Depoimento de agradecimento

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Talvez a Loucura, seja a melhor maneira de encarar a realidade.

Se há muito sofrimento, também há sempre alegria e vice-versa. Até estas lindas flores algum dia irão murchar e todas as coisas vivas deste mundo não param nem por um momento. Estão sempre se movendo e mudando, esse é o maior prazer existente, a vida das pessoas é igual.

Mas, se a morte certa espera por todos, não é a tristeza que deveria controlar a vida de todos? Enquanto se vive, não importa quantas vezes tente se alivar do sofrimento, ou quantas vezes buscam por amor e alegria e, a morte sempre acaba com tudo. Se é assim, para que um homem nasce? Não podemos fingir que não existe a morte, completa e eterna.

Apenas não se esqueça de uma coisa:

A morte não é o fim de tudo, a morte é o passo que leva à vida seguinte. A morte não é algo definitivo. No passado todos aqueles que nasceram neste mundo, mas foram chamados de santos, todos puderam superar a morte, se entender isso se tornará o homem mais perto de Deus.

As flores nascem e depois murcham... as estrelas brilham, mas algum dia se extinguem.... comparado com isso, a vida do homem não é nada mais do que um simples piscar de olhos, um breve momento. Nesse pouco tempo, as pessoas nascem, riem, choram, lutam, são feridas, sentem alegria, tristeza, odeiam alguém, amam alguém.

Tudo isso em um só momento.

O astronauta (Vinícius e Baden Powell)

Quando me pergunto
Se você existe mesmo, amor
Entro logo em órbita
No espaço de mim mesmo amor
Será que por acaso, a flor sabe que é flor
E a estrela Vênus sabe ao menos
Porque brilha mais bonita, amor
O astronauta ao menos
Viu que a terra é toda azul, amor
Isso é bom saber
Porque é bom morar no azul, amor
Mas você, sei lá
Você é uma mulher
Sim, você é linda porque é

"Nada acontece duas vezes da mesma maneira."

- As Crônicas de Nárnia

Choro!

Sem ninguém perceber
Pois é choro da alma
Que ninguém pode ver

Choro!

Por não estar com você
Por sofro por ti
Sem ninguém perceber

Choro!

Não por você
Mas por aquilo que sinto
Sem você perceber

Choro!

Não por causa de dor
Mas choro por algo
Que alguns chamam de amor...

A Morte, que da vida o nó desata,
os nós, que dá o Amor, cortar quisera
na Ausência, que é contra ele espada fera,
e com o Tempo, que tudo desbarata.

E eu me arrependi de ter olhado teu sorriso
Quando eu olhei eu me senti no paraíso
Quando eu vi em ti, tudo o que eu mais preciso

Natal

Que é o Natal senão um misto de amizade e amor.
Amor repartido pela família, pelos amigos, por todos aqueles que estão connosco, em todos os momentos da nossa vida, bons e maus, que se regozijam com a nossa felicidade e se entristecem com a nossa desventura.
Em suma Natal é amor, carinho e também tristeza pelo sentimento de perda, ausência de entes queridos falecidos.
Amor e dor que nos transportam à alegria e às lágrimas, à antítese da vida.
Vivamos pois rodeados de quem nos faz feliz e afastados dos espíritos cruéis.
Urge reproduzir o espírito de Natal aos outros 11 meses do ano e erradicar a pobreza e a guerra, senão a bélica, pelo menos a guerra interior dos nossos corações.
Feliz Natal!

RECEITA DE MULHER

As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como o âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Felicidade

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada:
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim : mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Desde que conheci você
sinto como se estivesse andando
com pequenas asas nos meus
sapatos
como se meu estômago estivesse
cheio de borboletas

Vive de tal forma que deixes pegadas luminosas no caminho percorrido, como estrelas apontando o rumo da felicidade e não deixes ninguém afastar-se de ti sem que leve um traço de bondade, ou um sinal de paz da tua vida.

Eu te peço perdão por te amar de repente.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho de poema de Vinicius de Moraes.

Ciume é prova de insegurança pessoal

O sorriso do irreparável gelou-me de novo. E eu compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse sorriso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.

O que nos encanta no outro é o que ele nos consegue fazer enxergar em nós mesmos!

Se existe magia em lutar além dos limites da resistência, esta é a mágica de arriscar tudo por um sonho que ninguém enxerga, só você.

Menina de Ouro

Nota: Retirado do Filme "Menina de Ouro"

Que bobagem falar que é nas grandes ocasiões que se conhece os amigos! Nas grandes ocasiões é que não faltam amigos. Principalmente neste Brasil de coração mole e escorrendo. E a compaixão, a piedade, a pena se confundem com amizade. Por isso tenho horror das grandes ocasiões. Prefiro as quartas-feiras.

Só vemos as consequências quando elas estão diante dos nossos narizes.

Afastai para longe de mim a dupla obscuridade na qual nasci: o pecado e a ignorância.