Os livros têm-me servido menos de instrução que de exercício.
É tão fácil sentir a felicidade como é difícil defini-la.
É a cinza dos mortos que cria a pátria.
Há mentiras que são enobrecidas e autorizadas pela civilidade.
O homem de juízo aproveita, o tolo desaproveita a experiência própria.
A vaidade de muita ciência é prova de pouco saber.
Apenas o silêncio é grande, tudo o mais é debilidade.
No mundo, apenas há duas maneiras de subirmos, ou graças à nossa habilidade, ou mediante a imbecilidade dos outros.
É judiciosa a economia de palavras, tempo e dinheiro.
O egoísmo e o ódio têm uma só pátria. A fraternidade não a tem.
A atividade enriquece mais do que a prudência.
Podemos reunir todas as virtudes, mas não acumular todos os vícios.
Quase ninguém se apercebe, por si próprio, do mérito de outra pessoa.
Os homens impulsionam os negócios e os negócios arrastam os homens.
Os bens que a virtude não dá ou não preserva são de pouca duração.
Os homens não são importantes. O que conta é quem os comanda.
Ninguém quer passar por tolo, antes prefere parecer velhaco.
O mal que podem fazer os maus livros só é corrigido pelos bons; os inconvenientes das luzes são evitados por luzes de um grau mais elevado.
A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.
Estou farto de museus, cemitérios de arte.