Desabafos
um relato de quem busca o sentido da vida
Eu me sinto perdido, confuso, angustiado. Eu não sei quem eu sou, o que eu quero, para onde eu vou. Eu tenho medo de mudar, de crescer, de me arriscar. Eu tenho medo de decepcionar os meus pais, os meus professores, os meus amigos. Eu tenho medo de me expor, de me expressar, de me mostrar. Eu tenho medo do que os outros pensam de mim, do que eles esperam de mim, do que eles cobram de mim.
Eu vivo no modo automático, fazendo o que me mandam, o que me ensinam, o que me impõem. Eu não tenho voz, nem vez, nem escolha. Eu não tenho sonhos, nem planos, nem metas. Eu não tenho vontade, nem motivação, nem alegria. Eu só tenho obrigações, responsabilidades, pressões.
Eu me sinto sozinho, isolado, incompreendido. Eu não tenho com quem conversar, com quem desabafar, com quem contar. Eu não tenho apoio, nem carinho, nem afeto. Eu não tenho amigos, nem namorada, nem diversão. Eu só tenho problemas, conflitos, frustrações.
Eu me sinto triste, deprimido, desesperado. Eu não vejo sentido, nem propósito, nem esperança. Eu não vejo saída, nem solução, nem alternativa. Eu não vejo luz, nem cor, nem beleza. Eu só vejo escuridão, cinza, feiura.
Eu preciso de ajuda, de orientação, de terapia. Eu preciso de alguém que me escute, que me entenda, que me acolha. Eu preciso de alguém que me ajude, que me guie, que me ensine. Eu preciso de alguém que me ame, que me valorize, que me incentive.
Eu quero mudar, crescer, evoluir. Eu quero descobrir quem eu sou, o que eu quero, para onde eu vou. Eu quero enfrentar os meus medos, os meus desafios, as minhas mudanças. Eu quero superar as minhas dificuldades, as minhas limitações, as minhas inseguranças.
Eu quero viver, não apenas sobreviver. Eu quero ser feliz, não apenas existir. Eu quero não apenas ter que cumprir ordens, eu quero realmente viver.
Sou criteriosa,
E não entendo as pessoas
quando se trata de criar
novos laços
Acho que eu era jovem demais enquanto tentava sobreviver, não tive tempo para modas.
Me vejo sozinha
Vejo todo mundo ocupado
Com aquilo que é sem importância
Me vejo seguindo esses padrões
Será que sou eu problema?
O ruim de ser pobre, é sonhar?
Ou dizer adeus aos sonhos?
Devo continuar e agir?
Gritei por arte
E me achei
Sou grata a mim mesma
Pela forma que me encontrei
Acho uma pena não ter nascido rica
- Desaba(fos)
---- E lá estava ela, tentando couber em um lugar tão minúsculo, eu me pego pensando o porque de ela fazer isso e permitir coisas que ela poderia muito bem dizer NAO, ela me diz que esta saturada de algumas pessoas e ambientes e que não se ver ali, ela se sente desconhecida e forçada, mas eu me pergunto, minha querida eu sei que você pode sair dessas situações e lugares que não lhe cabe mais.
Eu não caibo em mim, meus pensamentos e sentimentos, minhas dores, meus ódios, meus traumas, meu orgulho, meu desprezo e meu amor transbordam, é tudo tão intenso aqui dentro...
Temo estar perdendo a cabeça. É um pensamento bastante irracional. Claro, tenho plena consciência de que isso não é possível para mim. Mas está ficando cada vez mais difícil a cada dia que passa manter meus sentidos. Estou entediado. Para ser sincero, fico entediado de fazer a mesma coisa repetidamente e nada mais me interessa ou mesmo me desafia. Minha mente se tornou uma espécie de jaula, uma prisão onde me encontro confinado. Bem, veja só, eu poderia estar sendo produtivo mas prefiro o procurar o entretenimento e prazer momentâneo de algo inútil como a mídia social para me manter são. Eu me sinto entediado como se isso nunca acabasse se eu não esperasse que acabasse. Estou sempre em busca do que considero o conhecimento verdadeiro, mas no momento não parece ser suficiente. Estou cansado da minha própria mente e dos limites que ela me impõe.
Eu achei que não teria ter que voltar a desabafar meus sentimentos por cair na ilusão que estava tudo bem, quando na verdade não está tudo bem.
Sentido um gosto amargo de infelicidade
e insuficiência.
Sentindo-se mal novamente e revivendo ciclos de solidão intermináveis.
Se sentido sozinha mesmo estando rodeada de pessoas, nas qual eu achava que queriam o meu bem, e realmente querem mas, preferem eu de longe, eu queria dar orgulho.
Mas novamente falhei.
mais um ano de vida ou um a menos?
Ou quem sabe os dois ao mesmo tempo...
Sou tão nova que nem fazem ideia, estou no começo de uma vida longa.
Já passei por tantas coisas, que apenas eu sei, mas que para os outros e apenas algo pequeno, se automutilar e algo pequeno pra todos também?, chorar por sempre se sentir insuficiente e normal?, deixar de comer por comentários tolos e algo pequeno?, quase se matar e algo pequeno?, vai entender o pensamento de alguns humanos.
do Tietê ao Tietê
Existem jornadas não combinadas
assentidas e decididas
que nos levam pelas estradas da vida
jornadas alegres e fogosas
cheias de risos e prosas
aleatórias simplórias
de vitórias derrotas sonhos e glórias
jornadas desregradas
pelas estradas pelos campos
entre risos e prantos
comentando muitas vezes o não vivido
noutras sim o presente
presente e resolvido
de carro ou à pé
onde o assunto é profano ou de fé
onde a amizade impera
onde a sinceridade prospera
sem medo da verdade
falando com sinceridade
de cidade em cidade
buscando a felicidade
curioso pelo muito que há pra ver
de cidade em cidade
conversando rindo e sonhando
de estrada em estrada
de Tietê à Tietê
A vida fica muito chata se não podemos falar o que sentimos para as pessoas que amamos.
Na minha opinião
isso tem tudo a ver com afeto.
Helda Almeida
06.06.2024