Depois que Perdemos Damos Valor
Pobre de nós que não conseguimos sequer tem empatia pelo próximo. Muitas palavras bonitas, mas vazias de atitudes reais
Desejamos quanto pior melhor. Desde que não seja comigo... Tudo bem.
O que perdemos o que neste tempo...?
Perdemos a inocência, pois a luz se fez e mostrou os rostos por trás dos sussurros, das risadas, das piadas, das insinuações maldosas e dessa forma perdemos.
Perdemos a ingenuidade, pois confirmamos que o ser humano teme tudo aquilo que não conhece; tudo aquilo que o é diferente, que o é estranho, que o é contrário e mais uma vez, perdemos.
Perdemos a segurança, pois a paixão do idealismo deu lugar ao ódio do intolerante e novamente perdemos.
Quando perdemos ganhamos e quando ganhamos perdemos também, pois nada e tudo se torna em um só círculo do tudo e nada.
Quando fizemos o que não gostamos, pensamos que perdemos tempo, é o que costumamos chamar de “tempo perdido”, e que nada mais é, do que o tempo que passou e não volta mais, para fazermos diferente, ou deixarmos de fazer.
Aprenda que se você gosta as vezes de fazer “nada”, mesmo assim, jamais será um tempo perdido.
É como uma meditação, oração, ou elevação espiritual, o que está em movimento é o que está dentro de você.
Nem todas batalhas nossas
Conseguiremos ganhar
Mas nós já perdemos todas
Que deixamos de lutar.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
10/04/2024
“Quando fechamos os olhos para a lógica, perdemos o senso de proporcionalidade. A partir daí quaisquer erros se tornam equivalentes. E isso, sem notarmos, nos leva a imoralidade.”
Nós nos perdemos ( Poeta Brasileiro Sidarta Martins)
Nos encontramos em uma esquina,
Lembra-se?
Era um entardecer
O sol, astro rei
Rei da vida
Iluminava nossos caminhos
Iluminava sua beleza.
Como você era bela!
Como era belo olhar pra você!
Como era encantador o reflexo de sua pele ao sol,
Fiquei cego!
O encanto tomou conta de meu ser.
E você tomou conta de mim!
Lembra-se?
Nos envolvemos pouco a pouco.
Envolvemos nossas vidas
Em um vai-e-vem sem fim.
Você era bela!
Como era belo ouvir você!
Sua voz, doce e amiga.
Sua candura, um toque de anjo em meu coração.
Nossos olhos se encontraram.
Naquela esquina nossas almas se envolveram
Para a vida!
Naquela esquina nasceu o amor
O amor do jeito que nós conhecíamos
Naquela esquina nos demos as mãos
E fomos vagar pelas ruas e avenida
Perambulamos pela vid’afora.
Andamos pelo mundo.
Eu e você,
Você sempre comigo!
Apaixonado, cego, acreditava eu estar também com você.
Lembra-se?
Como era doce e belo andar de mãos dadas.
Como era encantador ver o encanto do sol
E ver o seu encanto
Ao entardecer.
E chegou um final de dia,
E outro, e outro, e outro...
E chegou a noite!
Nossas mãos, tão juntas,
Nossos corações, tão entrelaçados,
Foram ficando descuidados, nos descuidamos de nós.
E antes que chegasse a madrugada,
Antes que raiasse um novo dia em nossas vidas
Nossas mãos se soltaram.
Descuidadas, nossas mãos se soltaram
E nossos corações se soltaram!
Era noite!
Aquela esquina tão bela, e tão radiante
Ficou distante, distante, distante...
E nos perdemos!
Nos perdemos um ao outro,
Nos perdemos um do outro...
E não mais nos encontramos!
O encanto se desfez, a madrugada chegou.
Veio um novo dia,
E mais um,
E outro ainda.
E eu, aquele cego, descuidado, apaixonado,
Vivo à minha procura
Em cada esquina,
Em cada entardecer.
Estamos perdendo, ou já perdemos a liberdade de discordar.
Quanta polarização? Quanta radicalização? Tempos difíceis e de tantas indefinições. Tempos de que o errado se tornou certo e virando referência numa sociedade totalmente alienada sobre muitos assuntos. Tempos de pontos de vista, atitudes e ações tão fora da realidade que se tornam verdades absolutas. Temos problemas estruturais e sociais que muitos não veem ou não querem ver. Será que estamos voltando para o politicamente correto. Termo esdruxulo que forja uma régua de atuação para todos e quem sai do contexto ou pensamento ou regra estipulada é ativista ou antidemocrático. Este politicamente correto não passa de uma agenda politica de um grupo que se acha iluminado e correto, e que te julga quando não é acompanhado ou defendido.
Estamos perdendo, ou já perdemos a liberdade de discordar, de pensar, de ter um entendimento diferente de um grupo muitas vezes alienada e totalmente voltada para seus próprios interesses. Precisamos de honestidade, de valores, de pluralidade de ideias e liberdade de expressão. Precisamos com muita urgência de democracia, de liberdade real, não uma liberdade falsa e velada.
Temos muitos defensores do Estado Democrático de Direito, mas na verdade, muitos poucos direitos observados e cumpridos para o bem do povo.
Marcelo Martins
Será que perdemos mesmo alguma coisa importante...
Como torcedor até fiquei um pouco triste, mas como brasileiro não. Gostar de futebol é uma coisa, não ver a realidade que nosso país se encontra é outra bem diferente. Nosso povo passa por uma situação nunca vivida e sentida em toda sociedade.
Não cabe julgar a seleção, jogador, técnico, o próprio jogo. Chega de pão e circo, chega de dar valor exacerbado a uma partida ou torneio de futebol. É só um jogo de bola. Hoje nosso povo está jogando uma partida muito mais importante e relevante. Estamos não na copa do mundo, mas no jogo que trata de nosso destino e existência como nação.
Não precisamos de ídolos da bola, não que não poção ser, mas resguardadas as proporções de cada situação. Precisamos de referências que resgatem nossa dignidade como povo, nossa civilidade, nosso amor ao país e ao nosso povo como nação.
Hoje choram e lamentam por uma perda de uma partida de futebol, mas muitos não lamentam os grandes problemas que nosso país passa em muitas áreas, poucos choram pela condição que muitos de nossos irmãos passam em sua vida. Poucos se entristecem com o sofrimento de muitos anônimos que batalham por sua subsistência, (estes sim verdadeiros guerreiros). Poucos reparam o abismo social que existe em nosso país. Choram por uma partida de futebol perdida, mas não lamentam o sofrimento de muitos de nosso povo passam diariamente. Isto tem um nome, se chama hipocrisia.
Não precisamos ser os campeões da copa. Precisamos ser os campeões como nação civilizada e que quer o melhor para seu povo. Hoje somos uma nação dividida e com muita animosidade de ambas as partes. Estamos separados por ideologias, por cor, por preconceitos, vivemos disputas que em nada acrescentam em nosso desenvolvimento como uma nação coesa.
Que consigamos entender que a luta faz parte de vida, mas que entendamos que nossa vida é uma eterna partida onde lutamos muito, ganhamos algumas, perdemos muitas, mas, está é a verdadeira copa, não a do mundo do futebol, mas a sim a copa da vida.
Marcelo Martins