Desagradável
Alma parcialmente morta.
Os dias são sóbrios, o gelo bate em minha pele de uma forma desagradável. Não há neve, não há estação de inverno, o único gelo que está presente agora é o que vive dentro de mim. Chamo isso de fogo, pois por ser tão gelado, ele queima, machuca, mata. Parte de mim estão considera-se morta, e outra parte considera-se sobrevivendo.
As ruínas que passaram por mim, até hoje estão presentes em lembranças torturantes. Sem dúvida alguma, não há dor maior que machucar à si mesmo com coisas fúteis. Perder o próprio valor para se dedicar à pessoas que muitas vezes fecharam os olhos e desejam sua morte. Sorrir para quem sempre te encarou com ódio. Abraçar quem mentalmente possui uma faca para lhe apunhalar.
Diariamente vim cometendo erros, não com os outros mas sim comigo. Entreguei minha alma ao mundo para se dedicar aos humanos, e isso da mais dolorosa forma foi o que me matou.
Já ouviu falar de corpo vivo e alma morta? Sinto-me pelo menos pela metade exatamente assim. O que restou de amor que há em mim, vejo que será para sempre. Poucas amizades, alguns laços familiares, animais, e um homem. Isso é tudo o que de dezoito anos em que vivi, consegui deixar guardado dentro de mim. Jamais amar outras pessoas, jamais fazer laços de amizades fortes, jamais me entregar à alguém novamente.
De certa forma, chega a ser tolo ter essa parte de mim, morta. Chega a ser desnecessário ter vivido por aproximadamente seis anos em base de pessoas virtuais, pessoas que não estiveram nem um minuto se quer ao meu lado e ainda assim conseguiram me destruir.
Ainda há quem me pergunte se ser tão bonita torna as coisas mais fáceis para mim. Bobagem, toda minha beleza se apaga quando eu coloco a cabeça no travesseiro e vejo o fracasso que me tornei.
Medrosa, fraca, sensível além do limite.
Não me descreveria como alguém insensível, pois seria a maior hipocrisia da minha vida. Sou além de paranoica muito sensível. Me derreto com coisas tão simples que talvez nenhum ser humano ainda possua a capacidade de fazer.
Esse é exatamente o meu lado morto. Não é insensível, não é calculista, mas sim é sensível além do limite liberado para humanos. O lado negro de sentar-se no chão e infelizmente imaginar o meu próprio sangue escorrendo pelos lados. Deitar-se e a única coisa que sentir são as lágrimas correndo e o corpo pedindo cobertores pela alta temperatura causada graças as dores. Olhar para o futuro e desejar com o pequeno lado vivo em mim, uma família feliz, poderia até topar um casamento, alguém que me esperasse todos os dias com um sorriso no rosto.
E como se já não bastasse tanta dor e confusão, herdei do além um lado psicopata que ninguém da minha família ou próximos possuem. Um lado onde ver ou sentir dor é algo prazeroso, que me deixa confiante e que me faz sorrir. Mas que tipo de sorriso é esse, onde ver pessoas morrendo significa alegria? Ridículo.
Não me orgulho da minha escuridão, assim como não desejaria para ninguém.
Mas o lado bonito, esse sim é digno de atenção. Deixar de dormir por estar preocupada com alguém que eu realmente gosto, estar próxima, fazer planos, sair, festejar, dizer palavras tão doces que talvez essas pessoas nunca tenham ouvido antes. Esse lado sim eu me orgulho. O lado que antes vivia por completo dentro de mim, independente de qual consequência eu teria.
Viver engolindo lágrimas é minha maior decepção. Decepção que ninguém além de mim, pode curar.
Decepção que enquanto esse meu lado morto estiver comigo, continuará apenas crescendo e matando um pouco mais do que há vivo em mim.
Não há quem cure, não há psiquiatras e nem psicólogos.
Minha única cura está em fazer viver, o que já foi morto da minha alma. E para isso eu preciso de apenas uma coisa: Saber superar.
O teu cheiro quase desagradável causa excitação na minha mente - fico perturbada quando falo de você.
"Mal" com "Mau" isso não me importa realmente preciso falar de você para acreditar que você é real.
comparo meu ato de escrever com o de defecar
(desculpem-me a comparação desagradável),
é algo que tenho que fazer, gostando ou não dos resultados,
me sinto incomodado antes,
constrangido durante,
e livre depois,
mil quilos mais livre,
eu até saio mais feliz... das duas tarefas.
Hoje talvez signifique alguma data desagradável para comemorar, eu necessitava desabafar às minhas palavras, elas não me julgam, apenas cedem suas formas em meio ao ninho de palavras cruzadas que me atravessam feito o vento, invisível. Andei pela cidade pequena e chorei desesperadamente por grandes sintomas de ausência, deixei que as lágrimas escorressem por todo o rosto, para expor a todos cada cicatriz, mas ninguém me parou para perguntar se estava tudo bem, passei - despercebidos. Comprei um cigarro e começei a fumar, eu precisava adquirir novos hábitos, bebi uma "doses" de whisky, tonto estou, errante sou. Quem esbarrou sobre meus ombros, foi você? E por que não me pegou no colo e levou pra casa? O seu cheiro ainda está lá querido, feito brisa que inalo às margens da esperança de um retorno. O chão está alto, pareço flutuar e assim finjo embreagar, pois, viver na lucidez é tortura e me obriga a ver o quanto deixei de ser, isso agora é poesia? ou hiprocrisia? assumo: sou. Deleite-se sobre minhas inverdades e deseje apenas a verdade ao longo desta existência, faça isso por você, somente. Quando resolver libertar-se da vã reflexão e permitir que os sentimentos lhe conduza me encontre no Parque Guimarães Rosa, como da primeira vez, no mesmo tapete verde que nos cobria, não conseguimos sair de lá ainda, não é mesmo? Presos sobre certas convicções. Escurece e a melancolia das próximas horas me dilacera, parte em partes, assim, retorno pela ponte de madeira e noto quanta água há a minha volta. Piso fundo que nem sinto a quantos pés estou, de longe as lanças da Igreja do Bom Jesus parece me recompor a paz, comprovando que tudo tem um certo fim, era o dia do seu casamento. Corri pelos fundos, não estava para arruinar e sim para prosseguir, eu precisava ver com os olhos que me roubou. Tocam sinos, minha marcha fúnebre embala, me retraio e lhe vejo: feliz e realizado. Aos céus grãos de arroz, latas de refrigerantes vagabundos rastejam sobre o mesmo chão, inóspido e cinzento, abraço forte a noite e me convido a fugir sem nenhum vestígio ou memória. Voltei descalço sentindo os estilhaços de velhos tempos, tropeçando sobre os mesmos buracos que cavei contigo, passei pela àquela nossa árvore riscada com nossas iniciais e adormeci ali mesmo, sem perceber. No dia seguinte, onde eu estava antigo amigo? Mendigando não por pão, mas por amor, o seu amor. Já é hora de colocar um ponto final nos vários finais que imaginei à nossa história, melhor, minha.
Anjo II
Era breu o que predominava
Era desagradável o momento
Era a agonia que pairava e imperava
Mas deverás forte foi o seu alento
No início fez-se presente como um ponto de luz
E o breu era insistente aos olhos meus
Chamou-me a atenção a sua paz
E o que me parecia ponto fez-se exuberante luz de Deus
Com algumas sábias palavras
Você me convenceu
Sob suas asas alvas
Sua paz me acolheu
Essa força em você habita
Discretamente resplandece
E dizer-se anjo não suscita
Mas é o que acontece
Diz por entre as linhas do seu texto
Diz na imensidão do luminar
Diz na fineza dos seus gestos
Diz nos atos e no olhar
Você é bem melhor, bem mais, bem superior do que qualquer situação desagradável. Erga-se completamente e mostre quem é melhor, mais e superior.
Não baixe a cabeça, aliás, até baixe, mas só por alguns instantes, para ter a oportunidade de erguê-la e tornar-se mais forte.
A dor é uma passagem desagradável por experiências que nem sempre são necessárias para o crescimento de um indivíduo.
Quanto mais nos esforçamos para esquecer um fato desagradável, tanto mais nos obrigamos a pensar nele.
Nada é mais desagradável do que dever para um grande banco, que ganha bilhões no primeiro trimestre do ano; ter o nome incluído no SPC e SERASA, e ainda receber ligações de cobranças todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados.
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Todos nós passamos em algum momento de nossas vidas
por algo embaraçoso, desagradável e até com privação da
nossa livre liberdade pela simples dificuldades que se apresentam.
Não espere que seus esforços sejam reconhecido pelo “homem”, pois
os únicos olhos que te enxergam são os de Deus.
Faça sem esperar recompensa, doe sem mostrar a quem, que
automaticamente você estará ajudando a si mesmo.
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▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Paulo Ursaia
Ele tinha um cheiro bom, mas o comportamento desagradável. Sempre bebia demais acreditava que o retrocesso era normal e me tratava como escrava. Lembro-me de por noites não dormir, com as ordens gritantes dele em minha mente. Quando sóbrio era homem de entregar-me flores, nas quais nunca gostei, preferia um livro ou uma bebida quente. Mudamos de estados cinco vezes por conta do trabalho dele. Me perdi nas contas, de quantas matriculas fiz na faculdade e tive que trancar. No dia 23, de um mês qualquer cansei de toda bipolaridade suportada, peguei uma faca, enfiei na garganta dele e o deixei pra morrer. E aqui em San Diego, olhando pro mar, fumando um cigarro e tomando um drink, mal consigo lembrar se ele realmente morreu.