Desastre
As vezes esquecemos de Deus na hora de agir e quando vem a consequência o culpamos pelo desastre que nós mesmo causamos.
Desastre ambiental,
eu só vejo choro no país do carnaval,
a meio mastro astiada,
a bandeira nacional.
‘Algum inocente aí, ainda acha que o desastre da administração pública no Brasil não tem nada a ver com a corrupção?
A canhota para destros
Um gol perdido pelo capricho da perna destra pode ser um desastre cômico, mesmo para aqueles que possuem total concentração no pé direito. Driblar com a perna direita, trazendo pra dentro, arriscando um arremate com a mesma pode não parecer, mas é inviável - salvo por exceções. Mesmo assim o momento nos força a acreditar que é chutando de canhota que as coisas se complicam. E o risco de, numa situação dessas, bater com a destra, é uma “trivela inversa” - sei que o termo produz uma imagem desengonçada - que, pelo desequilíbrio induzido pelo curso livre da bola, após uma matada ou percurso indefinido, não chega a ser chute mascado ou espirrado, e vou comparar com uma desculpa da sinuca: faltou giz no taco. Como diria um conhecido narrador esportivo em seu comentário: "que beleza!"
Jogar com as duas pernas pode parecer um paradoxo. O jogador cresceu chutando com aquela perna direita, com a qual se sentiu mais à vontade para bater no gol, driblar, tomar a bola do adversário, fazer um passe. Criou uma perna viciada e, em momentos, descontrolada e alienada, egoísta; e com uma personalidade forte mas, nem por isso, livre do castigo da desatenção, que leva ao erro. Porque, ao passar do tempo é como se não lhe fosse permitido atuar com as duas, ou então, uma proeza para os craques (como muito se fala, para não dizer para poucos), ou mesmo que não sejam considerados craques, para pessoas que nasceram com uma habilidade especial, um dom: ser ambidestro. Criou-se um mito em torno do ambidestro, na proporção “8 ou 80”, que permeia o imaginário futebolístico. Por isso, esquece-se com frequência da natureza da perna esquerda; ela é preterida, mas pode ser tão surpreendentemente extraordinária e potente na mesma medida, que pode até apresentar um resultado superior ao comumente obtido pela destra. Fato que faz com que nem mesmo o autor do chute acredite no feito.
Embora nos apeguemos à simetria, ou seja, uma perna “igual” à outra, - pelo menos aparente, poupe-me da necessidade dos detalhes - de forma oposta, não há como negar que possuem mentalidades diferentes (ou pelo menos é a hipótese que sugiro - estranhas uma à outra). Quem nunca experimentou escrever com a mão esquerda, ou até mesmo, viu-se forçado a isso por alguma circunstância do destino ou do acaso? Em um primeiro momento é uma sensação desconfortante, comparável a andar em um ambiente escuro, desconhecido. Parece tudo ao contrário, se desenvolve para o outro lado, a caligrafia por mais que se tente com esmero, não se compara à escrita destra - atente que meu ponto de vista é o de um destro. Portanto, praticar a escrita com a mão esquerda é algo que se faz quando não se tem o que fazer (em situações muito isoladas, e é uma prática que ao passar do tempo é deixada de lado na medida em que o sujeito amadurece). E, em situações que exigem alta concentração, praticidade, agilidade e excelência, não é a esquerda que entra em ação, é a destra. E a perna canhota, partindo desta análise subjetiva dos membros superiores, pelo histórico do jogador de estar habituado a bater de direita, passa despercebida, esquecida. É como se o jogador, em seu imaginário, acreditasse que não há opção, se não bater de direita. Para o destro nato, bater de canhota não chega a ser considerada nem como última alternativa na maioria dos casos.
Por fim, a favor da canhota, há de se ressaltar o seguinte: imprevisibilidade. Aquele que ousa chutar com as duas pernas, entendendo a maneira como os pés buscam estratégias para bater na bola, torna difícil a reação do adversário quando esse exerce marcação, que tende, inconscientemente, a focá-la prevendo o chute com uma das pernas (a destra). Você já ouviu aquele ditado: Ele não sabia que era impossível, foi lá e fez. Pois, transpondo para o nosso texto, num “insight” futebolístico (me permito escrever): ele não sabia que era possível bater de canhota, foi lá e (não só bateu) fez um golaço.
Eu nunca fui bom nisso, não levo jeito pra dizer
Que vai dar tudo certo e nenhum desastre vai acontecer
Eu tenho os meus problemas e a certeza que você tem os seus.
Quem sabe a gente aceita todos eles, juntos, só dessa vez?
Se for pra tudo dar errado
Quero que seja com você
DESASTRE LITERÁRIO NOS CONTEXTOS ATUAIS
Estive pensando na devassa axiológica que as obras infantis fizeram, e ainda fazem por aí.
Imagine, caro (a) leitor (a), uma criança de quatro anos ouvindo a história da Branca de Neve, uma garota órfã, anêmica (embora tivesse lábios vermelhos), talvez até de porrada da madrasta que mandava e desmandava em tudo.
É, porque a estorinha deixa claro que o pai da garota de nada sabia das maldades da esposa, a madrasta, a algoz de sua única filha, que chega ao ponto (motivada pela inveja, “pura torpeza”) ordenar a um capataz (espécie de servo) do reino a levar a criança para uma selva e nesse local abatê-la, como se a menina fosse uma franga ou um porquinho cevado. Pior, a sádica ainda pediu como prova do crime, um pedaço do fígado da menina. Ainda bem que o carrasco decide por não executá-la de uma vez, entregando a rude missão às cobras, às onças, sabe-se lá a qual bicho selvagem, até que a branquelinha, doida de pedra, a correr na mata, encontra uma casa onde viviam sete anões (provável que fossem raquíticos...) e, embora ela vivesse antes num “palácio”, soube varrer a morada, arrumar camas, lavar roupas, fazer comidinha, enfim, todas as prendas domésticas de uma senhora precoce.
Adotada pelos piturruchos, passa a sorrir e achar que tinha se safado da maligna que, por meio de um espelho fantástico e dedurador, obtém a revelação do esconderijo da enteada (Branca de Neve). Caso mais sinistro!
Encontrada e enganada, a menina, talvez faminta por comer em pratos tão pequenos e porções tão insuficientes, mete os dentes numa maçã envenenada que a cachorrona lhe oferece, e cai dura que nem um cabo de vassoura no chão.
Anos se passam e aparece o necessário príncipe que, encantado diante de tanta brancura (racismo) e “beleza”, cata-lhe o fragmento da fruta que envenenou a mocinha, reavivando-a e depois, pedindo-a em casamento.
O amado e salvador da pátria das pobres princesas, decide por vingar-lhe a inimiga (madrasta-bruxa), matando-a sob tortura, forçando-a a dançar cretinamente com grandes bolas de ferro amarradas aos pés.
(...) Meu Deus! O que é que isso deixa de legado pras crianças que se encantaram com essa luxúria dantesca? Talvez meros vislumbres de sonhos irrealizáveis, sede de vingança e a idéia de que o mal precisa ser extirpado, nem que seja com derramamento de sangue ... !?
Ah, quase esqueci que os anões saíam pra trabalhar na mina pela madrugada e retornavam à noitinha (exploração de mão de obra), devia ser mesmo! Segundo o que narra a estória, eram todos problemáticos: um Zangado, sinal evidente de stress; outro que não parava de espirrar (Atchim), quadro clínico de sinusite sem tratamento; outro que dormia o tempo inteiro (Soneca) podia um caso de verminose, anemia, cansaço demasiado...); Um outro, carente de mimos (Dengoso); outro, dado a espertezas (Mestre) e por fim, um alienadinho que vivia à base do ‘tou nem aí’ (Feliz); mais um sem graça de viver, tal Dunga.
Vou parar por aqui, porque se eu for falar da precariedade da história de Chapeuzinho Vermelho e da Gata Borralheira, vamos morrer de remorsos por termos contado às crianças tamanhas aberrações.
Ainda bem que hoje enxergamos essas tragédias tidas como alternativas lúdicas.
MORAL: Há tempo sempre para se repensar!
Balança da alma
De uma euforia total
A um desastre sem igual
Tudo isso dentro da mente
A alegria é um exagero
Tão igual é o desespero
Isso é o coração que sente
O julgamento que odeio
É o mesmo que semeio
Não há nada de diferente
A cabeça que muito pensa
Gera uma indecisão imensa
E pouco vivo no presente
A confiança é algo sublime, mas ao perdê-la é só desastre. É muito fácil perder a confiança, seja em si mesmo ou nos outros. Não se esconda diante das desconfianças, confie em você e nos seus sentimentos, sua capacidade é que te alavanca, não dê os seus direitos aos seus desafetos. Encare as adversidades de frente sabendo que poderá suportá-las. Deus que está no céu tudo está vendo, Ele sempre mostra que tudo passa.
Era um desastre no amor e no ódio, um desastre na vida, um desastre na morte. Ela era uma fatalidade, não um garota fatal. Ela sempre agradecia, mas não era agradável, nunca foi. Era um sinônimo, mas nunca algo exato, tinha suas manias que ninguém nunca entendia, tinha uns sorrisos largados por aí, memorias guardadas numa caixa, que nem ela mesma tinha a chave. Aos 13 anos ganhou um presente chamado decepção, aos 16 tornou-se o presente. Com 21 anos, era um desastre, era um sinônimo de viver, tinha suas fatalidades, infelicidades, não era agradável, nunca foi…. Mas, se existia? Claro, e quem não gostava de com 21 anos brincar de existir?
" Preciso de um desequilibrio, de um desastre, para as pessoas disserem " Você não cuida de nada ". Preciso de ajuda com as malas, preciso de um sorriso, preciso abrir a portar, preciso descer de um ônibus, preciso de um oi, para me disserem " Tchau " um dia. Precisamos falar, precisamos brigar, precisamos pensar e querer, precisamos assistir um filme e comprar um presente.
Precisamos esperar, precisamos de um abraço para que se tenha alguém.
Precisamos de espaço, de raiva, de amor e sacanagem, preciso que me esquentem, me descubram e me façam sorrir, preciso ver seus olhos me olhando.
Precisamos comer pra ficar gordinho, malhar pra ficar fortinho, tomar banho pra ficar cherosinho.
Precisamos de câmera digital, celular, notebook, tablet, playstation pra mexer quando se está sem assunto. Não vejo outra utilidade.
Não quero sumiço, não quero morte, não quero tristeza.
Quero piedade, esperança, humildade, quero vontade e carinho, não gosto que desistem antes de chegar ou de viver, pois para cada conhecer existem lugares diferentes para se chegar, mesmo que o caminho seja parecido.
Pois mesmo que se tenha medo de ir no escuro, existem pessoas que cuidaram das luzes a noite, existem as estrelas, existe um lugar cheio de gente que te espera pra quando chegar.
Podem existir também pessoas que te esperem na porta com uma blusa pra te esquentar. Algumas instalaram câmeras na estrada pra estar sempre com você,e outras auto falantes no caminho para não deixar você parar e desistir...
Existem também pessoas que vão ao seu encontro para então voltar contigo abraçados e outras que andaram sozinhas todos os caminhos para te buscar mesmo que não saibam para onde vão."
00:56 . 03/08/2011
Reminiscência.
A presença dos que já foram
e continuam aqui.
Sobreviventes de um desastre mental.
Mortos em matéria.
Vivos em memória.
Desalmados.
Esperando da eternidade
o fim dos seus princípios.
O fim de toda desnorteação
de habitar à mente das pessoas.
Esperando que em alguma delas,
a faça prevalecer sem fins.
E em todas,
inclusive a minha,
desprezo.
Transbordada pelos olhos
de quem não aprendeu
- e nunca aprenderá - a dizer
adeus.
Se algumas pessoas apenas notassem que eu poderia causar uma tragédia, um desastre em suas vidas, ela se calariam antes de citar meu nome de forma errada.