Deixo Ir
Ira.
Amar é uma chama que queima tão intensamente que deixá-la só lhe tornaria cinzas, mas há coisas piores do que se tornar cinzas ...
Amor a chama de duas faces ódio e raiva, ira e tristezas, tudo e nada...
Saber amar, saber a hora de agir dizer que falhou, mas tentar, ou não tentar...
Amar é saber sobre o erro que compartilha e sobre o silêncio que definha quando estão juntos...
Amor não é algo bom muito menos ruim é algo que lhe fornece uma saída da solidão que lhe segue, mas saiba que esta faca se voltará contra você assim como outrora ...
Eu errei assim como vós, mas eu continuei...
Não "tentando", mas amando assim como a sombra do deserto, a repulsa e as ruínas do belo castelo...
Lhe amar fora um erro assim como um acerto...
Tristezas e felicidades as duas faces da mesma moeda que ainda repousa sobre minha mesa ao lado do anel vazio e empoeirado....
--Necessarius--
Aceitar é se superar a cada momento, a cada dia, é transpor barreiras que só o limite de cada um conhece.Aprendendo assim a exercitar o ato de deixar ir, deixar de ser, deixar de estar, deixar de fazer parte, e em deixando ir, tudo se torna mais fácil, mais suportável e não tão grande, tão forte, tão feio.
Faço do meu pensamento uma inspiração, Da força de vontade crio a esperança, e nas minhas metas disponho meu coração.
21-12-13
Eu te amei:
Eu te amei de todas as formas e maneiras possíveis. Dediquei-me de corpo e alma a te amar da forma mais pura. Te amei nas estações floridas da primavera, nos dias escaldantes do verão, nas folhas caídas do outono e nas noites frias do inverno. Te amei em cada adversidade, em cada momento de alegria, e até mesmo em sua partida, quando você despedaçou meu coração. Ainda assim, continuei te amando com cada fragmento partido.
Durante sete meses, lutei e chorei, preso em um ciclo interminável de dor e resistência, até perder a razão e deixar o coração falar por mim. Finalmente, fui até você e derramei a última gota de amor que restava em mim, mesmo sabendo que nada seria recíproco. Fui até o fim, não por esperança, mas por gratidão, por tudo que compartilhamos e, acima de tudo, pela misericórdia infinita de Deus, que caminhou conosco e nos deu a resposta que tanto ansiávamos para acalmar nossas almas.
Agora, devo seguir em frente, com o coração pesado, mas determinado a te deixar ir, mesmo que te deseje intensamente.
Hoje eu perdi uma das pessoas mais importante da minha vida, hoje uma parte de mim se foi, hoje essa pessoa levou aquilo de mais bonito que havia em mim (o amor).
Você sente um vazio enorme no peito, e vc não vê maneiras de como pode preenchê-lo. Você sabe que serão noites e noites pensando e repensando em todos os momentos que vocês passaram juntos.
Foram anos de convivência, além de namorados vocês foram melhores amigos, colegas, conselheiros, parceiros, ajudantes. Você acreditou que o para sempre fosse real, mas não foi.
Você tem que conviver com a dor de que o amor da sua vida se foi e não vai mais voltar, você sabe que ele se foi sem nem olhar para trás, você sabe que ele nunca mais te olhará com os mesmos olhos, com o mesmo carinho, com o mesmo amor, com a mesma cumplicidade. Mas mesmo assim você insiste em amá-lo.
Eu achei mais fácil deixar ir!
Ás vezes tudo que precisamos é entender que temos que deixar ir ; ou que se faz necessário liberar da nossa mente ; para que possamos prosseguir ! Mary Becker
Algumas situações desgastadas e soterradas estão bem debaixo do nosso nariz, esperando de nós somente uma postura de aceitação e desapego. Lembrando que os outros não são de nossa posse, de nossa propriedade e que no final das contas, quer queiramos ou não, cada um resolve o caminho que deseja seguir.
Soraya Rodrigues de Aragao
Livre
Andar, correr, voar
Partir ou decidir ficar.
A liberdade é um caminho sem volta....
Mais volta...
...Se escolher voltar
amor_in_versus
Decisões
Adiadas, postergadas, não tomadas.
Excluídas, desistidas, substituídas.
Insatisfeitas, não atendidas, decepcionadas.
Conectadas, sincronizadas, relacionadas.
Mais que um dia precisam ser tomadas.
Impossível uma vida em plenitude e satisfeita enquanto as decisões são adiadas.
Enquanto não fecharmos a porta para quem não nos escolheu, afastamos quem realmente valoriza nossa presença.
amor_in_versus
Uma das maiores dores do ser humano é, sem dúvidas, a de dizer adeus a alguém que amamos ou que, por muito tempo, foi o amor da nossa vida.
A nossa alma, embora machucada, ou cansada, ainda está conectada àquela energia, um tanto quanto desgastada e apagada, mas está. Quando decidimos romper o relacionamento, o rompimento se dá em todas as esferas possíveis. O choque é inevitável na área da memória do que foi bom, dos lugares por onde andaram e foram felizes... das comidas que dividiam, do cheiro, das conversas, de tudo o que compartilharam e, que, naquele exato segundo de tempo, fazia muito sentido. Milhares de fotos, vídeos, milhares de lembranças de um tempo bom em que tudo parecia que ia durar para sempre. Parece um desmembramento, um corte profundo, parece que leva um pedaço de você. E, de fato, leva.
Tudo, absolutamente tudo o que foi bom, faz falta. E como faz. O som da voz, o rosto, a velha camiseta em que você deitava a cabeça, e se pegava imaginando como seria o futuro entre ele e você. Embora, no final dos tempos, as imagens na sua cabeça fossem mais duvidosas e incertas, era bom estar naquele conhecido cantinho tão seu, quentinho e confortável.
Mas a vida muda. As pessoas mudam. Você muda. Os planos passam a não ter o encaixe perfeito. As discussões se tornam cansativas. A realidade fica pesada. E você já não acha tanta graça andar naquele jardim bonito de mãos dadas com seu amor... já não tem tantas expectativas sobre o futuro. As incertezas insistem em aparecer quando se olha no olho do outro. Para onde foi aquele casal tão perfeito e cheio de energia e esperanças de um futuro bom? Deu lugar a um casal desanimado, com medo de falar de planos, por medo de ver o quanto discordam e o quanto estão desconectados.
Se você já chegou no rompimento, sabe que, primeiro, teve de aceitar o peso da derrota. Teve de encarar que o futuro que desenhou na cabeça não iria nunca mais acontecer. Nem de verdade, nem em pensamentos. Os sinais já nos foram dados lá atrás, no passado, e agora tudo vem à tona, daquilo que você nunca quis enxergar. Este lugar é sombrio e frio. Você não sabe se sente culpa por não ter enxergado, ou se sente tristeza por não ter conseguido, ou se sente bem por ter, finalmente, percebido. E como é difícil a aceitação de ter que deixar ir. O cérebro nos leva para a lógica do desapego, mas o coração nos leva para o aconchego da ilusão. Será que não poderá, ainda, dar certo? Será que não tem mais chances?
Você pega a última esperança que existe, pega toda a força do ar que entra e sai de um suspiro, pega o que é de mais sagrado nas suas entranhas e profundezas e tenta mais uma vez, tenta consertar o que já tá quebrado, tenta sentir aquilo que sentia antes, tenta resgatar as boas memórias e ressuscitar a imagem errônea que você tinha do outro e do relacionamento. E aí, mais tarde, o choque da realidade é mais bruto do que o anterior. A briga se torna mais feia e mais desconexa, a vida fica sem total sentido. As dores aumentam a cada conversa, a cada palavra trocada. Dói ter que desistir, mas ficar parece que dói eternamente. Parece que doerá mais a cada dia.
Você percebe que chegou a hora de mudar. Aquele ciclo já se encerrou, e você se machuca demais tentando caber nele. Machuca o outro por não soltar. Você imagina os rostos dos parentes e conhecidos, assombrados com seu rompimento. Imagina aquele lado do guarda roupa vazio. E o seu coração mais vazio ainda. Imagina os sonhos daquela viagem junto indo embora, como uma nuvem que se dissipa no céu. Imagina a caminhada sozinha. Imagina ir à padaria sozinha. Imagina passar o final de semana inteiro sozinha. Imagina a sensação de abandono ao ir ao mercado e não ter ninguém para segurar a segunda sacola.
E, depois, você se dá conta de que você sobrevive, afinal, você precisa continuar respirando. Se dá conta de que existem milhares de pessoas se desconectando diariamente e que irão sobreviver também. Você se lembra de ter sobrevivido a isso uma vez, duas vezes ou mais. Se lembra de que ainda dá para ir à academia sozinha e cuidar de você, que dá para achar sentido em fazer o cabelo no salão, em fazer as unhas e colocar aquele vermelhão, que dá para ir ao cinema e gostar da pipoca e do filme. Você continua vivendo, de maneira diferente, mas continua vivendo. Você não entende por que, mas continua em frente.
Até que, lá na frente, com o homem certo, abraçada na chuva recebendo o melhor beijo do mundo, você obtém, finalmente, as respostas, e todas as vezes que você foi desconstruída, fazem total sentido, e o mundo poderia acabar ali. E o melhor de tudo é que ele não acaba.