Depoimentos Carinhosos para Amigos
Abra seu coração,
para as pessoas
que cruzarem seu caminho;
Ouvindo-as
com atenção,
com empatia,
com carinho.
“É muito fácil desistir. É só não fazer.
Difícil mesmo é sair de onde reclamamos tanto para conquistar algo que sonhamos.
Podemos escolher, ser o melhor amigo de nossas conquistas ou o pior inimigo.”
'QUANDO EU PARAR DE SONHAR...'
Quando eu parar de sonhar,
serei um hipócrita simulando poesias.
Praguejando dias irreais.
Sem cordilheiras,
fingirei a presença de verbos...
A caminhada será insensata,
abstrata com sua burca espalhando negrume.
O novo Oriente implorará complacência.
Pretenso,
não mais falará de religião...
Quando eu parar de sonhar,
Não terei os abraços convencionais,
desleais/egoístas.
A casa não terá crianças para avivar os dias fúteis.
O ar exalará despedidas misturada à escassez de utopias...
O coração arrítmico confessará segredos não mais sonhados.
Medos terão descansos promíscuos.
Ao lado a realidade verídica,
tão implícita,
agonizando os dias reais...
'VELHO ANO...'
Mais um Velho Ano que se aproxima. Menos saúde para comemorarmos. Milhares de células morrendo. Nunca entendi, por exemplo, algumas das comemorações. Para quê tal, se um Velho Ano não faz tanto sentido, faz tão mal para um velho bocado de pessoas...
Quem conquistou, quem não conquistou não interessa! Interessa nos reconhecemos. Sermos mais irmãos! Se bem que essas frases de Ano Velho não surtem mais efeito na vida das pessoas. Elas continuam as mesmas. Do modo como vieram ao mundo. Talvez não!
Dia dos Namorados, Natal, Ano Velho e Outros tem cara de Segunda-Feira. As pessoas vêm e vão. Outras com fé, outras com sentimentalismo. É aquele famoso rodízio melancolizando os dias que virão...
Que venha o proximo ano parecido com o que se foi. Talvez a grande diferença seja o fato de termos menos tempo. Sabe Deus o quanto! Apesar dos pesares, quero agradecer por ainda estar preso nele, comemorando a minha forma velha de vê-lo...
''NÃO HÁ...'
Não há fases para predizer o presente.
Sequer liberdade para abraçar o infinito derramado sob a terra em avesso.
Nada cíclico!
Para quê infância,
mistérios,
míseros sonhos exalando pelas mãos...
Inerte cenário!
Não há fotografias antigas para matar a saudade!
Nem pinceladas atuais tratando um novo destino.
Sem fotoperíodos para o crescimento do caule na alma.
Só evidencias regressivas estilhaçando desígnios...
Não há imaginário,
fantasias.
Apenas corridas contra o tempo.
Tudo opaco e vazio,
tal qual o eco de um desconhecido falando de razão.
Suspirando um novo espírito nos órgãos.
Sob a janela amarroada,
amparando vaga-lumes,
ausentes de lumes nas seguidas noites sem canções...
'QUANDO EU CRESCER...'
Abarcarei montanhas e mares de ausências, turbulência e poeira nos olhos tornar-se-ão verdadeiras. Ficará a saudade dos abrolhos nas plantas rasteiras exalando o que realmente seria a vida...
As lágrimas cor de sangue ficarão mais impetuosas e perceptíveis. Não haverá mais lugar para elas caírem ou mãos para agarrarem-nas nas pontas. O sol agora em ruínas tornar-se-á mais avassalador, dissecando dores e as poucas esperanças nas tempestades e dias sombrios...
Quando eu crescer, quero ter olhos de criança. Não o ser sem bonança que fizeram de mim: sem identidade própria e lugar no mundo, trancafiado numa caixa de pandora, respirando desvairados acasos e um amotinado de questões sem respostas ...
Tudo acontece lentamente quando se vai espichando o espírito. A coleta de sorrisos esparramados tornam-se resquícios, sem arco-íris. Quer-se acalanto, um mundo menos profano e de todos, sem metafísica...
Quando eu crescer, quero ser um casebre de palha, sem retratos pendurados nas janelas. Sem sequelas ou falas para reproduzir a harmonia passada. Tudo sem dualidades, sem metáforas que fazem da vida uma repetição desastrosa e colapsada. Eu nunca pedi para crescer! ...
'ANÁLOGO...'
Análogo, repetitivo. Ele caminha observando as mesmas imagens. Plantou sua imortalidade nos filhos. Acreditou naquilo que poucos acreditam: cogitação perpétua...
Análogo, símile. Ele acorda às seis da manhã e dorme após às duas da madrugada tentando encorajar seus congêneres. Poucos sabem, mas ele é reticências...
Análogo, tem dormências diárias. Não contraria o acaso. Mas ver-se disperso fitando início, meio e fim. Quebra espelhos! Mas espelha-se no semblante abatido e cansado na qual todos tornam-se...
Análogo, fitando o absurdo. Ele é mudo nas horas hostis. Observa a sobrevivência das orquestras cantando as mesmas canções há milênios. Melodias antifônicas que fazem parte do mundo, sobrevivendo e enraizando as almas...
'LIBERDADE'
E quando algum dia tudo findar,
não serei religião.
Sem razão ou princípios abstratos.
Não mais serei terra seca,
emoções,
essências ou buscas.
Tampouco punhado de areia [fragmentado],
deixado aos cantos,
felicidade exilada ou resignação...
Não serei saudade nas alcateias que compartilhei.
Tudo sempre será como fora um dia.
Sem matilha,
o mundo será o mesmo.
Agora deitado ao chão,
Não quero donzela reascendendo paixão fúnebre ou amores de outrora.
Quero algo maior!
Não o luxo de uma consciência sem lume...
Liberdade!
As portas do primeiro choro cumprirão suas promessas.
Deverias vir sorrindo,
brancacenta,
sem foice nas mãos.
Mais pessoas precisarão serem libertas.
Sentir a calmaria do teu bafo quando a dormência ficar o coração.
Pode vir sem dó,
aduzindo ventos [galhas] e palmeiras...
'ANIVERSÁRIO'
Não gosto de aniversário! De comemorar um ano a menos. Muito chato! Aqueles bolos recheados, devorados por dentro sob à mesa...
Não me dê presentes! Consideremos. Nada de parabéns por uma data destarte. Aniversário não tem sentido. É muito ambíguo. Certo! Já tenho setenta...
Talvez esteja desgastado pelos ventos, Tanta hipocrisia nos olhos. E dias miraculosos. Soltos à espera de destroços. Óbito nos cantos. Não quero velas, não quero palmas...
Ah saudoso aniversário! Quando ao lado cultivava esperanças. Bonanças nas tempestades. Fervilhando-me a alma e a ponta dos pés...
Não quero ser lembrado. Sou indignado por abraços e míseros aniversários que me faz ser humano a cada passo. Ultrajado. Desgastante...
O amor vai andando de mãos dadas no tempo.
Até que a morte nos separe tênue.
Nascemos com o choro e morremos agonizando.
Precisamos aprender a viver e aprender a morrer pacificamente...
Não é a cerca que mantém um cavalo selvagem dentro do pasto.
É o cuidado que ele recebe somado a sua vontade de querer ficar.
Lembrei de você
Naquele Sticker
Naquela Música
Naquele Clipe
Naquele Perfume
Naquela Letra
Naquele Sujeito
Naquela Parte que falava da covinha
Naquele Pensamento
Naquele Dia
Naquela Caixa de recordações
Naquele Momento
Naquele Filme
Naquela Loja
Naquele Emoji
Naquela Palavra
Naquele Poema
Naquele Mercado
Naquela Praia
Naquele Storie
Naquele Versículo
Naquela Jaqueta
Naquela Lua cheia
Naquele Segundo
Naquela Brisa
Naquele Cabelo
Naquele Verso do Nando
Naquele Elevador
Naquele Sonho.
Colo
A minha dor dorme
Na fuga do pensamento.
E de uma lembrança
Descobre o sentimento.
Me deparo com o destino
Agora coberto de pó
E num furor matutino
Percebo que não estou só
Pinto o tempo a mão
E a cor de ideia triste
Desde já inexiste
No colo do amigoirmão.
As horas de todas as cores
Um conselho vem doar
Aproveitas todos os amores
Antes de o tempo acabar
(mote)
Fique inteiro.
Ande...
De carinho.
Seus amigos estão ao seu lado.
Não desperdice este ninho!
Enide Santos 07/04/20
despida-se desse ano se despindo:
livra-se da sua antiga versão pra nova que está vindo
abrace oportunidades
beije a bondade
faça amor com a felicidade
mantenha sempre a cabeça erguida
rejeite tudo o que vier de baixo
ame a vida mesmo que nela hajam partidas
acredite que tudo é possível
acredite, inclusive, naquele sonho impossível
seja flexível
que haja cumplicidade em tudo que for aprazível
que haja intensidade principalmente na reciprocidade
cultive a simplicidade e a humildade
viva além do que permite a sua idade
saia de cidade
viaje
suma e se encontre
cante e se encante
corte nós e faça laços
dê espaço e mais um passo
se declare
dê oceano aos seus mares
aprofunda onde houver correspondência
livre-se dos medos e de tudo que ameace a sua cadência
prefira manter a essência invés das aparências
faça a diferença, mesmo se no amor houver deficiência
contribua e distribua
seja sua e de mais ninguém, ao mesmo tempo; esteja aquém daqueles que fluem
não poupe sorrisos, nem atos precisos
seja você
aceite-se como é,
mas melhore no que puder
faça sem esperar
comece não tendo medo de errar
seja amigo do tempo;
seja cuidadoso com aquilo que não volta,
mas poupe-se das revoltas quando houverem reviravoltas
seja leve, mas não releve o que não tiver relevo
permita-se tocar
e ser tocada
respeite o passado e tudo o que nele havia passado
viva um presente bem pensado pro futuro vir adoçado
cuide da sua saúde:
encha-se de atitude ao acordar
ingira plenitude ao tardar
e de quietude ao pernoitar
mude sempre que precisar
essa é a prescrição para o ano seguinte
e não se esqueça da amplitude:
amplie o que já é grande
prestigie o amigo distante
dispense tudo o que for irrelevante
não mude seu semblante sequer um instante
seja mais tolerante
torne-se mais interessante
seja o livro favorito da sua estante
termine este ciclo com sentimento de gratidão e comece o próximo com grandeza e ambição
escreva sua melhor versão
comece com intenção
" O destino nos manda trabalhar
para que o pão plantado lá na fazenda
seja sinônimo da benção de Deus...
Quando identificamos a preciosidade da companhia de quem nos quer bem, entendemos um importante requisito da manutenção preventiva de nossa saúde psicológica e também da vida.
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