Demais
Quando a gente engole demais,as vezes é preciso vomitar,pois é isto mesmo q acontece com aquele q é ganancioso demais.
As pessoas se dizendo evoluídas ou diferentes ou não iguais as demais.
Mas acometidas pelo Alzheimer: Percebem a não sutileza ?
Eu não aceito, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que me incomode. Eu me amo demais e me respeito.
Eu não queria te deixar escorrer por entre meus dedos, mas você tem ficado líquido demais para eu conseguir te agarrar, e mesmo que eu faça uma concha nas mãos, não vou conseguir te segurar por inteiro. E se não é por inteiro, não é nada.
Eu muitas vezes falo demais,choro demais,acredito demais..sou intensa em tudo que faço.
Cada dia que passa é um dia a menos,então cabe a mim correr pra dar "aquele" tempo que tanto preciso
Talvez eu tenha sido ousada demais,sonhado demais com algo concreto.
Pelo menos caiu a ficha que minha realidade é virtual..até quando alguém arrebatar pra si o meu melhor.
Esperar as vezes pode se cansativo quanto correr,quando se espera demais.Mas esperar pacientemente é preciso.
Motivos
Motivos demais, ou motivos de menos?
Motivos demais para se sentir mal
motivos de menos para viver.
Eu falei para ela: a sua companhia é mágica e envolvente demais para ser apenas um sentimento bobo. Desde o instante que penso lhe encontrar eu fico feliz, porque sei que juntos teremos um momento incrível, de grande envolvimento e de pura sintonia e amor.
Tenho uma ternura infindável, por um certo bem querer, não que não queiras as demais, mais ela tem as outras dentro de si mesmo.
“As escolas visam demais a ensinar aos alunos o que contém a mente dos outros e muito pouco a treiná-los a descobrir a capacidade de sua própria mente”.
Não me acho inteligente, muito menos um grande filósofo, ainda acho as minhas perguntas rasas demais para a complexidade da existência. O absurdo de viver dado o mérito a uma divindade, só penso o quão limitada é a mente de pessoas que adotam essa idéia preguiçosa intelectualmente.
Cordel: a seca...
um Apocalipse no sertão
O agricultor sofre demais
Com a seca no sertão
Essa dura realidade
É de partir o coração
A seca ta acabando tudo
E todo ano é assim
Sai esturricando o verde
Parecendo não ter fim
É grande a minha tristeza
Quando eu olho pro sertão
Vendo a chuva tão distante
E o sol rachando o chão
Aí eu me ajoelho e rezo
Pra Jesus nos ajudar
E lhe peço humildemente
Que mande chuva para cá
Pois o meu gado está morrendo
E eu não sei o que fazer
Minhas cabras e bacourinhos
Eu vendi pra não morrer
Na varanda lá de casa
Ainda me lembro com tristeza
Do roçado e os pés de frutas
Destruídos pela seca
Antigamente a gente tinha
Os nossos porcos no chiqueiro
Na lavoura era fartura
Tinhamos até um galinheiro
Das nossas vacas vinham o leite
Pra fazer queijo e coalhada
Manteiga da terra e escaldado
Além do doce e a nata
No nosso plantio tinha batata
Melancia e melão
Macaxeira e milho verde
Jerimum e o feijão
Lá na horta tinha tomate
Batatinha e cenoura
coentro e berinjela
Pimentão, alho e cebola
Nas noites de lua cheia
A gente sempre ia caçar
Voltávamos com uma fartura
De peba, mocó e préa
A gente criava Guiné
Patos, jumentos e uns touros
Ovelhas, cabritos de raça
Uns 4 cachorros e 1 poldo
E nas noites de São João
Comíamos milho e beju
Tapioca molhada no coco
Canjica, pamonha e angú
Essas lembranças do passado
Eu recordo com emoção
Da felicidade que um dia
Eu vivi no meu sertão
Esse sertão já foi motivo
De muita felicidade
Hoje tudo se acabou-se
Só restou mesmo a saudade
Ainda recordo com alegria
os bons tempos de abundância
A chuva caindo no chão
Nos enchendo de esperança
Só que aqui no meu sertão
Onde tudo era fartura
Não se ver mas mata verde
É só tristeza e amargura
Morreram todos os pés de frutas
Os de manga, os de caju
De acerola e às bananeiras
As laranjeiras e os de embu
A seca é tão devastadora
Que os peixes morreram tudo
Tucunaré e a tilapia
Não escapou nem o cascudo
Essa seca é muito árdua
Que eu nunca vi ser tão cruel
Às abelhas foram embora
E acabou com nosso mel
Às plantações se acabaram
Com a seca repentina
No sertão não sobrou nada
Nem mesmo o galo de campina
Os pardais foram embora
Em busca de sobrevivência
Arribaçãm pegou o beco
E o urubu pediu clemência
Não existe mas açudes
Nem barreiros e nem cacimbas
A falta de chuva é grande
Que o verde virou caatinga
O plantio de algodão
Ficaram secos e não tem mais
Nenhum pezinho de palmatória
Para dar aos animais
Essa seca tão cruel
Está tirando a alegria
E os sonhos do sertanejo
Que trabalha noite e dia
Toda manhã quando eu acordo
Eu não sei como dizer
a minha esposa e a meus filhos
Que não tem mas o que comer
Viver dessa maneira
Me corta o coração
Essa seca desgraçada
Tá acabando com o sertão
Eu imploro ao meu jesus
Um homem santo e salvador
Que ajude o sertão
Que a seca esturricou
Pois o sertão está sem água
Sem trabalho e sem comer
O sertanejo ta abandonado
E a tendência é morrer
Mas o sertanejo é teimoso
E tem muita fé no coração
Ele morre de fome e sede
Mas não abandona o sertão
Mas logo logo, a chuva chega
E eu sei que ela vai
Acabar com o sofrimento
Do sertanejo e dos animais
E quando a chuva aqui chegar
Eu vou ter que conseguir
Começar tudo de novo
E o meu sertão reconstruir.