem sempre cumpridas.
Assim são certas pessoas hoje em dia, uma embalagem bonita num produto frágil e com pouca qualidade o que leva à necessidade da troca frequente.
Quando você está em viagem não se preocupa muito onde vai passar a próxima noite, mas quando procura uma casa para morar muito tempo, precisa verificar se a construção é sólida.