Desamor
Poema de desamor.
Na janela da tua existência, não pretendo ser só mais uma. Sou antes inteira, viva, voraz, a posição que me colocas, é senão ínfima, outrora dúbia, ante o querer e o desquerer. Tua presença me desqualifica, prefiro ser todo à quase nada. Sou todo só, única, certa do meu auto querer. Sou chegada, tu partida. Somente somos 1 num breve encontro, passagem. Não há o que perdurar...
O ser humano nunca está preparado para muitas coisas, mas destacam-se à doença, à morte, ao desamor, à inveja, ao declínio financeiro irreversível e à traição.
A paz reside no coração de quem nunca desejou semear o desamor!
De quem soube se despedir sem odiar...
De quem soube deixar o outro trilhar o seu caminho sem especular...
De quem soube ver a felicidade do outro sem invejar...
De quem soube ver a dor do outro e não vibrar mas sim boas coisas desejar...
De quem soube que ser um inimigo não fará nossa vida melhorar...
A paz reside no coração de quem busca harmonizar e a vida só tem a retribuir!
Portanto, feliz é quem tem paz no coração!!!
O que o amor nos ensina sobre o desamor? Quais são as formas de desamar um alguém? - Concluo eu ,que, só conseguimos desamar alguém quando nos amamos verdadeiramente!
Há amor, há desamor...
há alegria, há dor,
há luz, há escuridão,
você não sabe como anda meu coração.
Há paz ou há guerra
o que minha vida encerra?
Há medo ou há coragem,
enquanto sigo viagem?
Do que fui, do que sou,
do que serei...
somente, a verdade, eu saberei...
você que me olha de fora...
está por fora... ah! como está por fora.
Pode tentar adivinhar
o que estou a digitar
são verdades... são mentiras?
Meu coração está inteiro
ou está em tiras?
Já disse Pessoa
"o poeta é um fingidor".
Nas minhas linhas
há verdadeiramente dor?
O que escrevo são verdades,
são mentiras?
Uma carta de desamor |
Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos seus erros de português. Me desculpe pelos erros de português da sua nova namorada. Me desculpe pela sua nova namorada achar margarida uma flor pobre. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por você torcer para o Palmeiras. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe pelos 130 km de congestionamento em São Paulo agora. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.
Indagações do desamor
Será que fez tão bem?
Será que sabes o que me causou?
E quanto tempo esse amor me detém
Ou será que ele nunca me fez refém?
[Des]amor moderno
Vejo que as pessoas já estão percebendo que o velho amor está com a data de validade quase vencida. Os casais cada vez mais pensam no “eu” e se esquecem do “nós”. Cobram por amor “full time”, mas não estão dispostos a doar-se inteiramente por esse mesmo amor que esperam. Querem o “feedback” da atenção que não dão.
Companheirismo, paciência e tolerância com os defeitos do parceiro não têm mais espaço. Cederam seus lugares ao desejo de um “amor mercadológico” e instantâneo: tenho tudo o que quero, experimento, uso, jogo fora ou troco por um modelo melhor na hora que eu quiser. “Delivery” de amor, 24 horas.
Os relacionamentos seguem o rumo do “fast-food”. Traduzo ao pé da letra: comida rápida. Muitas vezes cobram a lealdade do parceiro, mas não querem prender-se a uma única pessoa, já que há tanta oferta barata por aí. E tão barata e fácil, que aquele belo “amor à primeira vista” já deu lugar ao “amor à prazo”.
Sim, e o prazo é curtíssimo: é quase um amor descartável, encontrado aos montes por “research” nas redes sociais. Ganha quem conseguir o maior “time per person”, não necessariamente nessa ordem. Por fim, a maioria quer tornar-se um “freelancer” no quesito amor.
A casa vira uma empresa, o casamento um “bem de consumo”. E dependendo da sua sorte você fica com os bens. Vocês já devem saber: até uma lei que facilita o divórcio foi criada há pouco tempo. Eles também devem estar prevendo que amor se tornará uma “instituição falida”, então preferem facilitar.
Alias, alguém falou de amor? Até quando essa palavra fará sentido? Em breve, uma nova reforma ortográfica vai eliminar de vez esse vocábulo de livros e dicionários. E as declarações de amor? Se já não foram extintas, serão tão raras e rápidas que vão ser dignas de “retweet”.
E é bem provável que, se algum dia, você recebeu alguns buquês de flores ou presentes, quem entregou peça um “recall”, mas sem devolução. O único problema seria se resolvessem pedir um recall dos bombons também...
A “deadline” do amor parece mesmo estar próxima. Sei lá, quando tudo era mais simples o amor parecia mais perene. A modernidade tem aberto um notável espaço para o desamor. Na verdade não é culpa dela. Acho que antes os recursos, ou melhor, as pessoas, sim, eram mais “humanas”.
Quanto a mim? Sei lá, talvez meu amor até exista, não desacredito nessa hipótese. Mas por enquanto, permaneço em modo “standy by”.
Quando virá amor me matar, já que esse desamor só insiste em me rasgar no apego dessa tua desacelerada volta?...
Diga adeus, ou quem sabe até breve.
Diga adeus a insegurança, ao descaso, ao desamor.
Diga adeus a vida sem graça, a recíproca vazia.
Diga adeus ao incerto, ao que causa sofrimento
Dizer adeus ao negativo, a quem não sabe
reconhecer seu valor.
Diga adeus para tudo que não deu certo
Um erro cometido é perdoável,
mas.permanecer nele é burrice
Diga adeus e não olhe para trás
Diga adeus por mais que doa, vai passar
Não há dor eterna, ou alegria que não se finda
Dizer adeus é começar o ciclo do zero
Abraçar às oportunidades
Viver o presente
E sorrir para o novo
Dizer adeus é abraçar o hoje ,
não olhar para o passado e acreditar
em dias melhores.
Poesia de Islene Souza
Como posso amar quem já amei e deixei de amar?
Como posso amar um desamor?
Ou como posso desamar um amor?
Só me resta ama- lo mesmo.
Por quê não tenho vocação de desamar,
Só sei amor.
Só sei amar.
O ego não quer o melhor para a humanidade. Ele quer o sofrimento, a guerra, a discórdia e o desamor.