Desapego
Eu já perdi as contas...
Eu já perdi as contas de quantas vezes sorri.
De quantas vezes chorei.
De quantas vezes disse que estava bem, e realmente estava.
De quantas vezes menti para ser forte.
De quantas vezes chorei para parecer sensível.
De quantas vezes me neguei ao amor.
De quantas vezes tive a oportunidade de me apaixonar de verdade e recusei.
De quantas vezes magoei alguém... E de quantas fui magoada.
De quantas vezes fugi de um beijo mesmo desejando-o tanto.
De quantas vezes me arrependi.
Já perdi as contas de quantas vezes desejei voltar ao passado jurando fazer diferente mas sabendo que nada mudaria.
De quantas vezes delirei por um sorriso e de quantas vezes torci em silêncio para o dono dele.
De quantas vezes disse o que não queria.
E de quantas vezes disse o que queria na lata, sem medo.
Já perdi as contas de quantas vezes fui corajosa.
De quantas vezes achei que o fim havia chegado.
De tantas lagrimas que eu não derramei porque eu precisava dar apoio.
Já perdi as contas de quantas vezes fui feliz.
De quantas vezes dei gargalhadas até ficar sem ar
De quantas vezes abracei desconhecidos que pareciam conhecidos.
Já perdi as contas de como apredi com tudo isso.
De como eu fiquei mais vivaz.
De como eu sou grata.
Se eu partir, não se apegue nas minhas roupas nas minhas coisas... Nada era meu foi o que a vida me emprestou.
Se eu partir sei bem deixarei saudade é natural, estive viva e presente de várias maneiras na vida das pessoas. Algumas mais intensas outras apenas de passagem e de qualquer forma deixarei saudade.
Lembre-se de mim do meu sorriso, nas fotografias nos vídeos e nas coisas que sempre gostei de escrever...
Lembre-se das nossas risadas nos dias felizes e dos dias que choramos também porque isso fez parte, da nossa evolução do nosso amadurecimento e as dificuldades e as dores fizeram com que pudéssemos ser melhores...
Se eu partir não quero que sofram, continuem porque infelizmente é a única coisa que foge do nosso controle e da nossa vontade.
Perdemos quem amamos no decorrer da vida, sem saber quando será nossa vez de dizer Adeus...
Se eu partir...
Foi feita a vontade de Deus
Néiah Lima
Eu tive vontade de te procurar. Mandar uma mensagem de texto, fazer uma ligação ou simplesmente te chamar em alguma rede social. Mas deixa pra lá, o meu orgulho é maior que a saudade. E tudo que eu pensei em fazer, você também poderia ter feito.
Você se sentirá leve como uma pluma a partir do momento que desapegar das coisas, principalmente aquelas que estão entulhadas em sua casa, no seu quarto ou mesmo no depósito; faça uma varredura em tudo que não é útil, você sentirá como as coisas inúteis acumulam más energias...
O que é bonito? O que é feio?
Este conceito é relativo e pessoal, independente dos padrões de beleza sociais existentes o que sempre vai valer é a tua visão!
Treine seus olhos para ver beleza em tudo e perceba o quanto isso é libertador.
Não é temor, é amor!
Desde criança era do tipo serelepe, vivia com sorriso no rosto e querendo brincar o tempo todo, era do tipo sonhadora também, fechada em meu mundo mágico!
Cresci e tudo começou a ter um significado muito mais filosófico e intenso, comecei a questionar os livros, as novelas e tudo o que foi embutido, embora tivesse prazer em viver, alguns receios me tomavam conta e a realidade algumas vezes se mostrou assustadora nessa época!
Já adulta, por muito tempo, acreditei que fiquei obcecada pela morte, pois a cada momento eu pensava que um dia eu iria deixar tudo o que eu conhecia como "vida" para trás. Consequentemente era obcecada pela morte de pessoas queridas também, olhava para elas como quem dizia a cada instante: "sem vocês meu mundo será mais cinza".
As pessoas diziam que eu tinha medo de morrer, que o pânico me dominava!
Eu acreditei que tinha, elas estavam certas,pois meu corpo pesava e tudo se tornou um fardo.
Eu era apegada a morte, eu temia ela, eu temia tudo, até cheguei a me temer!
O que aconteceu então com aquela garotinha sonhadora?
Depois de 3 décadas, em uma espécie de epifania na madrugada, me dei conta que minha obsessão não era a morte, era a vida...
Nasci intensa, minha alma sempre vibrou feito luz fluorescente, minha mente sempre esteve a frente, eu sempre tive sede e queria sugar o máximo de tudo o que era vivo, de tudo o que existia,eu amava o novo!
Não é medo da morte, é amor a vida!
Eu sempre amei a vida só me perdi na hora de deixá-la desabrochar...a realidade do que me foi passado quando era criança se chocou com o que enfrentei quando adolescente, me bloqueou porque era outra! Eles me diziam que felicidade era estar sempre sorrindo,era isso que eu via isso nos comerciais...
Mas a felicidade está na valorização das coisas, até dos momentos tristes, assim como o claro e o escuro,
a felicidade e a tristeza, a vida existia nas dualidades, elas se completavam!
Porque demorei tanto tempo para associar uma coisa a outra? Eu não temo a morte mais do que amo a vida, quando amamos dói, as vezes nos da angústia, nos da medo,
por ser algo infinitamente lindo, nós somos mesquinhos e não queremos perder, não queremos deixar ir, isso é natural!
Essa tal ânsia pela vida, é uma delicia!
Quando me dei conta do tanto que valorizava o "estar viva", tudo foi ficando mais calmo, foi se encaixando feito quebra cabeça, eu só precisava me desapegar, eu só precisava ver o quão estava sendo egoísta, só precisava deixá-la fluir...
Hoje me sinto leve, aprendi a domar minha intensidade, agora minha alma não só vibra,mas viaja feito pluma, o vento e a vida me levam!
A vida só é bonita porque é efêmera, só é valiosa porque é delicada e todo medo vem da necessidade instintiva de proteger algo que nos foi dado e que sabemos ser grandioso!
Hoje deixo que o destino se ajeite, recebo tudo de braços abertos, abraço o mundo , abraço a vida!
O desapego é a lucidez de que tudo que vive morre um dia e não há nada o que possa ser feito. Esse é o segredo para voltar a caminhar como quem anda nas nuvens.
Não temos o controle da morte, mas somos nós que estamos no controle da vida!
A vida só é bonita porque é efêmera, só é valiosa porque é delicada e todo medo vem da necessidade instintiva de proteger algo que nos foi dado e que sabemos ser grandioso!
Hoje deixo que o destino se ajeite, recebo tudo de braços abertos, abraço o mundo, abraço a vida!
O desapego é a lucidez de que tudo que vive morre um dia e não há nada o que possa ser feito. Esse é o segredo para voltar a caminhar como quem anda nas nuvens.
Não temos o controle da morte, mas somos nós que estamos no controle da vida!
Demorei, mas compreendi a mensagem de Amado Nervo: “Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.”
Era 2 de novembro, Dia de Finados. Fui ao Cemitério com a intenção de visitar o local aonde se encontram os restos mortais do meu filho, que partiu aos 20 anos de idade.
Havia muita gente em todos os cantos: grupos orando; pessoas andando como se estivessem passeando, pois conversavam animadamente; jovens com balde, água e flanela se oferecendo para fazer limpeza em troca de dinheiro; vigilantes parados como “estátuas”; um “clima” quase de “festa”.
Eu caminhava e via tudo aquilo com certa passividade, pois, para uma mãe, é difícil entender e aceitar uma perda desta natureza.
Em dado momento, os sinos anunciaram a Missa de Finados, que seria realizada às 17h na Igreja local. Foi aí que parei de caminhar, fechei os olhos, respirei, escutei o meu coração e me perguntei: "O que estou fazendo aqui? Missa de Finados? Como assim? "
A resposta que “chegou” pra mim foi: "Meu filho está vivo e eu ainda vou (re)encontrá-lo!"
Não tenho como explicar o que me aconteceu. Lembro-me apenas que era estranho estar no cemitério. Então, saí rapidamente dali, fui para o estacionamento, peguei o carro e, em vez de ir para casa, fui resolver uma situação do cotidiano.
Mas a saudade, o grande amor que ficou, me acompanhará até o momento certo.
Gratidão!
Não quero que sejas meu
A fissura que tenho ao falar de ti resume-se em apenas aproximar-te para que percebas que maior parte do tempo que passo a pensar em ti é momento de pensar em como trazer-te. Quero trazer-te a onde também nunca fui, trazer-te pra perto de minha vida de uma forma mais visível, pois permaneces em meu coração mesmo que não saibas e esta presença fixou-se em mim da maneira mais particular que eu pudera ter.
Quero ver-te assim como aprecio no céu os pássaros que voam com liberdade. Estar presente, no presente e no futuro sem prender-te nem se quer uma vez.
Espero paciente para que venhas, pois querido tu és a ultima vez que faço isso. Mas que apenas venha quando quiser vir.
Tu há de sempre ser parte daquilo que não tenho.
E mesmo que quando um dia, quem sabe, comigo estiver, eu saiba que não és meu e que eu mantenha esse estado, afinal não se pode perder o que nunca se teve, sendo assim, quero que venhas e fique por um dia, uma noite, umas horas.. Mas fique, fique e seja hoje, seja nesse momento, seja mais tarde, seja, não meu, mas seja comigo.
Me mataram hoje
Eu sorri
Perdi o que não tinha
Estranhamente o nada faz falta
Sorri de novo
Parece que eu queria o que não gostava
Não gostar diminui a incerteza
Define alguma coisa
Coisa...
Eu consumia paredes para me referenciar
Livre, eu não sabia ser
Só sabia covardia
Tinha medo de morrer
Mas morri
Essas palavras são póstumas
Na morte desanuviamos
Nuvens são nadas que parecem alguma coisa
Mas esse nada consegue molhar e apagar teu giz legado
Na morte teus pecados não contam mais
Açoites e culpas são despejados
O mandado de desintegração de posse se cumpri
A carne se desfaz
Eram só átomos invisíveis ligado por ideias
Ideias de viver retroalimentadas por Wal Disney e seus amigos multicoloridos
Viver é morrer as poucos
E de pouco eu já tô vazio
Vivendo, você somente consegue estar
Morto você é
E se é pra ser, que seja
Viver é o dogma de quem quer ser alguém
Escute um conselho de quem já é ninguém
Morra todo dia
Palavra de defunto
"Às vezes nós nos arranhamos, nos esfolamos em uma difícil escalada para conquistar uma montanha que, uma vez alcançada, nos apegamos a seu topo demasiada e longamente e isso, em última análise, instiga a nossa queda. E nós sacudimos nossos dedos tentando agarrar e agarrar o que já não há mais; com medo de cair no escuro desconhecido. Mas, ironicamente, é nesse momento que temos o poder de escolher. Podemos ficar pendurado no penhasco, agarrados a nossos medos obscuros, a um tempo que já passou por nós ou podemos confiante e livremente nos deixar cair nas mãos de um novo destino. Às vezes, perseverança ... é simplesmente ter a coragem de desapegar.
Deixe ir tudo aquilo que te prende na zona de conforto...
Deixe ir ressentimentos, mágoas, sentimentos negativos...
Deixe ir pessoas que já lhe ensinaram o que você tinha que aprender....
Deixe ir o apego, o ego, a necessidade de sempre ter razão...
Simplesmente deixe ir ....
A felicidade é um estado de leveza, presença e desapego....
Um estado de "deixe ir"....
"E quem disse que seria fácil ignorar a tristeza e abrigar somente alegrias? Não digo que seja impossível, requer trabalho, é necessário disposição e uma limpeza pesada, remover todas lembranças amargas, sacudir o pó da insegurança, varrer a dor, expulsar o medo, desfazer-se de tudo que faz mal, demanda tempo, isso é muito mais do que lavar a alma, é saciar o coração com uma fonte nova e transbordante de sentimentos nobres, renovar as energias do bem, deixar jorrar amor próprio para que se rompa todas as barreiras do “não me serve mais”, aplicar o desapego é regra fundamental, substituir toda sucata por novas e maravilhosas sensações, deixar o brilho entrar,derreter o gelo da indiferença, aquecer as emoções, abrir alas para o novo e desfrutar da harmonia. Hospedar o amor, manter o coração limpo na mais perfeita sintonia com a alma, viver a verdadeira alegria, são frutos do empenho de uma boa faxina ". Gil Camargos
Quero despir-me de toda hipocrisia;
Quero sentir-me leve sem o peso de ser o que não sou.
Quero exterminar as palavras que entoam sem verdade;
Desconsiderar o olhar que não encontra o meu;
Quero ensurdecer perante elogios sem sentimentos;
Quero o desapego à falsa felicidade;
Quero descer do salto...
e, simplesmente, esquecer a etiqueta.
Imagino um novo equilíbrio no planeta
Penso que é como a organização que fiz em casa esse final de semana: "Pra arrumar a gente tem que bagunçar", essa bagunça que o mundo hoje se encontra pode ter um bom propósito se agora servir pra tirar tudo o que não serve e deixar apenas aquilo que é útil, apenas o que precisamos.
Desapegar da escuridão _/\_
.."A pior morte que existe é quando você sente que alguém morreu dentro de você mesmo em vida."... Ricardo Fischer
Por que os palhaços choram?
Porque a eles não foi lhes dado o direito de sorrir. Estão dispostos a pagar esse preço, para ver as pessoas fazer aquilo que eles não podem. O choro do palhaço é o resultado do seu esvaziamento de felicidade (amores, truques, rotinas... que nunca dão certo) para transmiti-la às pessoas à sua volta. Quanto mais um palhaço chorar, mais engraçado ele será.