Desbravar
Gosto do que me faz pensar, gosto de sair da zona de conforto e o que me instiga desbravar.
Gosto de criar sentidos em significantes flutuantes do mundo lá fora, que a cada resposta tida nos leve a uma outra pergunta, sem precisar de resposta alguma.
Desbrave mundos. Seja solidário com a dor do outro. Encare os monstros. Divirta-se até acabar o dia. Exercite-se a mente. Dance só e colado. Abrace seus pais. Beije demoradamente. Extrapole a risada. Seja feliz.
Estou indo para longe
desbravar novos mundos
Não posso te levar comigo
Não sei como será o amanhã
Mas fique com isto
um pedaço de mim que deixo contigo...
Não é preciso você viajar para desbravar o mundo. É preciso olhos novos, e bem abertos, para que em um único espaço você consiga enxergar o que de novo ainda não foi visto. Desfaça dos pares de olhos da monotonia e tente enxergar fora da caixa - inove - olhe e VEJA.
"Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro..."
Serei o que eu quiser porque o mundo está me esperando. Vou descortiná-lo, ou melhor, vou desbravá-lo, assim será daqui para frente.
Quimeras que planto na minha janela
daquelas que guardo no canto do sonho....
Caminho desbravado, rastros pelos confins
de cada palavra solta que trago
Casas vazias deixando atrás histórias
poeira, memória, retratos perdidos no chão
Gavetas sem asas, espelho com rugas
onde perdemos o apreço e o tempo
traz-nos velozmente a morte do avesso.!
Minha expedição não é tão ambiciosa nem dantesca quanto a de Marco Polo, desejo infimamente desbravar o que sinto.
VERMELHO
No vermelho complexo das tuas rimas
Desbravei mares
Conheci lares, escalei montes
Dancei nos teus versos, sorvi tua fonte
Arrepiei o plexo e me prendi a ti.
Me cortou com a faca
Mostrou que o amor do poeta fecunda com sangue
Teu poema vermelho me fez concordar...
É...
Um barco grande, deslizando com força
Também faz carinho no mar.
"Podemos não sermos os desbravadores, mas buscamos a cada novo dia o diferencial para fortalecer nossa própria identidade."
Dizem que a Literatura é um rio bravo que corre desbravando nossa mente. Eu discordo. A Literatura é o próprio oceano onde mergulhamos nossas vidas, sentimentos e navegamos com nossa imaginação. Sentindo a brisa-leve de um doce estilo novo que toca nossas profundezas transpondo a alma.
O Ódio de Liz Albuquerque
Que orgulho Liz Albuquerque sente de seu ódio. Um ódio desbravador, engajado, perspicaz; um ódio que ergue bandeiras, cria movimentos, causa desordem, desvia e encerra caminhos, abre esgotos a céu aberto.
Liz Albuquerque é o pseudônimo de Maricleide Rocha da Silva. Seu ódio ilustra manchetes, concede entrevistas, lê, escreve, desenha, pinta, esculpe, canta, dança, encena, sai de cena, ampara, abandona, prende, liberta, cura, planta, replanta, mata, desmata...
Odiosa e temida, a ativista é dada a lacres e clichês virtuais.
O ódio de Liz Albuquerque, não é um ódio qualquer, um ódio a ser desprezado, ou confrontado.
Não e não! Seu ódio, embora paciente, é justo, certeiro, impiedoso e livre de remorsos.
É preciso odiar muito para sobreviver ao ódio de Liz Albuquerque.
A triste história de um aventureiro
Um garoto faminto por desbravar o mundo e mergulhar na aventura, onde seu universo oscila entre sombras e tristeza. Contudo, esse universo não é um local, mas sim uma pessoa que ele anseia amar ardentemente.
Ela é seu único refúgio, a essência que transforma seu viver em lar. Seus olhos faiscam como relâmpagos toda vez que ela o admira. Seu cabelo é perfeição, o sorriso uma obra-prima, e sua voz o acalma, enquanto seu corpo é uma visão inigualável.
Entretanto, o aventureiro audacioso, apesar da bravura para encarar dragões e enfrentar o mundo, teme diante de um único medo. Entre estrelas e suspiros, o temor ecoa, pois na trama apaixonada, sua coragem se desfalece ante o pavor de perder sua amada, no qual anseia se aventurar eternamente.
Na praia de areias alvas
Vejo passar o desbravador
Vendendo suas castanhas
Feliz.
Ahh! Que homem trabalhador,
Semblante simples e meigo,
É um batalhador.
Sempre usa uma viseira,
Cobrindo a testa de ferro
Pois carrega de lembrança
O sinal na sombrancelha.
Um certo cabra da peste,
Deve ser parente de lampião,
Separou uma em duas,
A marca de uma senda.
Gosto de me inspirar no peão,
Neste momento fico rindo
Em cima do muro de nossa casa,
__ha algo encrespado e encaracolado,
Diz ze-borracheiro
Que o desgarrado vendedor,
Já morou por aqui.
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