Depoimento de agradecimento

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O fim da vida não é a felicidade, mas o aperfeiçoamento.

Quem ama o perigo, nele perece.

A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.

É a profunda ignorância que inspira o tom dogmático.

Faço dizer aos outros aquilo que não posso dizer tão bem, quer por debilidade da minha linguagem, quer por fraqueza dos meus sentidos.

Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.

Há injúrias que temos de ignorar para não comprometermos a nossa honra.

O amor é um egoísmo a dois.

O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.

Uma árvore nua
aponta o céu. Numa ponta
brota um fruto. A lua?

Os males que não são percebidos são os mais perigosos.

Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.

O Homem não tem porto, o tempo não tem margem; / ele corre e nós passamos!

São sempre desatinadas as vinganças por ciúmes.

As amoras

O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade
O Outro Nome da Terra

Há algo tocante na associação de dois seres para suportar a vida.

A fortuna troca às vezes os cálculos da natureza.

Machado de Assis
Iaiá Garcia (1878).

Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros.

Os pintores só devem meditar com os pincéis na mão.

Noturno

Lá fora o luar continua
E o trem divide o Brasil
Como um meridiano

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971