Deixarei que Morra em Mim
Ver seu corpo, vindo até a mim,...na luz amena da noite de luar, perfeita, linda, bella mia, sobreposta uma alma a me olhar, luz bela, mi amore, dali não me aconteceria nada, só o seu amor, é como respirar um cheiro, que para até os pensamentos, ao te amar límpido e belo teu sorriso, ao me olhar com amor e carinho,...vou te dar, a vontade de você.
Em minha viagem emocional, escorrego em lágrimas e deságuo em pensamentos que nem a mim pertencem mais.
Passo com afiliação a mão em meu peito, com o corpo trêmulo repenso como vim de parar aqui nessa viagem sem rumo a emoções que passeiam dentro de mim.
No meio do cruzamento
Sinto muito, toda a tempestade
Já faz tempo que o meu canto se faz baixo
Escondido nos becos das paredes molhadas
Não consigo decidir, comprei cinzas no vento
Talvez um adeus nos resolvesse!
Mas continuo parado no meio do cruzamento
Ao fundo um caminhão se aproxima!
Vejo-o cada vez mais perto e não consigo decidir o nosso melhor rumo
Pode ser que o condutor, atento aos transeuntes nos perceba
Talvez nos leve para algum lugar pacífico
Sim, é real!
Sonhar nunca foi um erro. Atrever-se a conhecer o fundo do ser é uma dádiva
Mamã, nasci assim… Atrevido - Rebelde - Avassalador, fraco muitas vezes!
Já faz tempo que o meu canto se faz baixo, sempre que paro no meio do mesmo cruzamento
Em vão busco a saída segura, sabedor que toda saída implica dor
Cá, continuo, parado no meio do cruzamento esperando por mim!
Rodrigo Gael - Portugal
O que sobrou de mim
Queria tanto escrever
Um poema, esqueci
E agora!
Tudo foi embora,
Na hora tudo foi
Pro espaço.
No terraço fico
Catando os meus
Pedaços,
Que ficaram espalhados
No passado, no presente
Só ficou as dores de ser esquecidos.
Uma lágrima
Uma rima
Essa mania de escrever
As minhas dores,
Já que isso que sobrou de mim
Melhor de mim
Seja sua melhor versão a cada dia, não para que os outros percebam, mas para que diga a si mesma: estou orgulhosa de vc!
Cruel Narcisismo
Quem eu não sou mais
Eu não sou mais sozinha
Eu não sou mais só namorada
Eu não sou mais só noiva
Eu não sou mais solteira
Eu não sou mais independente
Eu não sou mais elogiada
Eu não sou mais admirada
Eu não sou mais valorizada
Eu não sou mais feliz
Eu não sou mais vaidosa
Eu não sou mais charmosa
Eu não sou mais esperançosa
Eu não sou mais sã
Eu não sou mais um ser existente
Eu não sou mais
Eu não sou
Eu não
Eu
Eu não sou mais Eu
Por dentro de mim
Tudo vive
Em meu mar.
Tantas rochas
Que causam dor.
Insanamente,
Rejeito a paz.
Esqueça-me, te peço.
Nada mais.
Livre alma,
Nesta prisão,
Pede vida
E clama o fim.
Sonhando amar,
Eternamente.
(Besouro Revirado)
Por que te amo?
Por que te amo tanto assim?
porque sim...
Foste feito pra mim...
côncavo, convexo...
prosa e verso...
frente e verso...
meu inverso...
todo o Universo...
começo sem fim..
Amo-te porque te amo...
Não ando pela vida com descuido.
Cuido bem onde coloco meu pé.
Procuro verdade e beleza...
Amo-te, porque em ti encontrei o que procuro.
Amo-te, porque não há pensamentos inquietos...
Amo-te... e fim
Sou apaixonada por mim, me acho uma mulher extraordinária, brabíssima, inteligente, cheirosa, engraçada, carinhosa, cuidadosa, parceira, leal, sábia, talentosa, altruísta, observadora, desconfiada e não tenho medo de que isso soe prepotente, aprender a me amar custou caro.
Nunca me disse não
Mas nunca me deu o sim que desejei
Quis transformar o não em sim
E me perdi de mim
Confundi expectativa com realidade
Saudade com talvez
De vez em quando com final feliz
Até não suportar mais o meu
Eterno autoengano
Até me obrigar a aceitar
Que não seria mais a sua escolha
Deus te deu a chance de um novo dia.
Então não desperdície e dê o seu melhor.
A vida sao para muitos, mas a chance, é para poucos!
Levante-se erga essa cabeça e seja melhor que tudo e todos! Confie em você, porque... Porque o criador, ele confia!
Eu sou o resultado de minhas escolhas, dos livros que li, e da sabedoria que extrai de cada página para moldar meu caminho.
MORRE DENTRO DE MIM
Se eu peço ao soneto dar-me felicidade
A este coração sofrente, sonso e servil
Prosa que sou infortunado, varrido, fútil
Ávido, inútil e cheio de inflada vaidade
Donde vem está falta de simplicidade
Está tua crueldade? mostra ser hostil
Nas entrelinhas és vil, dum saber sutil
No versejar, tosco, e sem a suavidade
A minha inspiração sussurrante, chora
Nos suspiros dentro da ilusão e, assim
Farto de sensação e lágrima, vem fora
Parece que a poética, só quer, querer
Ser, sem piedade morre dentro de mim
Só para sentir o sentimento esmaecer
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 junho, 2023, 20'43" – Araguari, MG
Parte de nós é o que queremos ser.
A outra parte é o que aceitamos ser. Aquilo que não conseguimos mudar.