Depois
Como já diria Sartre: “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”, e para completar vou utilizar uma citação de Freud: “A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade”.
Quinta-feira
Depois de ler o poema “Cortar o Tempo” do meu amigo Drummond, me veio uma reflexão, a gente se vê em um momento da vida onde parece que algo novo não vai acontecer, caímos em uma mar calmo de acontecimentos repetidos, então cada dia que vai se esvaindo é apenas mais uma figurinha repetida para o nosso álbum incompleto. Na verdade parece que deixamos tudo para trás, deixando de buscar, conquistar ou almejar algo novo. Um sonho de mudanças diárias que não acontece que na realidade mais machuca o nosso verdadeiro eu. Nesse momento nos damos conta que a vida se tornou apenas rotina, onde os dias não marcados com lembranças, muito menos por bons sentimentos. Notamos que esses dias se passam e é só mais um numero ou apenas uma quinta-feira.
Minha convicção ateísta se solidificou depois que eu decidi estudar à bíblia a fundo; ou seja, de forma linear.
A vida é como o desenho "Caverna do Dragão", no início é um parque de diversão, mas depois você passa o tempo fugindo de 'monstros' e tentando achar um caminho
- Os sentimentos são uma droga. Primeiro eles te deixam feliz, depois te tornam dependente, e por fim, te matam.
E mesmo depois de tanto tempo juntos, sempre que nos encontramos,
ainda sinto a tal das "borboletas no estômago".
É amor.
Ou ele me causa gases
Ela estava nascendo, depois de tantas mortes. Finalmente estava nascendo. E depois de tantos enterros de sementes o amor floresceu. Silencioso. Calmo. Terno. Lindo. Como deveria ser.
O segredo da nossa paz está em raciocinar antes de palavras ou atos, pra depois não ter do que se arrepender. Respeitar pra ser respeitado. Saber que tudo, tem sim, consequência. Deus abençoa, mas Ele manda vigiar!
E eu ainda amo você.
Depois de tudo,
depois de nada...
estou tão cansada.
E eu ainda amo você.
Pra melhor ou pra pior,
pra rir ou pra chorar...
com você ao meu lado
não importa mais nada.
E eu ainda amo você...
Lembra!? 'Até que a morte nos separe'...
Quando eu falei, falei pra valer...
Então, volte... e volte a me querer.
Chorar, depois de salvo, uma desgraça, é chamar outra ainda mais feia e crassa.
DEPOIS DE MUITO AMOR
A mulher somente despreza quem ela amou demais. Não é qualquer homem que merece, não é qualquer pessoa. Pede uma longa história de convivência, tentativas e vindas, mutilações e desculpas. O desprezo surge após longo desespero. É quando o desespero cansa, quando a dúvida não reabre mais a ferida.
É possível desprezar pai e mãe, ex-esposa ou ex-marido, daquele que se esperava tanto. Não se pode sentir desprezo por um desconhecido, por um colega de trabalho, por um amigo recente. O desprezo demora toda a vida, é outra vida. É nossa incrível capacidade de transformar o ente familiar num sujeito anônimo.
Assim que se torna desprezo, é irreversível, não é uma opinião que se troca, um princípio que se aperfeiçoa. Incorpora-se ao nosso caráter.
Desprezo não recebe promoção, não decresce com o tempo. Não existe como convencer seu portador a largá-lo. Não é algo que dominamos, tampouco gera orgulho, nunca será um troféu que se põe na estante.
Desprezo é uma casa que não será novamente habitada. Uma casa em inventário. Uma casa que ocupa um espaço, mas não conta.
É a medida do que não foi feito, uma régua do deserto. A saudade mede a falta. O desprezo mede a ausência.
O desprezo não costuma acontecer na adolescência, fase em que nada realmente acaba e toda vela de aniversário ainda teima em acender. É reservado aos adultos, desconfio que deflagre a velhice; vem de um amor abandonado. Trata-se de um mergulho corajoso ao pântano de si, desaconselhável aos corações doces e puros, representa a mais aterrorizante e ameaçadora experiência.
Indica uma intimidade perdida, solitária, uma intimidade que se soltou da raiz do voo.
O desprezo é um ódio morto. É quando o ódio não é mais correspondido.
Não significa que se aceitou o passado, que se tolera o futuro; é uma desistência. Uma espécie de serenidade da indiferença. Não desencadeia retaliação, não se tem mais vontade de reclamar, não se tem mais gana para ofender. Supera a ideia de fim, é a abolição do início.
Não desejaria isso para nenhum homem. O desprezado é mais do que um fantasma. Não é que morreu, sequer nasceu; seu nascimento foi anulado, ele deixa de existir.
O desprezo é um amor além do amor, muito além do amor. Não há como voltar dele.
(Zero Hora)
HAVIA
Havia naquele tempo tanta coisa,
Tanta coisa que subiria depois como um balão azul
Quando eu precisasse de um pretexto urgente para não me matar...
Havia
A que passava cuidadosamente os meus poemas a ferro
(e nisso eu vejo agora a maior poesia deles...)
Havia a que sabia fingir que me escutava,
Que parecia beber até, com seus grandes olhos,
Os meus solilóquios
(eram tão chatos que só podiam ser solilóquios mesmo...)
E havia, entre todas,
A Eleita,
A que cortava as unhas da minha mão direita
(agora tenho que recorrer a profissionais...)
E havia, entre as demais,
A que ficou não sei onde esquecida...
MARIO QUINTANA In: Baú de Espantos
Procure vencer primeiro na vida.
Ser cauteloso na escolha das amizades.
Dar bons exemplos e depois vencer no amor.
Os últimos serão os primeiros.
Tem gente que quer ter valor levando a vida na brincadeira da promiscuidade, e depois fica todo depressivo quando é tratado como um objeto jogado no lixo. Para ter valor é preciso valorizar a si mesmo e aos outros também.
Quando caminho
Timidamente
Em curvas e linhas retas
Penso em suas palavras
Então paro
Depois de acordar
O amor nos deixa tontos. Ele nos cega e não nos deixa enxergar a verdade. Mas depois, vem sempre a decepção para nos guiar para longe do amor e nos salvar de nós mesmos.