Demência
A cada vez que teu coração
se deixa dominar
Por um momento qualquer
de loucura ou demência
E você age
sem pensar nas consequências
Por estar enxergando miragens
Aguarde o Mar voltar
E nessa volta não haverá de vir nada
Além de uma indomável
Enxurrada de razão
Que há de lhe jogar ao chão
Ou quem sabe até
Num precipício
de onde eu te garanto
Vai ser muito difícil voltar
Portanto
Procure sempre refletir um pouco
Um segundo antes
de agir feito um louco.
Desejo
Desejo com loucura sua boca
dentro da minha numa febril procura....
Desejo com demência o seu corpo
colado ao meu num incessante vai e vem...
Desejo insanamente suas mãos
buscando tirar de mim suspiros de prazer...
Desejo irrefletidamente seus olhos dentro dos meus
roubando o sentimento mais profundamente escondido...
Desejo absurdamente sua voz
acariciando meus ouvidos com suas palavras às vezes obscenas...
Desejo imprudentemente, a maciez de teus cabelos, embaralhado aos meus...
Desejo extravagantemente suas pernas sobre as minhas,
prendendo-me ao seu lado...
Desejo doidamente seus suspiros saindo de você tão espontaneamente... envolvendo-nos num elo de afeto...
em seguida paixão...
REPENTE MALUCO
Sidney Santos
Poetas peço licença
Por não saber versar
Mas minha demência
Autoriza-me a cantar
Canto as delícias do amor
As rosas pra namorada
O riso do cantador
Nos braços da sua amada
Canto a criança que brinca
E delira com seu feito
Um, dois, quatro ou trinca
Tabuada sem preconceito
Canto o pássaro que voa
Sobre um lindo jardim de flores
Trazendo a vida à toa
Num arco-íris de cores
E no final desse repente
Escrevendo no céu a giz
Mostrando a toda gente
Meu nome – Louco Feliz!
Só vale a pena para "ele/ela" ter a síndrome adquirida e a demência do ser racista se ocorrer alguma vantagem nisto, mesmo que seja no ego ich e nas oportunidades chaves.
Minha saudade tem algum tipo de desarranjo mental, uma demência clássica que me faz ligar só para ouvir a tua voz dizendo: "Alô, quem fala?"
A demência atinge um ponto tão incomum que o homem destrói a própria vida pra satisfazer a vontade de outro.
Segunda-feira, tens um gosto amargo de demência, bonita também, eu diria, sem nenhum espetáculo, pela primeira vez estava tão distante...de ser boa.
Não sei definitivamente inventar estórias. Acho que meu estilo de escrever é meio vago, vesgo, cego. É dançar a caneta no papel e rabiscar a folha com palavras inúteis. É escrever sobre um cotidiano que não existe. É escrever simplesmente o óbvio. Por mais clichê que possa parecer, escrevo o que eu acho que é verdade, e o que eu acho que é mentira. Tenho preguiça de revisar acontecimentos concretos. Tenho fome de escrever bobagem.
Alma Em Voo
É o cúmulo da insensatez
A demência das escrituras
Tal qual uma ninhada de cães
Numa noite de vigília
O mundo anda cambaleante
Com suas torrentes esgotadas.
Eu sou um raio de luz
O real e o irreal
Massa voraz
Repleta de sofismas mágicos
Sou uma engenhosa metáfora
Nas gavetas do meu cérebro
Os dias são trêmulos
Como novas paixões
Ou como um teatro ácido
Ou as ruínas das Civilizações.
Os elétrons fogem
Com o vento furioso
Estou plena de seiva
Povoada por claras estrelas
Que agem tal audazes estupefacientes
A magia da linguagem
Se faz tão antiga
Como as trevas milenares
Desejo a música
Antes de qualquer coisa
Desafio às estrelas
Com seus jatos violentos
Em ondas cósmicas
Os negros fantasmas
Reproduzem as moléculas
A tarefa sagrada
E o vento crispado
Me faz pensar
Que a ação não é a vida
A revolução dos meios
A suprema simplicidade
Virá com a marcha dos tempos.
Abra caminhos para uma nova consciência
Não tem coerência essa sua demência
Em ver o bem como uma forma de imprudência
Reciprocidade é sabedoria
Só a tem se você cria
Á água que se dá é o amor
Limpa a alma e tira o odor dessas coisas sem valor
O alimento é a paciência
Que nutre uma sapiência que não exige sentença
Brilha sem querer ofuscar
Ofusca-se sem querer desaguar
A todo dia se nasce um olhar
A todo dia é oportuno querer ajudar
Silêncio...
Aos poucos,
a demência toma conta dos homens
e o vento, empurra o fogo
que se alastra rapidamente
para onde há secura de tudo.
O vazio,
virou um espaço nobre
e as demonstrações de ódio,
não se calam ao longo dos dias.
A intolerância,
esmaga os mais fracos
e enterra em covas rasas,
os sonhos mais ousados,
antes, tão bem guardados.
O silêncio,
morreu sufocado,
não conseguiu se manifestar,
faltou coragem para gritar.
by/erotildes vittoria
Sou o resultado final da correlação existente entre este mundo de demência contemporâneo, ao qual e que aos olhos dos outros poderei estar incluso, e a maior ou menor sensibilidade por mim experimentada, na mais original e autêntica forma de o interpretar.