Depoimento de agradecimento
As vezes falta alguém
A muito tempo eu descubri que a vida não é um jogo de palavras cruzadas onde tudo se encaixa .
há coisas muito complicadas na vida que as vezes tem resposta e as vezes não !
percebi tambem que em nossas vidas parece falta alguém !
alguém que esteja sempre desposto há escutar os nossos desabafos , alguém que que nos faça enxerga aquilo que estar errado .
alguém que nos dê uma palavra de animo , e por mais que sejamos fraco esse alguém sempre esteja ao nosso lado.
Esse alguém precisa ser uma pessoa que possamos pensa
em voz alta , que quarde nossos segrêdos que entenda nossos desejos .
Eu por exemplo tentei encontrar esse alguém e o pior sempre encontrei alguém errado , que amargo!
Se voçê tem esse alguem dê gracas a Deus isso é algo muito raro , se voçê não tem , cuidado para não acha alguém errado , esse alguém piorara as coisas , portanto pense bem antes de confia em alguém que esteja do teu lado .
magnus de souza fernandes
OS PÍNCAROS DO ABISMO
Ao sucumbir ao sono,
Perco-me na viagem
Á espiral de dimensões intoleradas, insones:
Lá,
Digladio-me com antigos demônios
Que, até então,
Pensava pairar sobre o céu
Do crepúsculo dos íntimos infortúnios hediondos.
No entanto,
Pungentemente,
Descubro que,
Em mim,
Eles jazem,
Latentes, silente
E continuamente diurnos:
Esperando pachorrentamente
O átimo conciso
Para que me induzam
A ir á sua arena do sodômico
Feitiço.
Porém,
Para meu próprio espanto,
Suplanto-os a todos os meus endógenos inimigos indômitos:
Contemplo-lhes impávida e destrutivamente
O fundo dos olhos que destilam
O veneno pérfido da naja
--- Mortífera! Mortífera! ---
E com o êxito,
Uma sucessão
De vagalhões de êxtase
Acomete-me e me transmuda
Em altaneiro arvoredo,
Tsunami de néons, orvalhos
E perpétuas neves do nirvana
Fazendo aflorar-me
Na soturna face
A quietude, a fleuma,
O saber caminhar e atravessar a difícil embocadura
Que não me deixa cair no abismo do ermo
E me leva direto ao lendário reino
Onde mora a benfazeja sabedoria de Buda.
Ah, não mais que subitamente,
Acordo deitado no chão da varanda
E debruço meu olhar sobre o sol
Além das nuvens guarnecendo o céu,
Além da cadente chuva:
Aí, deslindo o segredo
Para me manter imune
Ao inexorável poder
Da sua chama voraz
A arder frações opulentas da vida
Em molde de onipotentes rochedos
Á natureza da indissoluta sílica.
Posso drapejar sem comedimento,
Mas sinto ânsias de remorso
Por estar sobre o senhor dos píncaros
Da infinita felicidade insubmissa, arredia;
Enquanto a maciça maioria
Fica ao jugo do malsão sabor
Do interminável oceano de esquizofrenia,
Tornando pensantes vidas
Em miserandos chapados, cativos da larica
Da mortuária alegria.
Embora tente contumazmente
Alertá-los, fazê-los,
De todas as maneiras
filhas da poção da dinâmica
Da dialética lógica, sempre perfeita,
Enxergar a emancipadora centelha,
Eles, enleados nas malhas
Do engenhoso sortilégio maléfico,
Confinam a sua visão em lentes
Herméticas do desdém.
Afinal,
Sob o efeito desta tétrica epifania,
Decido voltar á arena
Do malévolo feitiço
A fim de me entregar,
Espontaneamente,
A meus dianhos,
Eternamente famintos:
Loucos para devorar-me
A suculenta ruína do idealismo.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
ESPERANÇA.
Abra as janelas,
Puxe as cortinas,
Veja o que há,
Por trás das retinas,
Reflita quando a lua grita,
Vê que o sol aparece,
Explodindo reações,
Brasas aparecem,
Liberdade,emoções,
Caminhe na praia,
Escreva na areia,
Diga não às amarguras profundas,
Não deixe passar despercebido,
Um dia de sol,um dia de chuva,
Uma noite de luar e estrelas,
Ou uma noite vazia e fria,
Deixa o sol nascer,
Deixa o sol entrar,
Não morra assim,
Como num dia triste.
Enredos do Meu Povo Simples
Lendo os enredos
Do meu povo que é tão simples
Ouvindo histórias
E seus nobres contadores
Eu vejo estradas construídas
Na minh'alma
Por onde passa o mundo inteiro por ali
São retirantes, seresteiros, viandantes
E cada qual com sua história pra contar
Eu abro as portas
Da minha alma pra que eles
Nos surpreendam
Com seu jeito de falar
São tradutores
Dos sentimentos do mundo
Bem aventuram
Que não sabe aonde chegar
Constroem pontes de palavras
Pra que volte
Quem está perdido
Sem saber como voltar
São artesãos
Que tecem fios de histórias
Que nos costuram numa mesma direção
Enredos simples, rebordados de violas
Canções antigas pra alegrar o coração
Ê viola violando livre
Viola vibrando triste
Nas cordas do coração
Ê poetas, portões do mundo
Por onde Deus acha o rumo
Pra tocar meu coração
Ê retalhos de vida e morte
Poetas que escrevem forte
A história que somos nós
Fogão de Lenha
Espere minha mãe estou voltando
Que falta faz pra mim um beijo seu
O orvalho da manhã cobrindo as flores
E um raio de luar que era tão meu
O sonho de grandeza, ó mãe querida
Um dia separou você e eu
Queria tanto ser alguém na vida
Apenas sou mais um que se perdeu
Pegue a viola e a sanfona que eu tocava
Deixe um bule de café em cima do fogão
Fogão de lenha deixe a rede na varanda
Arrume tudo mãe querida, que seu filho vai voltar
Mãe eu lembro tanto a nossa casa
As coisas que falou quando eu saí
Lembro do meu pai que ficou triste
E nunca mais cantou depois que eu parti
Hoje eu já sei, ó mãe querida
Nas lições da vida eu aprendi
O que eu vim procurar aqui distante
Eu sempre tive tudo e tudo está aí
Parte-se em mim qualquer coisa. O vermelho anoiteceu. Senti demais para poder continuar a sentir. Esgotou-se-me a alma, ficou só um eco dentro de mim.
Sinto na minha cabeça a velocidade do giro da terra, e todos os países e todas as pessoas giram dentro de mim.
E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta, porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta, e nada que se pareça com isto devia ser o sentida da vida...
Fúria fria do destino, intersecção te tudo, confusão das coisas com as susas causas e os seus efeitos, consequência de ter corpo e alma, e o som da chuva chega até eu ser, e é escuro.
Começo a ler, mas cansa-me o que inda não li.
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo.
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
NÃO IMPORTA O QUE DIGAM, FAÇA O QUE ACHAR QUE DEVE FAZER.
NÃO MARTIRIZE-SE PELO FEITO ERRADO. AGORA, TENTE O CERTO.