Des Apaixonar
"Sério"
Antonio sena, Realengo - RJ.
Quem finge ser aquilo que não é,
no fundo, despreza sua própria essência.
"Nem tanto!"
O ódio, no fundo acaba por não ser um sentimento tão egoísta...
já que se nutre da importância excessiva que é dada ao outro!
AS DEZ MAIS DO PRECONCEITO VELADO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
... Não tenho preconceito, desde que, eles lá, eu cá... vai que alguém ache que também sou.
... De minha parte, nenhum preconceito contra negros; no entanto, não quero ter filhos que mais tarde serão vítimas de preconceito.
... O problema com sua religião não sou eu; são a minha família e meus irmãos de fé.
... Gosto dela e não vejo nenhum problema em sua deficiência física; o problema, mesmo, é o que podem pensar de mim.
... Olhe, querida; eu a conheço e sei do seu caráter, mas nenhum rapaz direito vai levá-la a sério com esses cabelos vermelhos.
... Veja bem; não tenho nada contra piercings e tatuagens; mas você acha que alguma empresa vai querer contratá-lo assim?
... Nunca tive nenhum problema em conviver com pessoas dessa classe, porém você sabe; os outros falam.
... Desculpe, amiga; se você sair por aí com essa roupa, a galera vai rir geral.
... Sei que abraço não transmite aids, mas quem me vir assim tão íntimo poderá pensar que também tenho.
... Se eu ficar de amizade com gente do mundo, vai pegar mal pra mim diante da igreja.
... ...
Os outros... os outros. Terceirizar seus preconceitos é o golpe mais baixo dos preconceituosos.
VERSO PRETO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O que busco é não ter esta busca sem fim,
pra poder descansar, como tantos têm medo;
pode ser que me perca bem dentro de mim,
numa sombra sem sombra de qualquer enredo...
Busco mesmo é não ter - que ter - que ter segredo;
tantos nãos até quando só diria sim,
como fuga da sombra que me aponta o dedo;
feito pedra de aposta cravada no rim...
Minha vida sem rima de fazer soneto
já se perde nas noites do meu verso preto
e me chama pro vácuo, feito mãe saudosa...
Quero a noite sem lua, de quem não quer nada,
sem demônio nem anjo; sem ogro nem fada;
ser imune aos espinhos; abrir mão da rosa...
UM (DES)CONTO DE NATAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
O espírito de natal o assombra, desde o fim do mês de outubro; no máximo, início de novembro a cada ano. Tudo parece arrastar correntes no sótão de sua consciência dos rancores pessoais, na intenção de avisá-lo: Vem aí o natal; vem aí o fim do ano; e nessa leva, o sorriso de quem lhe faz caretas o ano inteiro. O abraço de quem deseja enforcá-lo. A mão boba que busca sua mão, quando quer mesmo comprimir sua jugular.
Discursos e mais discursos. Felicitações e convites. Virtudes à flor da pele dos outros, que lhe fazem ver o quanto ele é desgraçadamente humano, em contraste ou comparação com a divindade global. Para tais pessoas, o máximo que ele consegue é liberar o seu idem; seu também. Seu obrigado; igualmente. Aí o mundo à sua volta confirma, orgulhosamente, o que sempre diz a seu respeito. De sua intransigência, sua esturrice, o seu exagero e a triste ausência desse Deus Anual em sua vida... do poder natalino que lhe falta para perdoar quem a partir do dia dois de janeiro se mostrará novamente seu desafeto.
É claro que os desafetos não são maioria. E é claro que nem sempre se joga fora uma goiaba inteira por causa de uns três ou quatro bichinhos, mas isso é bem indigesto. E no caso da goiaba, existe a opção de cortar a fruta e jogar fora o pedaço bichado, como não se pode fazer com os grupos em ajuntamentos obrigatórios nas datas cristãs. Sendo assim, ele não vê como separar as pessoas a quem ama e pelas quais é amado – filhos, esposa, irmãos, algumas cunhadas e amigos queridos –, e determinar que o resto seja lançado em um “lago de fogo ardente”, para se entender com o diabo e seus anjos.
No fim das contas, mete a cara nas rabanadas – que adora –, come nozes e avelãs, beberica uns refrigerantes e tenta não expor demais os traços constrangedoramente sinceros... os dentes que mordem o sorriso amarelo à prova de sabão em pó. Aqueles olhos pontudos e cortantes que ele não consegue disfarçar, mesmo sabedor de que não precisa – nem deve, pelos menos no fim do ano –, ser transparente a tal ponto.
Mas tudo bem. Natal e ano novo são apenas uma vez por ano. Neste momento, sua preocupação antecipada é a de não magoar as pessoas queridas. Logo ele poderá ser livremente carinhoso e solícito com os seus afetos e fechado, indiferente ou duro com os desafetos, em suas devidas proporções. Até lá, terá mesmo de conviver com as assombrações formais do espírito de natal, no sótão da solidão de sua transparência.
CORAÇÃO ESTATÍSTICO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Crio tanta estatística sem fundo
sobre meus desempenhos afetivos,
que me perco nas rotas deste mundo
numa caça tristonha de motivos...
Quantas vezes pereço; quantas vivo;
quando sou a procura, o procurado;
quem me aprova, quem passa por meu crivo
nesse campo de amar e ser amado...
Coração estatístico e carente;
sempre mede a magia do que sente
o meu alvo de puro encantamento...
Teço gráficos, mapas e planilhas,
para ver se cumprimos nossas milhas
ou alguém teve menos sentimento...
Quando a tua vida estiver voltada para tempestades, evite encarar certos desafios pois o mar das desilusões e decepções pode querer te afogar.
Historicamente, a mulher foi retratada como símbolo de tentação e culpada pelas transgressões e descontroles refletindo os padrões patriarcais arraigados na sociedade.
Pessoas verdadeiras são apenas sinceras🔺 Diz a verdade em qualquer circunstância🔺 Não engana com desculpas🔺 A verdade doe mas eh Digna..:
Às vezes, lembro-me de esquecer tantas coisas. Mas, na maioria das vezes, continuo lembrando-as desnecessariamente.
Toda guerra é insana
É o fruto da ambição
É ato de crueldade
É a arma do vilão
É maldade, é desamor
É prazer em causar dor
Em ferir o próprio irmão
VELHO CERRADO
Olha este velho cerrado, tão belo
De savanas cascalhadas e, antiga
Quanto mais desigual mais se diga:
- Triunfante na idade e no singelo
Buritis, ipês, horizonte no paralelo
Arranjam, livres, e o diverso abriga
Em sua melancolia e a árdua cantiga
Do vento nos tortos galhos em duelo
Não choremos, sertão, a tortuosidade
Admiremos cada traço, admiremos
Como obra prima deve ser admirada
Na glória do vário és tu, majestade
Governando o encanto que vemos
No mago fascínio da meseta velhada
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/08/2020, 13’49” – Triângulo Mineiro
O PRESIDIÁRIO ....
Ó meu coração, meu pobre coração que choras
Os soluços sentidos dum nefasto desventurado
Se a lei do amar te angustia em seguidas horas
Diante do afeto ninguém deve ser condenado
Se tem sede de mimo e se confiante imploras
O suave amparo de o cupido a ti deliberado
Que seja flechado de luz nas suaves auroras
Superando a regra da sorte que a ti é dado
Não há prisão, nem há solidão tão pobre
De um olhar abraçado, cumplice e nobre
Que não possa estar ao lado e ao dispor
Somos todos uma solta sensação serena
Quando o desejo deseja eximir de pena
Safando da sentença o condenado amor! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/01/2021, 16’50” – Triângulo Mineiro
Não sou amiga do “talvez”, pois ele não resulta em nenhuma ação concreta – não existe avanço nem descarte. Melhor calar.
Uma das piores situações é estar em um lugar e sentir que não faz parte dele. A pessoa se sente desacolhida, como se fosse um estranho.
Saiba que durante o frio intenso da Era Glacial, os porcos-espinhos refugiados todos num abrigo, descobriram que somente suportando os espinhos uns dos outros é que poderiam sobreviver.
Muitas vezes os espinhos da vida são necessários!
Sou a alma Criada pelo Senhor e semeada pelo amor. No meu coração corre o Rio da Vida, que deságua na Eternidade de Deus.
Lembre-se sempre que uma má interpretação das passagens dos livros sagrados, pode influenciar no destino de uma geração no dia do julgamento final! Por isso, tenha cuidado ao interpretar, pois existem regras!
Escolher a direção faz parte do tempo de viagem desde que a velocidade seja alinhado no caminho desejado.
Quem foi que disse que quem se casa precisa dividir um mesmo quarto e uma mesma cama? Coisa mais desagradável, insuportável, anti-higiênica, e muito estupidamente antiespiritual. Aff. Neeem, tô fora.
“Fracasso é trazer o vinho e esquecer a taça, depressão é esquecer o saca-rolhas, sucesso é não desistir de brindar.”