Depoimetos para Professor
Muitos são os que contribuem para que se apague a luz que ilumina seus caminhos, e poucos ou quiçá nenhum os que aparecem com ao menos uma vela para apontar uma nova direção quando na escuridão você se encontrar.
Pode servir de consolo para a grande maioria: pode ser que existam donos do tempo presente, mas uma coisa é certa: o futuro, com certeza, mudará de mãos, em algum momento.
Por que os projetos em nosso país, incluindo a educação, normalmente não dão certo?
Porque quem pensa o Brasil na grande maioria das vezes não é quem vive o Brasi!
Brasil das Contradições
O Novo Ensino Médio surgiu com a proposta de aprofundamento em certos conteúdos. Mas, para trabalhar esses conteúdos, professores com conhecimentos superficiais sobre os mesmos, isto é, não foram devidamente preparados para tal. Daria certo?
"Só serve para o povo quem serve a vida inteira. Se você parar de servir já não serve!"
(Re-refletindo!)
"Em algum momento da história, alguém promoveu uma bifurcação num país chamado Brasil. Daí para cá, os braços dessa forquilha só se afastam. Num deles, o Brasil dos poderosos, das leis e dos governos; do outro, a grande massa, o povo."
"Estou com a sensação de que, dos poderes existentes em nosso país, apenas um conserva os dois nomes. Os outros conservam apenas o último. Seriam:
1. Poder Judiciário;
2. Legislativo;
3. Executivo."
Vejo que o ser humano gasta muita energia e recursos para localizar na história os culpados por certas atitudes reprováveis. Enquanto isso deixa de aplicar esforços para que, doravante, a população usufrua de condições dignas, aceitáveis. Não é contraditório?
Quando virmos o grupo controlador do poder no Brasil se interessar com dedicação extrema por algum assunto ou projeto que pareça favorável ao povo, desconfiemos: na verdade esse assunto ou projeto é favorável a esse poder.
Há uma coisa que as pessoas boas podem aprender com as más. As pessoas más tem muita facilidade para se unirem em suas maldades. As pessoas boas são muitas, mas não conseguem se unir em suas bondades. Então, a maldade continua prevalecendo, infelizmente!
O professor não pode falar sobre sexo em sala de aula, mesmo que aja extrema necessidade, pois é tachado de sexualizador. Talvez a educação sexual desejada esteja nas novelas. Todo mundo assiste às mídias com contentamento, o problema é que os Alunos tolos de formação evangélica que se acham sabidos demais usam o tema para impor sua fé, pais que devem à sociedade escondem-se atrás do puritanismo fingido, sacrificando a transversalidade da educação. A direção da escola não se impõe, aí sofre as consequências. Morre de medo de perder o cliente sem qualidade. Pois, Para o medo não tem regras.
HOMENAGEM AO PROFESSOR: A ORIGEM DOS DIAMANTES
Professores são arautos. Portadores que se ocupam em levar mensagens diversas aos receptores que, ao fim, simbolizam a esperança que depositamos em novos e melhores tempos.
Movidos por um altruísmo comum aos grandes personagens da História - que comumente mesclam em sua jornada um misto de idealismo e capacidade de realização -, nosso exército de mestres desbrava fronteiras e adentra aldeias indígenas, comunidades quilombolas, bairros movimentados das metrópoles. Seja nos cursos mais elementares de alfabetização, seja nas universidades mais renomadas do País, sempre há a figura desse lapidador.
Desses homens e mulheres que, cuidadosamente, permitem que pedras brutas se transformem em joias cujo brilho é capaz de iluminar o futuro.
Hoje é Dia do Professor. Data que demanda reflexões sobre o que é realmente essencial no vaivém contínuo do processo ensino-aprendizagem. Momento de observar que, nas últimas décadas, o papel da escola foi ganhando novos contornos. Novas alterações provenientes de métodos educacionais mais modernos. Resultantes tanto da troca ininterrupta de experiências no setor quanto da consciência social em torno da importância da educação. Do ensino de excelência nesta que é a Era da Informação e do Conhecimento. São mudanças que ampliaram sobremaneira os horizontes.
Renovações que tiveram início com passos importantes rumo à democratização da aquisição de conhecimento. Hoje, muitas escolas já estão informatizadas e, portanto, conectadas ao mundo. Exigência de uma época que requer habilidades e talentos cada vez mais diversos, como a fluência em mais de um idioma.
É fato que o mercado de trabalho não tolera amadores. E também é fato que a cobrança sobre a capacidade dos aprendizes recai sobre o professor. Profissional de quem a sociedade exige aprimoramento ininterrupto. Por esse motivo, é importante que os educadores relembrem os modelos referenciais do ensino de qualidade muitas vezes empregado ao longo da História.
É o caso do método utilizado por Aristóteles em seu desejo de formar uma geração de jovens éticos e, portanto, felizes. O liceu do estagirita era um espaço privilegiado em que a virtude e a busca pelo meio termo permeavam as discussões filosóficas entre o educador e seus jovens aprendizes. No mesmo diapasão, o filósofo Pedro Abelardo, nas escolas francesas, desafiava os estudantes a colocar em prática o potencial gigante, mas ainda adormecido, que habitava em cada um.
Mais recentemente, temos o modelo de Dom Bosco, mestre dos salesianos. Verdadeiro professor que exaltava o amor como o único caminho para a educação verdadeiramente completa. Mário Quintana, em outra seara, poetizava: "E no dia em que tratardes um dragão por Joli, ele te seguirá por toda a parte como se fosse um cachorrinho". Por meio dessa metáfora tão bela quanto inusitada, o poeta nos ensina que é possível modificar para melhor os seres considerados mais amedrontadores. Para isso, basta que recebam carinho e atenção como tratamento. Em outros termos: se até um dragão pode ficar dócil, carinhoso, o que dizer de um aluno?
Já Paulo Bonfim, outro artesão da palavra - considerado o príncipe dos poetas brasileiros - diz que a juventude precisa de um tema. Um tema que a torne protagonista. Um tema que a instigue a viver. É como na arte: uma vez sem bons temas, as peças ficam sem sentido, os textos empobrecem, as danças perdem a magia.
Eis aqui nossa homenagem àqueles que são leais à missão de educar. Sábios que não servem a um partido ou a um governo, mas sim à causa nobre da educação. Servem a um sonho. Talvez o mesmo vivenciado por Aristóteles, Abelardo, Dom Bosco: o sonho de lapidar diamantes. Mestres que neste, e em todos os outros dias, acreditam que o esforço do trabalho será recompensado pela magnitude do resultado. Pela beleza rara da joia que começa a tomar forma, sempre, em suas mãos.
Publicado nos jornais Jornal da Tarde Tarde, Diário do Grande ABC, A Tribuna, Correio Popular e Vale Paraibano.
Há os que lutam para aprender e reter conhecimentos, e os que aprendem e não medem esforços para ensinar.
Não se trata apenas de amar o que faz, mas ter o sagrado dom de amor ao próximo.
Hoje e todos os dias é tempo de aprender e de homenagear a quem ensina. Parabéns, professores.
Heróis de verdade não são
aqueles que têm superpoderes,
são aqueles que ajudam
os outros a crescerem
compartilhando conhecimento.
Parabéns, professores,
nossos heróis!
15/10 - Dia do Professor
O educador é a mola mestra dentro na difusão de inúmeros ensinamentos importantes, como elemento agregador, capaz de promover a cidadania.
Não falta quem diga ao aluno que ele também é Deus, cheio de conhecimentos prévios, então que o professor se eduque com ele de igual para igual. Antigamente o professor era o mediador do conhecimento, agora é o aluno o mediador de tudo!
A educação física escolar coloca os estudantes de pernas para o ar, de forma que eles consigam ver o mundo de outros ângulos.
Um meio de vida não é vida por inteiro. Uma vida por inteiro depende de dois meios: 1/2+1/2=1
Estão, encontre logo sua outra metade, e viva inteiramente.
Texto por Débora Ildêncio
Publicado no livro: 50 anos Escola Estadual Assis da Chagas| 2016 pg. 78
O ano de 1994 não foi o mesmo!
Lembro de minha ansiedade quando chegou o dia de conhecer a tão sonhada escola. Uma sensação inefável que misturava a expectativa e a curiosidade de conhecer aquele famoso lugar. A blusa nova repleta de quadradinhos simétricos e equidistantes de cor azul e branca e o sol impresso no bolso do lado esquerdo escrito. “E.E. Assis das Chagas”, mostrava que para conhecer aquele local precisávamos de uma roupa especial que era completada com uma bela saia azul-marinho bem engomada! O cabelo bem penteado, meia branca, tênis novo e a pasta maleta na mão completavam o traje necessário para adentrar por aquela porta imensa que me esperava.
Lembro de chegar naquele imenso espaço e ficar extasiada ao ver tantas salas, carteiras e o quadro “negro”, um sentimento de surpresa que era compartilhado com outras crianças da mesma idade. De repente ouvimos uma voz nos chamar para o pátio e após montarmos a fila era hora de ir para sala.
Uma moça de sorriso fácil e bastante empolgada nos conduziu até uma das salas e após perguntar o nome de cada um da turma, se apresentou dizendo alegremente: - Eu sou a Lilia, mas podem me chamar de Tia Lilia!
A partir daquele primeiro encontro, sabia que os meus dias nunca mais seriam iguais!
Com sua voz doce Tia Lilia nos embalava com suas canções, músicas que nos acalmava e outras que nos faziam dançar. Tudo era divertido e aos poucos íamos descobrindo o mundo. As folhas também começavam a fazer parte do aprendizado! Lembro-me dos pontilhados tão bem desenhados que vinham acompanhados do inesquecível cheiro do mimeografo. Naquelas folhas tudo tomava forma, e a cada traço do lápis uma nova imagem surgia, formando curvas e criando um caminho de uma estrada do conhecimento que jamais teria fim! Aos poucos as letras iam surgindo e formavam palavras que a cada momento faziam ainda mais sentido.
Algumas letras bem elaboradas como o “H” eram difíceis de escrever e pacientemente ela pegava em minha mão e fazia com que tudo parecesse fácil!
A aula era tão legal que não entendia qual a necessidade do descanso nos finais de semana! Incansavelmente minha mãe tentava explicar, mas não adiantava, pois, a vontade de aprender e de estar com a Tia Lilia, fazia que o sábado e o domingo parecessem uma eternidade. A cada dia uma nova descoberta e assim vieram os teatros, as apresentações, os poemas de Cecília Meireles e a cada dia aprendíamos mais!
Ao fim do ano estávamos prontos para a nossa primeira formatura! Isso mesmo! FORMATURA! Já sabíamos ler e assinávamos com total propriedade o nosso nome! Em nosso juramento dizemos em alto e bom som: - Prometo honrar meus pais e minha professora.... E dali em diante continuamos cada um a escrever sua própria história sem ter noção do quão importante seria essa professora em nossas vidas!
Todos os outros aprendizados que vieram depois só foram possíveis porque alguém nos alfabetizou. Não haveria uma formação se não houvesse sua dedicação!
As palavras que hoje faço canção, só foram possíveis pelo seu apoio e por segurar na minha mão quando precisei. Ela permitiu que os sinais deixassem de ser apenas desenhos e passassem a ser a forma de comunicação! Em qualquer palco que eu esteja ela sempre estará comigo! Obrigada Tia Lilia!
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