Delírios
DIA DE FINADOS
Mistérios...
Mistérios indesvendáveis da (não) vida
Na irrecusável partida, daqueles cujos delírios chegam ao infinito.
O amor,
De todos, o mais belo, transmutado em saudades
Num vazio que se enche de lágrimas que são, irremediavelmente,
Tudo o que restou.
Nunca pensei na Playboy como referencia para o estereótipo da mulher perfeita. Talvez minha preferencia pessoa seja diferente ou o imaginário coletivo tenha deturpado o consenso comum, mas se tivesse que pontuar a origem de meus delírios românticos sobre a mulher perfeita colocaria a culpa na Disney e seus personagens femininos dotados de ingenuidade, delicadeza, inteligência e beleza.
O veneno das minhas ironias...
Hás-de beber entre suas lágrimas vazias...
E hás-de encontrar-me em teu surpreso olhar...
A minha face fria...
O meu prazer de outrora...
Emigrou...
Partiu...
Não mais está com você...
Podes te dar por pago...
Que este é o preço da vida e todo o seu valor...
Amei-te em dolorosos delírios...
Mas já nada sinto...
Nada restou...
Que seja sonho apenas a esperança...
Agora eu bebo a vida a longos tragos...
Sigo meu feliz caminho...
Deixo-te como sempre quis...
Sozinho...
Sandro Paschoal Nogueira
“Anoiteceu e o mundo se silenciou. Agora somos só eu e você frente a frente em uma imensidão de infinitas cores.
E nessa imensidão toda criada só por nós, eu fico a te olhar. Meus olhos te fita ao mesmo tempo que o meu corpo te deseja... E de repente me pego a te tocar, minhas mãos anseia por ti e por não aguentar estar frente a frente com você nessa imensidão toda, ela dá um passo à frente e começa a deslizar por um caminho que ela sabe que não tem volta.
E enquanto ela se desliza sobre o seu corpo quente e nú, só consigo ouvir o som da sua respiração entrelaçado com as batidas do meu coração e nesse momento já não sei mais se é amor ou se é apenas mais um delírio em meio a uma imensidão de infinitas cores.”
Quatro Momentos
No primeiro momento, viajo através do tempo e espaço e vejo o nosso existir,
No segundo momento, mergulho no círculo vicioso das diferentes sensações e delírios,
No terceiro momento, insisto em dizer ao meu corpo e mente que tudo é real, então eu me aproximo da luz forte do Sol e ela não queima,
No quarto momento, percebo que a minha sanidade continua firme, porém o meu mundo permanece vagando em órbitas diferentes.
#AMOR #BANDIDO
No fim do rio e início do mar...
O caminho foi esse...
Quando o céu se fez mais bonito...
Eu o encontrei por lá...
Há muita chama no amor bandido...
Não pensamos no que passamos ou no que se passará...
Vivendo a vida de um bandido...
Até o dia que morrer...
Só Deus é que pode saber...
Homem sem juízo...
Que não tem pena de mim...
Tanto me faz sofrer...
Por esse amor sem fim...
Me enganei...
Achei que ia ser diferente...
Cai em sua armadilha...
Presa em seu jogo...
Dizer-lhe não, não me atrevo...
Nunca vi tanta maldade...
Seus abraços...
Minha prisão...
Minha loucura...
Perdição...
Não fique longe de mim...
Não me deixe na solidão...
Diga sim ao meu carinho...
Acolhe meu coração...
Seu toque secreto...
Atiça meus desejos...
Tão bom sentir o calor de seu corpo junto ao meu...
És o meu bem-querer...
És meu bem e meu mal...
Basta me olhar assim...
Que me entrego afinal...
Brincas com meu corpo...
Se diverte com minha alma...
Em nada me importa...
Em cada pedaço do meu ser...
Em delírios...
Viola-me...
Sempre terá de mim o que quiser...
Seu cheiro é tão bom...
Exala sedução...
Tem poder...
Ah... essas suas mãos...
Na proporção em que as estrelas escalam o céu noturno...
Serei sempre sua...
Enquanto o mundo for mundo...
Já não sei mais o que fazer...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Chega mais perto, pode se aproximar.
Chega bem manso, mas sem me acalmar.
Não me faça dormir, mas também não me faça acordar.
Quero viver este sonho como se não houvesse amanhã.
Mas se o amanhã nem existe, então pra que me preocupar?
Chega com tudo, mas sem me machucar.
E tenha cuidado, eu posso revidar.
Não me faça perder tempo, eu odeio me atrasar.
Não me diga o que fazer, não costumo obedecer.
Olhe fundo nos meus olhos e tenta me reconhecer.
Respeite o meu choro, pois eu honro a minha dor.
Aceite os meus defeitos, pois por eles, sou quem sou.
Entenda o meu delírio e entre no meu jogo.
Mas não brinque comigo, pois eu posso te fazer de bobo.
Me dê muito carinho e me faça rir.
Beije cada pedacinho. Venha, pode invadir.
Voe bem alto e me leve pra outra dimensão.
Não me deixe cair, pois já é teu meu coração.
E nessa incrível montanha russa que é a vida, eu prometo segurar na sua mão.
Seria possível?
éramos como dia e noite
éramos como verão e inverno
mas há quem diga que não há uma ligação
Como assim?
sem a noite, o aurora não seria tão belo
e, somente o calor, tornaria isso num inferno
nem um pouco a mais, nem um pouco a menos
Sim, é possível!
Quem é você? Se não a construção de sua própria história, com seus sucessos e fracassos, sem esquecer, claro, o anonimato de muitos na sua própria mediocridade. Você poderia até dizer, que sua história seria diferente em outro contexto, numa realidade mas pomposa e comoda, mas na realidade já não seria mais você, seria qualquer coisa, menos você. Você só é, só existe por que foi construido pela sua própria história, sem ela não existiria você, e quando morrer e a sua história ser esquecida, deixarás de existir até para outros.
Somos efêmeros por natureza, como os vegetais e às flores que secam, assim como animais que um dia se tornam carniças e adubos para os próprios vegetais e flores que renascem. Somos só corpos? Sangue, carne, sentimentos e desejos? Se só isso transpira em mim, nada sou em breve, mas se ao silenciar e observar que realmente nada sou, já deste o primeiro passo para eternidade onde tudo é o 'Eu Sou'.
A religião tem o objetivo de tornar seus seguidores impotentes e totalmente dependentes, para dominá-los pela culpa dos pecados e pelo terror do inferno.
Entorpecer
E vieste melhor que nos sonhos
resplandecente, esplêndido
deslumbrantemente sedutor.
Seria delírio ou simples querer
de um breve entorpecer?
Mas quando desadormeci
o encantamento se quebrou
e o deus vertiginosamente
se dispersou. Nem sobejos ficou.
Umbelina Marçal Gadelha
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