Descansa
A flor
Não espera, não descansa, não cansa
Respirar é coisa abundante, que me ganha
Ando, respiro e vejo a flor em meio à grama rasteira.
Num cantinho recuado, lá estava escondida,
Quem sabe perdida,
Quem sabe escolhida, pronta a ser colhida.
Ainda me pergunto se a encontrei
Ou por ela fui encontrada
Coisa bonita é ver flor nesses dias de inverno
Faz frio, com cor de primavera.
Um dia lindo, no jardim da vida, com flores, muitas flores. É tempo de semear e tempo de colher.
No fim do Dia
O sol descansa
A luz dá lugar
As trevas
Atravessando um mar
Cruzando os céus
No outro lado
Sozinho
Distante
Alguém é
A espera
água furtada
És a água furtada
Da voz que não cansa
A esperança duma mulher
Que descansa
Na contenda do bem viver
És a água furtada do choro
Duma criança
O retrato perspicaz
Da mente que não pensa
Na conquista da paz
Que o calor recompensa
és a água furtada do canto
Que dulcifica a alma
Do homem em cada ponto
Do poema que declama
És a água furtada
Do bem-querer sem suor
Que as vezes transborda
No íntimo do gato trovador
és a água furtada
Das folhas secas do verão
Da garganta destroçada
Com um imporão
Da taça não domada
És a água furtada
Nas arranhas
Da vida em papel
Das aventuras que faço
Mesmo sendo fiel
Das minhas flores de aço
Teu corpo é sombra e água fresca,
Descansa o corpo e mata a sede,
Do cansaço interminável do dia-a-dia.
A lua é uma gata branca,
mansa,
que descansa entre as nuvens.
O sol é um leão sedento,
mulambento,
que ruge na minha rua.
Eu sou uma menina bela,
na janela,
de um olhar sempre à procura.
Que me venhas...
Descansa o teu cansaço no meu cais...
Lavarei o sal que te prende com a doçura dos meus sorrisos...
Secando tuas dores com as brisas da minha paz...
Que me venhas...
Assim como o vento forte, que lufa as velas dessa nau, que já não necessita de ancora... Adentrar as noites insones e juntos navegar...
Pois, já sabemos que somos como areia na beira do mar...
Caso, um de nós naufragar...
Noite vazia...
Noite vazia
Descansa um anjo
Prefere dormir
Ao ver morrer o encanto.
Luzes brilham
Vaga-lumes vadios
Formigas infestam
Aproxima-se o frio.
As casas escurecem
Cadeados trancados
Um cão enfurece
Para não ser roubado.
Madrugada tensa
Apaga-se o ser
Lençóis ao avesso
Até o amanhecer...
Gaúcho caminhoneiro, descansa almoço embaixo de árvore, no restaurante.- balançando na rede, repara que o caminhão vai e vem, nisso passa um andarilho e fala!- Moço, tem um baita sapo, dormindo debaixo do pneu do seu caminhão! há há há há... Olhos regalados o gaúcho fala!... mas só tomei um aperitivo no almoço tchê!...
Afinal a flor de noite descansa,para que no amanhecer o sol poça refletir sua beleza e delicadeza durante os anos.
E assim como a água do Oceano descansa,
O sol é tão forte que cansa,
O céu assim como uma música,
Entra em harmonia com o Mundo.
Se faz como uma criança,
Gostar de tudo ao seu redor,
Sua garganta que da um nó,
Nó esse bem laçado,
Que a faz ter dó
De ser massacrado.
Você dorme meu amor! Você descansa num sono único que eu jamais teria coragem de incomodar. Você dorme! Lembro-me das vezes em que meus olhos despertaram nas madrugadas. Eles sempre despertam nas madrugadas. É difícil eu entender que acordei, pois ao ver você dormindo tenho a nítida impressão de sonhar!