Deus, que eu morra no palco!
Não me coroem
De rosas infecundas a agonia!
A utilidade da virtude é de tal modo evidente que os maus a praticam por interesse.
Cada virtude apenas requer um homem; apenas a amizade requer dois.
O interesse forma as amizades, o interesse dissolve-as.
Se fazes o bem para que te o agradeçam, negociante és, não benfeitor; cobiçoso, não caritativo.
Há opiniões que nascem e morrem como as folhas das árvores, outras, porém, que têm a duração dos mármores e do mundo.
O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo.
Muitas pessoas se prezam de firmes e constantes que não são mais que teimosas e impertinentes.
Depois do espírito de discernimento, o que há de mais raro no mundo são os diamantes e as pérolas.
O sonho da razão produz monstros.
O amor-próprio dos tolos desculpa o das pessoas inteligentes, mas não o justifica.
O amor é um poema essencialmente pessoal.
O invisível é real. As almas têm o seu mundo.
Arrependemo-nos raramente de falar pouco, e muito frequentemente de falar demais: máxima usada e trivial, que todo o mundo sabe e que ninguém pratica.
O medo é a arma dos fracos, como a bravura a dos fortes.
A ponte é um pássaro
de certeiro vôo: sua sombra
perdura na lembrança.
O orgulho pode parecer algumas vezes nobre e respeitável, a vaidade é sempre vulgar e desprezível.
O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor.
A nossa imaginação gera fantasmas que nos espantam durante toda a nossa vida.
Do ódio à amizade a distância é menor que do ódio à antipatia.