Derruba
O desprezo conjugal é um tae-kwondo contra a esposa,
em que um nocaute derruba de vez sua auto-estima.
Quem nunca brincou de enfileirar peças de dominó?? Depois derrubá-las todas... coisa de criança, de criança crescida também...
Acho que essa é a melhor metáfora da minha vida...
Um milhão de peças, centena de caminhos... algumas vezes derrubei as peças para sentir prazer, para dar risadas... escolhi aqueles caminhos tortuosos e fui feliz...
Algumas vezes derrubei as peças para ver o que tinha construído cair... Talvez por sadismo puro, talvez por ser a minha essência destrutiva...
Mas algumas vezes vezes esbarrei nas peças sem querer... e elas desmoronaram... Como na brincadeira, a tristeza e a decepção foram enormes... Aquele sentimento de incompetência ao lidar co algo tão simples e ao mesmo tempo tão complexo...
Acredito ser injusto você destruir uma caminho, uma estrada, uma opção de vida por um "esbarrão"... quando você escolhe destruir aquele caminho nada há a ser lamentado.
Se existe consolo, e talvez exista mesmo, é que podemos enfileirar tantas quantas vezes quisermos as peças do nosso dominó... Mesmo que não fique tão bonito quanto na primeira vez.
Meus problemas só quem resolve sou eu
Só quem pode me julga e deus
Aqueles que querem me derruba
Nunca ira consegui oque carrego no coração
E mas do que uma palavra
Carrego deus pra todo lado
Então vem e me derruba, e me detem, e me ultrapassa, e me destrói, e me refaz, e me experimenta, e me recompõe, e me entorpece, e me ame, e me odeie... Quantas vezes quiser. Porque eu sou esse monte de experimentos malucos que foi gerado por uma causa ainda não descoberta. E meu caminho é esse mesmo, torto e vazio... Como um gole de um café amargo. Noites de sexta feira nostalgicas. Uma solidão em uma casa enorme. Um passeio sozinho no parque. Um trago num cigarro profundo... Sentindo as bordas de seu pulmão se encherem do que parece mais ser a sua morte prolongada. E machuca... E chora... E chora tanto, que não se sabe chorar mais. E dói tanto, que de doer, já não dói mais... E você se torna aquilo feito de pedra, que parece ser tão forte... Mas é só vim de novo aquelas centenas de escavadeiras, que se desmonta em um monte de peças caidas... E carrega aquele coração feito de porcelana. O bem mais valioso do mundo, que já está tão coberto por reparos, que nem se pode bater mais. Mas bate. Pra que, em cada batida, se lembre do quão foi errado embarcar de novo na mesma viagem que o destruiu a pouco tempo.
Eu sou assim mesmo. Essa espécie de metamorfose dramática, que clama por algum tipo de socorro, sem nem se dar ao luxo de ser forte e superar...
Ah... Se eu pudesse sair desse corpo, e ver aquele ser deitado na cama. Gritando... Porque chorar só não resolve. Eu iria abraça-lo com tanta delicadeza. E trazer junto a mim seu rosto... Até que amenizasse. Depois eu diria o quanto o dia lá fora pode ser lindo se houver uma luta intensa, contra essa imensidão de mágoa que o cobre.
Ah... Se eu pudesse fazer o mundo inteiro entender... Que todas as vezes que aquele ser errou, foi tentando acertar... E caiu de novo. Sem nenhum perdão, sem nenhuma piedade... Caiu e irá continuar ali. Até que alguém - especial - venha conseguir tirar essa capa suja... Que está cobrindo, há tanto tempo, a melhor parte de mim.
Forte Não é aquele que derruba o inimigo Com um Golpe!! Mas sim Aquele Que suporta a Dor Por mais tempo.
Pois o saldado de Jesus não é reconhecido quando derruba seus inimigos, mas sim quando ajuda seus amigos a se levanta.
Vivemos a cada dia, coisas boas e ruins, que nos fortalece e que nos derruba. Mas temos o dom de como suportar, superar e vencer.
A vida me despedaça, me rouba , me maltrata, me, esmaga, me derruba, me engana, me consome, me ilude, me sufoca. E depois de tudo ainda diz: Viva,viva!
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