Desassossego
As palavras ecoam por entre o vento que levam o desassossego para quem deseja admirar as inspirações...
De certo desequilibra o que fora sentimento que no qual, guardou-se pela segurança desigual;
DESASSOSSEGO
Lençóis do nosso desassossego
Na cama que clama por ti
Em cada pedaço da minha pele
Está o teu perfume
Preenchido com as juras do nosso amor
Seremos sempre um só
Num desejo que saciamos os dois
Unidos em atos de um amor eterno
Nas noites quentes
Em que eu te procuro
Noites descrentes
Que o meu peito clama pelo teu nome
Desejos roubados
Em cada toque mais profundo
No lado que me pertence
Onde amarei cada pedaço de ti
De ti meu amor
Nos nossos lençóis de linho
Do nosso desassossego ardente
Seremos um caminho percorrido
De um futuro desconhecido
Onde a morte não mata este nosso amor
Que será perpétuo;
Que nos une num só ser!
Pela janela do quarto,
Sossego intacto do gato
Me rouba a cena e os fatos
Que no desassossego inventado,
Não há de ser encontrado
A essência inata dos atos.
Meu desassossego
não é fruto do medo que tenho de assombração,
nem da fome ferrenha que passo no sertão,
nem da seca que corta meu quintal e nem do vento,
que nada tem para balançar no meu varal;
o causo é que meu amor foi embora,
não levou nem uma sacola e ainda assim
só me restou solidão
Um dia cuidei, hoje nem mais sei.
O desassossego que consome e transpõe o coração.
A distância que machuca feito furo de agulha.
Da saudade ele renasce, nos dias cinzentos da estação.
O verão nem mais existe pra aquecer a emoção.
Difícil não é sofrer com essa forma de viver,
Se outrora eu queria te trazer alegria de viver.
Onde andará a vida que conquistou a minha vida?
A resistência é intensa, mas o sentimento é sem fim.
A ausência abala tudo, mas assim vou prosseguir.
As lacunas que foram abertas escolhi reprimir.
Amar, amar é reconfortante, como nesse mesmo instante onde a saudade intrigante, vem trazer você nas lembranças do meu ser.
Rasgo a minha emoção e mais uma noite vou sobreviver na solidão, desse ingrato coração.
O que me importa se hoje foi só
desassossego?...
Se foi avesso
Se foi dor...
Eu ainda insisto em
dançar pra vida
Porque sei que tudo na vida passa
E se eu não manter- me
em perfeito equilíbrio
A vida não terá sentido...
Nada de bom fluirá!
LOUCAMENTE
Fora de mim num
- Desassossego permanente
Desassossego em desapego
- Total desalinho
O meu corpo manifesta-se
- De variadas formas
Em sombras permanentes
- Talvez entenebrecido
Tolda as minhas loucuras
- Há muito dementes.
Se minha paz e minha boa vontade ao olhar o mundo agridem teu desassossego interior, nada posso fazer, exceto esperar pelo dia em que perceberás a presença de Deus dentro de ti.
A poesia
A poesia pode estar no desencanto ou no encanto,
Pode estar no sossego, no desassossego e na dor.
A poesia pode estar na paixão, no ficar ou no amor.
A poesia não tem rumo certo, pode estar na rua ou em qualquer canto.
A poesia não é humildade, nem solenidade, nem desencanto,
Poesia não tem falsidade, só tem a verdade e a dor.
A poesia é espontânea, é a verdade na alma que explode o calor.
A poesia é vasta como o universo e se explode em partículas de encanto.
O pensamento do poeta se concentra para espalhar encanto,
A vida se completa, mas nunca se contenta e se transforma,
Porque a poesia é a alma do poeta, que é inquieta.
A poesia é uma arte e não uma etiqueta,
E o poeta é um artista do cotidiano que acompanha a transformação,
E a cada etapa destas passagens faz palavras, sentimentos e dores virar encanto.
Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura.
(Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares – Fonte: Domínio Público)
NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM "da série: meu desassossego"
O trabalho é, para alguns espíritos, uma fuga da mente medíocre incapaz de criar belezas através da arte.
“O fato é que vocês não se suportam. Seu trabalho é fuga, um desejo de se esquecerem de vocês mesmos. Mas vocês não têm conteúdo... nem mesmo para a preguiça”.
Impossível não concordar com Nietzsche sobre este tema. Por exemplo, quem em seu desespero de conquistar o mundo, no afã de ganhar muito dinheiro produziu algo de belo, a ponto de se tornar eterno entre os mortais burocratas capitalistas?
Que estadista ou mega empresário teria tido o tempo, o dom e a paciência para escrever um Dom Quixote, ou quem sabe para elaborar a república de Platão? Quem pode imaginar, quem em sã consciência conceberia um Homero preocupado com o preço da gasolina ou mesmo do carvão, ou com o preço do barril de petróleo e seus derivados?
Nem só de pão vive a arte, embora não coma o pão da preguiça e nem beba o vinho da vaidade presunçosa, a arte é o vinho e o pão que nos alimenta, de beleza e esperança, é quem ascende o fogo do desejo de viver nas almas dos homens, é ela quem encanta as musas e dissemina a semente da fé no futuro da humanidade, sem a arte morreríamos de tédio: Salve Goethe.
Os artistas, embora lucos, são eles os guardiões da lucidez humana.
Em seus olhos vejo as primícias do amor que sucede verdades e desassossego, tão desejados pelo meu coração;
Tua formosura és infinita e me desatina em sonhos reais que me fazem seu e você minha nas entrelinhas do coração;
Ah beija-me com beijos molhados que desafia os meus desejos e satisfaz o meu prazer;
Outrora nos perdemos no desassossego dos desejos inventados pela nossa carência que vive maior do que nunca nesse momento;
Mas ainda temos atitudes de invadir o recatar de uma hora discreta e chamarmos em voz alta o que nos faz falta;
E esse amor que desperta o instinto faz com que floresça ainda mais verdades solenes;
Tô tão tranquilo que nem um suspiro desperdiço e se há desperdícios não há desassossego!
Tranquilo até em certos compromisso, até mesmo nos maiores lamentos!
Tô tranquilo que meus compromissos são deitar o consciente e ninar sonhos e pensamentos.
Tô tão tranquilo que aceito voos longos, voltas ao redor do mundo ou andar de mãos dadas na beira da praia!
Tô tão, mas tão tranquilo que o coração e o corpo caminham juntos!
Tô tranquilo que não ouço zum-zum- zum e nem tampouco zumbidos!
Tô tão tranquilo quanto manhã de domingo, como beijos seguros de pai e de mãe!
Tô tranquilo, ando diligentemente por quaisquer direções.
Tô tranquilo dia a dia e desfilo ereto meus sentimentos tal qual em desfile de 7 de setembro!
Tô tranquilo que o meu coração é belo batidão!
Tô tranquilo e você?
Tô tranquilo com meu todo ou com minhas metades!
Tô tranquilo nas minhas roupas, nas minha manias, nos meus dores e nos meus limites!
Estou tranquilo!
Tô tranquilo e me conheço do início ao fim!
Tô tranquilo e hoje posso dizer te amo!
Tô tranquilo e de um jeito novo, de um jeito diferente!
Tô tão leve!
Leve feito balão, transparente igual a bolinha de sabão!
Tô tão bem, já não sinto dores nas costas ou peso nos ombros.
Tô tranquilo sigo qualquer rota e nem me cobro!
Tô tão, mas tão tranquilo que já não temo nenhum desafio.
E é assim, sigo adiante e ouso ser o que sou: FORTE e bicho homem!
E é assim, envelheço e me embelezo a realidade!
Tô tranquilo e hoje saio daqui e vou parar ali e ali e ali e aqui!
Tô tranquilo que nem sei o que é careta e nem sei o que são sorrisos!
Tô tranquilo e deixo estar, se for pra ser será!
Tô tão tranquilo e vou cuidar sempre mais de mim!
Tô tranquilo sem grilos, sem minhocas na cabeça e sem ausência de bons olhares!
E aqui é tudo o que eu sou!
Versos que se multiplicam feito pão!
E aqui é tudo o que sou, na ceia e no exarar amor!
Sala do Amor
Na tua sala senti
Um quê de desassossego
Na tua sala fiquei
Querendo ser um brinquedo
Daqueles que a gente ganha
De presente no natal
Na tua sala senti
Um amor quase imortal
Daqueles que a gente sente
Nos filmes de longa metragem
Daqueles que a gente esconde
Atrás de uma mensagem
Disfarçada de boneca
Em caixa de muita plumagem
Na tua sala senti
Na tua sala fiquei
Da tua sala me lembro
Da tua sala lembrei.
- Relacionados
- Poema do Desassossego