Delírio dos Loucos
Nós somos todos loucos, toda esta raça maldita. Estamos envolvidos em ilusões, delírios, confusões, estamos todos loucos e em confinamento solitário.
Delírio puro
quanto mais louco
lúcido estou.
no fundo do poço que me banho
tem uma claridade que me namora
toda vez que eu vou ao fundo
me confundo quando boio
me conformo quando nado
me convenço quando afundo.
no fim do fundo
eu te amo.
Louco (Hora de Delírio)
Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
Aproxima-se mais à essência etérea.
Achou pequeno o cérebro que o tinha:
Suas idéias não cabiam nele;
Seu corpo é que lutou contra sua alma,
E nessa luta foi vencido aquele,
Foi uma repulsão de dois contrários:
Foi um duelo, na verdade, insano:
Foi um choque de agentes poderosos:
Foi o divino a combater com o humano.
Agora está mais livre. Algum atilho
Soltou-se-lhe o nó da inteligência;
Quebrou-se o anel dessa prisão de carne,
Entrou agora em sua própria essência.
Agora é mais espírito que corpo:
Agora é mais um ente lá de cima;
É mais, é mais que um homem vão de barro:
É um anjo de Deus, que Deus anima.
Agora, sim — o espírito mais livre
Pode subir às regiões supernas:
Pode, ao descer, anunciar aos homens
As palavras de Deus, também eternas.
E vós, almas terrenas, que a matéria
Os sufocou ou reduziu a pouco,
Não lhe entendeis, por isso, as frases santas.
E zombando o chamais, portanto: - um louco!
Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre.
Aproxima-se mais à essência etérea.
"... poesia pra mim é a loucura das palavras, é o delírio verbal, a ressonância das letras e o ilogismo.
Sempre achei que atrás da voz dos poetas moram crianças, bêbados, psicóticos. Sem eles a linguagem
seria mesmal. (...) Prefiro escrever o desanormal."
(em "Ensaios fotográficos". 2000, p. 63.)
Amor Ingrato
No delírio de te amar,
percebi a loucura de te querer,
a obsessão de me pertencer.
O amor me consumia, sem eu perceber.
Ai que doçura, ai que loucura.
Amor complicado, amor enrolado.
Amor só meu, pois tu nada sentes por mim.
Delírio de um louco apaixonado.
Sem saber o que fazer,
busco solução pra um problema sem fim.
Amor que busco expressar,
amor que busco entender,
mas nada e claro pra mim
Se ela aceitasse aquelas lindas flores
que com amor irei te dar,
flores vermelhas da paixão,
loucura minha entregar meu coração.
Pois tudo que a faço só me dar desilusão,
não quer ser meu amor,
muito menos minha paixão,
ai que triste toda esta ingratidão.
Tenho que voltar pro meu mundo,
sem ninguém pra me amar,
mundo meu que adoro sonhar,
acordado ou dormindo,
um dia este sonho vai se realizar.
Compartilharei todos meus delírios com os que se dizem sãos, para que possam apontar minhas loucuras e eu me divertir com as deles.
Toca-me... faz-me voar
Leva-me ao delírio
Loucura?
Sim!
Quero ser louca
E
Arder no prazer
Da magia da noite
Sem amanhecer...
AMOR COMO SOL DE VERÃO
Autora: Profª Lourdes Duarte
Pode ser delírio ou até loucura
Esse sentimento que me atordoa e mexe com meu ser
Contudo, só sei que o sangue ferve nas veias
Num simples toque de carícias das tuas mãos
Ou no teu jeito simples e avassalador de me olhar.
Contigo o céu fica mais azul e o verde mais vibrante
Como sol de verão, ardendo em brasas
A sinfonia dos pássaros fica muito mais harmoniosa
Comparando as batidas descompassadas do meu coração
A pulsar descontrolado por ti.
Como um fanatismo ou amor ardente,
Atordoando minha alma e meu coração
Sinto, que entre nós há uma forte ligação espiritual,
Um amor que transcende o infinito
Um amor que arde como sol de verão.
Talvez chame loucura
essa minha mania de voar entre estrelas...
A cada delírio um universo de possibilidades para tentar me trazer de volta pra Mim
Ei...
Ouça minha voz!
É comigo que falo.. é pra Mim que canto!
Essa loucura de ser duas
LOUCURA DA CRIAÇÃO
Musa que me visita.
Em noites de desencanto,
Serás apenas o delírio
De um psiquismo doente?
Tu que despertas em mim
Emoções sempre novas
E me descortinas
Horizontes nunca vistos;
Tu que és os óculos coloridos
Através do qual eu vejo a vida;
Tu que és amor, saudade e pranto,
Serás apenas o produto
De um elemento da mente
Semelhante à mescalina?
Acaso não serei nada, nem ninguém,
Senão sangue, nervos e pó?
Não terei em mim uma alma,
Que anseia, ama e lamenta,
Que é o sopro do Criador?
Ou não existe Deus nem nada
E não serei poeta,
Mas apenas louca?!...
FUGINDO DE MIM MESMA...
DOS MEUS DELÍRIOS,
DOS MEUS DESEJOS,
DAS MINHAS LOUCURAS,
DOS MEUS SONHOS INQUIETOS,
DO MEU DESASSOSSEGO,
E POR FIM,
FUGINDO DA ANGÚSTIA QUE ASSOLA O MEU CORAÇÃO
QUANDO PENSO EM VOCÊ!
Nós
Somos iguais
Sonhamos os mesmos sonhos
Deliramos as mesmas loucuras
Ocupamos o mesmo universo!
Você é meu verso
Eu sua estrofe
Nós, somos poesia.
Me encaixo em ti
Tu me preenches
Imensamente
Plenamente.
Seus braços, meu descanso
Teu acalento, meu colo
Dançamos a dança da intimidade do tempo
E nada precisa ser dito
Nada a explicar
nada mais a entender.
Aceitamos nossa verdade
Tu e eu. Nós.
Eternidade.
Só entendemos a loucura quando nos tornamos os protagonistas de uma paixão, vivemos um delírio e a alma busca abrigo e aconchego. Fica difícil impor limites, já não sou eu, somos nós e estamos em tão sublime sintonia que não depende só do meu querer, juntos e sem controle nos perdemos. A busca incansável pela sensação do toque que se dá por inteiro e sem reservas, fica o sussurro das palavras insanas no auge do prazer....., lentamente e no mesmo ritmo voltamos a realidade e já não está tão perto, fica apenas o respirar ofegante tentando se encontrar.
O meu pensar
Louco esquizofrênico é o meu pensar...
Pensar, delirar, desejar...
Devo acalmar meu pensar?
Devo apressar o meu agir?
Pense!
O tempo urge e o leão ruge
Pensamentos do velho Oscar
Poeta louco a delirar
O que espera o amanhã?
Uma forte turbulência
Um momento de inconsequência
Um avanço da ciência
Um simples gesto de amor
Amor que não envelhece
Aquele que até a alma se aquece
um lindo sorriso que enaltece
O começo meio e fim
Mas o que a vida espera de mim ?
Temos que ser um pouco louco, um pouco de tudo, um pouco delírante, em um punhado de fantasia,tocando a fragilidade e um “pouco de mais um pouco” para alcançar a alma que enlouquece.
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