Depois da Calmaria vem a Tempestade
TEMPESTADE
A noite está sem lua,
Sem o lume das estrelas
Faz escuro em calmaria
Há uma paz que é passageira
Logo vem a ventania
E muita chuva sobre as telhas
Eu sou calmaria, as vezes furacão.
Sou chuva serena, as vezes tempestade.
Sou brisa leve, as vezes tornado.
Sou mar calmo, as vezes revolto.
Minhas oscilações são como os fenômenos da natureza que ocorrem na maior parte das vezes sem um aviso prévio. Deixam marcas, mas sempre trazem algo de bom consigo.
Sua presença traz uma tempestade de paz, um turbilhão de calmaria... Esse sorriso.. Aah esse lindo sorriso, quando você sorri, seus olhos se semicerram e deixam em evidencia a face rosada, corada por um rubor ora tímido ora ousado que chega a ser estonteante... A voz grave e doce, como o barulho das ondas batendo-se contra o rochedo... Olhos de criança, mas com uma profundidade surpreendentemente ardente... Assim é você um misto de prazer e medo, um mistério que eu adoraria desvendar...
Sei ser doce.as também apimentada..
Sei ser calmaria . Mas quando precisa tempestade ....
Sei ser amor , mas as vezes sou dor , sou lágrima ...
Sei ser forte , avassaladora , mas também frágil...
Um mulherão da porra.. As vezes menina , meiga , tímida, melancólica...
Ser ser paixão, fogo , incêndio...mas as vezes sou faísca, brisa , vento ....
Renasço, me reinvento, cicatrizo, me ergo , me reconstruo quando preciso .. mas sou frágil despedaço facilmente, viro caco , desvaneço.. sou mulher , sou camaleoa, sou fênix, sou flor que não se cheira , ou beija flor tirando néctar.. sou deusa , louca , bruxa ou feiticeira .. sou mitologia , escorpiana ... indefesa ..bruta , rústica e sistemática...sete vidas , sete mascaras , mulher de fases , mulher de histórias... mulher de lendas ..enigmática.. quebra cabeça.. livro , poema ou poesia , estrofe ou rima ...sou música... sou eu a mais bela melodia .. sou anjo , sou maquiavélica..pecado , perdição ou cura ... sou eu em todas..cigana , anjo, sou caminho , sou rua , estrada , sou tantas por aí..sou todas por aí..sou mulher , sou mãe, sou filha , sou cria ..sou gente , sou vida ..sou coração..razão, sou sensitiva ... estação..sou eu ...mulher ..sou eu .. vulcão..sou eu AMOR..
A embarcação chega ao porto, porém atravessou fortes tempestades em mar aberto antes da calmaria.
O sentido de luta e perseverança da tripulação justificativa a satisfação da chegada.
É assim no amor. Quem abandona durante a tempestade, perde o momento mais construtivo de um relacionamento e acaba por não sentir a satisfação da vitória, e isto é irreversível.
Eu ouço tua voz!
Eu ouço tua voz!
E, mesmo na tempestade
Tenho certeza da calmaria do seu amor...
Eu ouço tua voz!
E, mesmo diante da escuridão
Tenho certeza que a lua estará lá...
Eu ouço tua voz!
E, mesmo diante da distância
O tempo não pode nós separar...
Eu ouço a tua voz!
E, mesmo diante da gélida contingências existenciais.
O sol sempre me aquecerá...
Eu ouço a sua voz!
E, isto já me basta
Pois, Tu és a verdade!!!
Espero ser uma calmaria
pra tuas tempestades,
trazer-te um pouco de alegria,
quando esqueceresda felicidade,
uma luz num nevoeiro,
talvez seja muita ousadia
da minha parte,
mas meu apreço por ti,
é bastante verdadeiro
e se eu não tentasse,
seria um covarde.
Obrigada pelo apoio na tempestade e na calmaria. É uma honra ter sua presença constante na minha vida.
"No teu ventre meu corpo. . .
Silêncio – eu navego. . .
Entre calmarias e tempestades."
Rogério Pacheco
Poema: Conspiração de verão
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Não faça tempestade num copo d'água, aproveite o primeiro momento de calmaria e faça a paz...(Guto Lopes)
ESCRITA ABSOLUTA
Em meio a Tempestade,
Lanço palavras de calmaria,
Escrevo com esperança,
Com intrepidez, sem covardia,
Escrevo a dor e a tristeza,
Escrevo alívio e alegria,
Transformo tragédia em comédia,
Sorrindo não importa se doía,
Não tenho dom nenhum,
Mas habilito-me aqui,
Se escrevo na solidão,
Livros extensos já conclui,
Falei de tudo e nada,
O dia nublado eu colori,
Enquanto eu me curava,
Cada detalhe escrevi,
Minha imperfeição registrada,
Na escrita absoluta,
Livre de qualquer obstáculo,
Enfeitada de forma culta,
Tolices e genialidades,
Dessa menina astuta,
Moldadas a versos e rimas,
Onde grito e ninguém escuta
"Eu era tempestade, você veio, sou calmaria.
E hoje? Sou tempestade.
Eu era frio, você veio, sou calor.
E hoje? Sou frio.
Eu era tristeza, você veio, sou felicidade.
E hoje? Sou tristeza.
Eu era escuridão, você veio, sou luz.
E hoje? Sou escuridão.
Eu era solidão, você veio, minha companhia.
E hoje? Sou solidão.
Eu era algo sem rima, você veio, sou poesia.
E hoje? Não tenho mais rima.
A saudade é minha sina.
Ah, aquela menina.
Você veio, você se foi.
Hoje só me resta na memória as lembranças do que eu era antes de nós dois..."
Velho Barco
Coração, velho barco que no mar
das paixões, quanto navegastes.
Calmarias e tempestades enfrentastes,
mantivestes o leme a prumo, nem da rota
desviastes.
Coração, ainda tens força para uma nova
aventura.
Sinto-te, seguro não cansado, mas mais
maduro sossegado.
Coração, como é bom ter-te ainda em plena
função, não quero que por falha minha
te sintas sobrecarregado.
Os mares a serem enfrentados, não são tão
bravos as ondas mais fracas, não tão altas.
Mas sempre é bom manter-se alerta,
da calmaria ao ciclone são segundos, e podes
por um acaso ceder .
É bom coração estares atento.
Sem que sintas, assoma o vento,e nos recifes
de um amor, podes naufragar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Sou todos os ventos. Em alguns dias, brisa, outros, tempestade, hoje, por exemplo, amanheci calmaria. E com tudo de bom que esse calmo dia me traz, não me envergonho dos outros dias. Aqueles em que fui brisa, levada pelo vento, tropeçando nas pedras, tão absorta na paisagem que as vezes saia sem muito perceber da linha delicada da boa estrada, perdendo-me distraidamente na caminhada. Vivi também incontáveis dias de tempestade, as quais, uma certa dor que sinto, tenta bloqueá-los da minha memória, porém em vão tornou-se esquecê-los, talvez até desnecessário. Preciso também dessas lembranças, desses dias, eles fazem-me valorizar a calmaria. Tenho tanta força vinda desses incontáveis dias, todos os ventos que fui, o que sou e o que não sei o que serei amanhã. E não envergonho das mudanças e absorvendo como terra em tempos de seca todos os aprendizados que ganho. Não se envergonhe dos seus ventos, dos seus dias, porque todo o mundo já foi um dia, brisa, tempestade ou calmaria.