Desatento
Amar você
Amar você é mergulhar em águas turbulentas
E me deixar levar, sem receio, desatento.
É permitir que a vida transcorra docemente
Na certeza de que você é minha somente...
Amar você é resistir aos contratempos
É permitir que a correnteza me carregue
Porque o tenho sempre em meus pensamentos
Enquanto a vida, em seu ritmo, prossegue.
Amar você é me atirar em meio à vida
Despreocupado com o que possa surgir.
Amar você é a loucura mais querida
Que me envolve e que vem me consumir.
Amar você é a maior felicidade
Que arde dentro de meu coração.
Amar você é a loucura sem alarde
É dengo, é chamego, é paixão!
Te amo minha flor
A dor de uma saudade.
O desatento e inconformismo consomem minha alegria – a melancolia me domina...
No vídeo da TV tudo vejo e nada entendo; o entusiasmo das coisas que me atraiam, não tem o significado de antes: me desestimulam e aborrecem...
Que fazer?
Não sei!
O desassossego orgânico me assusta e incomoda...
Alguém observa meu comportamento e pergunta: que lhe preocupa?
Como um ator improvisado, assimilo um falso sorriso e respondo: tudo bem, tudo bem!
Embora tentasse me mostrar tranqüilo e alegre, meu sofrimento transparecia...
Sento em minha poltrona e tento repousar ou dar umas cochiladas tranqüilizantes a fim de esquecer as agruras.
De repente, o “terrim-terrim” do telefone me tira de supetão da poltrona. Apanho o fone, atendo, e uma voz melodiosa vinda do outro lado da linha, atingia meus tímpanos e se alojava no coração – era minha querida filha Regina. Lá do longínquo Mato Grosso do Sul contatava-se comigo.
Por uns minutos, dialogamos alegremente.
O desespero e a respiração amainavam e tudo voltava ao normal – verdadeiro lenitivo.
O relógio controlador da TELESC contava os minutos.
Neste ínterim, a oportunidade me proporcionou num gesto maravilhoso, um gostoso e benéfico bate-papo com meus queridos e adorados netos Alexandre e Rodrigo, meu amigos de coração. Gostaria de lhes contar muita coisa – talvez até uma historinha do Chiquinho e Benedito inventada na hora e ouvi-los a sorrir.
O tempo pôs fim à conversa.
Meus olhos ofuscaram-se com as lágrimas brotadas.
Passei o fone a minha esposa Ondina para que ela usufruísse do mesmo prazer.
Já reconfortado, retorno à minha poltrona e faço um “check-up” dos meus sentimentos e observo meu estado de graças. O mal-estar que se apoderara do meu corpo como carrapato, havia desaparecido e me senti forte e rejuvenescido.
Em análise clínica, concluí que meu mal era psicológico: nada mais era do que a DOR DE UMA SAUDADE.
Jair Pires
Florianópolis. 14.08.1985
Dos desafios que te levam a mim.
Me domina, vai.
tenta,
com teu jeito desatento e pessimista.
me segura, de corpo inteiro,
e me derrete com teus olhos, sem me tocar,
me faz te sentir apenas com tua respiração próxima a minha.
você consegue alcançar a parte em mim que é submissa a você?
Faz com tuas mãos o arrepio sucumbir a dor e falta de sensibilidade.
Faz meu grito calar-se com o gemido do deslizar das tuas mãos em mim.
E me segura e me tenha em mente e corpo, como se tem a si mesmo.
Você consegue dominar a si mesmo, dear?
Se disser que sim, eu te dou meu corpo inteiro,
para que maneje e controle minhas crises que resultam em pura poesia.
Me segura, me domina e me toma como o ultimo fôlego após o beijo, o último suspiro após matar a saudade, me toma com a intensidade do sentimento que faz se desfazer sobre mim.
Voraz
O Caminho.
E até eu, desatento, distraído, de bem com a vida;
percebi que de fato havia sentido na penumbra
de tuas botas a bater ao solo, a sombra não mais lhe seguia.
Era a marca do caminho, o sinal deixado por vossos pés a indicar qual seria o próximo rumo a seguir a fim de lhe encontrar.
E Se encontrei? Acomodado, jamais saberá!
Como um suspiro da criança pobre que só tem a imaginar;
nessa ilha de miséria cerrada, cercada de diamantes a brilhar.
Onde a unica saída é trabalhar, trabalhar, trabalhar.
E para aqueles como eu, desatentos, distraídos, de bem com a vida
vamos logo acordar, fazer, realizar;
para que num futuro próximo estejamos exclusos da intensa prática de lamentar"
... e quando chegar a hora ele me tirara a guarda e me deixará desatento e me fará desistir. E quando eu houver visto a morte entenderei que meu caminho chegou ao fim. E ao olhar para trás verei trilhas tumultuadas e outras que pouco revolvi. E entre uma e outra saberei que vivi para fazer o tinha feito e desejar e o que tinha que ser. Que outro destino terá tido eu senão de estar onde estive e ter feito exatamente o que fiz ? E quem dirá que o horizonte que me espera a frente não foi o desenrolar óbvio para tudo isso ? Quem dessas coisas dirá o contrario?
E penso, e sonho e canto. E no entanto me espanto nesse desatento, dessa distração, desse desencontro.
Às vezes meio desatento me vejo desarrumado em minha confusão vestindo sonhos não sonhados;
Porém a pergunta que não se quer calar será que meus sonhos se farão realidade para que meus espelhos se despedacem e eu possa-me sentir completo?
Eu poeta, desatento perco a noção
Se são seus lábios a produzirem tal vento
... Às vezes acho que sopras amor,
Mas ainda sim, brisa é vento.
As vezes sou chatinho, e marrento, as vezes esquecido e desatento, as vezes grosseiro e insensível, e direto de mais, as vezes, poderá te incomoda, de formas desconfortáveis, mas, lembre-se, disso que falarei agora, só uma questão de diálogo
como tudo na vida , e meu amor sempre estará a frente de qualquer coisa que venha nos afetar, E Deus a frente de tudo.
salve Deus❣️
Demiurgo
Palpitando na matéria
Anjo
Desatento
Se
Outro
Mérito
Não teve
Pelo menos
O
De não ter
Perdido
Tempo
Caminhando desatento
sem hora, sem rumo
lentamente;
O que importa?
Coração aquietado,
bolsos cheios de mãos,
preso ao desejo de assim não ser:
Silencioso
Ausente
Invisível
Incrédulo
Não há vida
nas ruas...
Nem no íntimo
do andarilho.
Desatento , Disperso , lento
perdido no vazio do espaço
perdi o passo
andei por tantos lugares
indiferente a todos os olhares
parei nos seus castanhos escuros . profundos de mistérios
Choro por dentro estou desatento tentando entender esse sentimento que me corrói por dentro fazendo as lágrimas escorrendo em direção ao chão cada gota fez uma cicatriz no meu coração e seria injusto eu não dar uma continuação das dores buscamos a solução de recomeçar um novo seguimento acreditar que tudo foi algo do momento e única saída é reconhecer esse sentimento.
Entre Murmúrios e Lamentos,Ficam Só Os Momentos, Dos Descontentamentos,Dos Desalentos,Dos Desatentos,é Apenas
Um Surgimento,Um Fragmento,Sem Merecimento,Apenas Um alucinamento.
Rabiscos num compasso desatento...
dá se o intervalo interrupto...
vazando o curso do sentimento...
tendo assim o beijo inesperado...
aclamando cada verso...
obtendo o desejo arrebatado,
muitas vezes se querendo a paixão
diante insípido ar inóspito
abraçando a vida num instante,
refere se a conjunção atônita,
a supremacia vital que arremete,
a imersão desagradável da exposição...
vendo se que abrangeu o ato insano.
inimaginável e o impensável passam a ser
a disfunção abrupta na vertente...
repetindo a nudez clara...
na sensação da brisa espalha se a vontade...
acolhedor âmbito da vertente mera ilusão,
descabida sonsa dessa essência,
refuta o senso apropriado,
desenvolvendo o repudio do derradeiro sentimento.
Passando meio lento, desatento
Me parecia um dia normal
As velas e o porto, tal e qual no cartão postal
Sorri, o jangadeiro ao desembarcar
Refletia toda coragem de Dragão do Mar
Sorrateiramente,
a insônia se aproxima,
desatento, o sono é surpreendido
e facilmente se intimida
ficando sob o seu encantamento
até quando ela decida.