Deixa a Paixao Fluir

Cerca de 24101 frases e pensamentos: Deixa a Paixao Fluir

Eu falo as mesmas coisas
Em diferentes formas
Falo de várias coisas
Usando as mesmas palavras
Fermento esses traços
Traço-me a cada forma
Degusto cada timbre
Descubro-me em cada nota

O compasso é requintado
Cada passo tem sua postura
Como o aço bem forjado
Há de ter uma boa cura
A alquimia das palavras
Nostalgia inquieta
Destilando seus deslumbros
Louca mania de poeta

Inserida por ReSsOoU

FELICIDADE



Refletiu pelas paredes de dentro do peito
Vibrante e iradiante luz
Psicotrópica
Emanou por todo corpo com afeto intenso
Como brilho cintilante de Sírius
Hipnótica
Um espectro vagante que transpassa o tempo
E nem que por um instante indus
Aclarar a óptica
És amante do viver desde as visitas no berço
Velha amiga exuberante, me conduz
Deusa poética

Inserida por ReSsOoU

O acordo era viver



O acordo era viver
Não importa o que ouvesse
O assombro foi esquecer
Como se missão não tivesse
Como se o acaso supusesse
Como se a canção falecesse

Em um submundo logo estavamos nós
Imersos no imundo espelho do algoz
No antro obscuro de uma selva feroz
Reflexos côncavos do lado tardoz


Mas lá no fundo algo ligava os nós
Como um fino fio alvo do seres sós
A chave mestra, a grande porta voz
Chuva maestra, fonte da grande foz

Inserida por ReSsOoU

O lenhador

Um lenhadô derribava
as árve, sem percisão,
e sempe a vó li dizia:
meu fio: tem dó das árve,
que as árve tem coração.


O lenhadô, num muchocho,
e rindo, cumo um sarvage,
dizia que os seus conseio
não passava de bobage.


Às vez, meu branco, o marvado,
acordano munto cedo,
pegava nu seu machado,
e levava o dia intero,
iscangaiano o arvoredo.


E a vó, supricano im vão,
sempe, sempe li dizia:
meu fio: tem dó das árve,
que as árve tem coração.


Numa minhã, o mardito,
inda mais bruto que os bruto,
sem fazê caso dos grito
da sua vó, que já tinha
mais de setenta janero,
botô nu chão um ingazero,
carregadinho de fruto.


Doutra feita o arrenegado
inda fez munto pió:
disgaiô a laranjera
da pobrezinha da vó,
uma véia laranjera,
donde ela tirô as frô
prá levá no seu vistido,
quando, virge, si casô,
há mais de cincuenta ano,
cum o difunto, o falicido.


E a vó, supricano im vão,
sempe, sempe li dizia:
meu fio: tem dó das árve,
que as árve tem coração.


Do lado do capinzá,
adonde pastava o gado,
tava um grande e véio ipê,
que o avô tinha prantado.


Despois de levá na roça
cuma inxada a iscavacá,
debaxo daquela sombra,
nas hora quente do dia,
vinha o véio discansá.


Se era noite de luá,
ali, num banco de pedra,
cuma viola cunversano,
o véio, já caducano,
rasgava o peito a cantá.


Apois, meu branco, o tinhoso,
o bruto, o mau, o tirano,
a fera disnaturada,
um dia jogô no chão
aquela árve sagrada,
que tinha mais de cem ano.


Mas porém, quando o mardito
isgaiava o grande ipê,
viu uns burbuio de sangue
do tronco véio corrê!
Sacudiu fora o machado,
e deu de perna a valê!


E foi correno...correno!


Cada tronco que ia vendo
das árve, que ele torô,
era um braço alevantado
dum home, meio interrado,
a gritá: Vai-te, marvado!
Assassino! Matadô!


E foi correno! correno!


Cada vez curria mais!


Mas porém, quando já longe,
uma vez oiô para atrás,
vendo o ipê alevantado,
cumo um home insanguentado,
cum os braço todo torado...
cada vez curria mais!


Na barranca do caminho,
abandonado, um ranchinho,
entre os mato entonce viu!
Que vê si apara e discansa,
e o ranchinho por vingança,
im riba dele caiui!


E foi correno, e gritano!
e as árve, que ia topano,
o que má pudia vê,
cumo se fosse arrancada
cum toda a raiz da terra,
numa grande disparada
ia atrás dele a corrê!


Na boca da incruziada,
veno uma gruta fechada
de verde capuangá,
o home introu pulo mato,
que logo que viu o ingrato,
de mato manso e macio,
ficô sendo um ispinhá!


E foi outra vez correno,
cansado, pulos caminho!


Toda a pranta que incontrava,
o capim que ele pisava,
tava crivado de ispinho...


Curria e não aparava!


Ia correno sem tino,
cumo o marvado, o assassino,
que um inocente matô!


Mas porém, na sua frente,
o que ele viu, de repente,
que, de repente, impacô?


Era um rio que passava,
ali, naquele lugá!
O rio tinha uma ponte:
o home foi atravessá!


Pôs o pé.. Ia passano.
E a ponte rangeu quebrano,
e toca o bicho a nadá!


O bruto tava afogano,
mas porém, sempre gritano:
socorro, meu Deus, socorro
socorro, que eu vô morrê!


Eu juro a Deus, supricano,
nunca mais na minha vida
uma só árve ofendê!
Entonce, um verde ingazero
que tava im riba das agua,
isticou um braço verde,
dando ao home a sarvação!


O home garrô no gaio,
no gaio cum os dente aferra,
foi assubino, assubino...
e quando firmô im terra,
chorava cumo um jobão!


Bejano o gaio e chorano,
dizia: Munto obrigado!
Deus te faça abençoado,
todo ano tê verdô!
Vô rebentá meu machado!
Não serei mais lenhadô!


Depois desta jura santa,
pra tê de todas as pranta
a graça, o perdão intero
dos crime de home ruím,
foi se fazê jardinero,
e não fazia outra coisa
sinão tratá do jardim.


A vó, que já carregava
mais de setenta janero,
dizia que neste mundo
nunca viu um jardinero
que fosse tão bom assim!


Drumia todas as noite,
dexano a jinela aberta,
pra iscutá todo o rumô,
e às vez, inté artas hora,
ficava, ali, na jinela,
uvindo o sonho das frô!


De minhã, de minhã cedo,
lá ia sabê das rosa,
dos cravo, das sempreviva,
das maguinólia cherosa,
se tinha durmido bem!


Tinha cuidado cum as rosa
que munta vó carinhosa
cum os seus netinho não tem!
Dizia a uma frô: Bom dia!
Como tá hoje vremêia!
Dizia a outra: Coitda!
Perdeu seu mé! Foi robada!
Já sei quem foi! Foi a abêia!


Despois, cum pena das rosa,
que parece que chorava,
batia leve no gaio,
e as rosa disavexava
daqueles pingo de orvaio!


Ia panhano do chão
as frô que no chão cai!


Despois, cum as costa da mão,
alimpano os pingo dágua,
que vinha do coração,
batia im riba do peito,
cumo quem faz confissão.


Quando no sino da ingreja
tocava as Ave Maria,
no jardim, ajueiado,
pidia a Deus pulas arma
das frô, que naquele dia
no jardim tinha interrado!


E agora, quando passava
junto das árve, cantano,
chei dágua carregano
o seu véio regadô,
as árve, filiz, contente,
que o lenhadô perduava,
no jardinero atirava
as suas parma de frô!

Inserida por Pequenosol

Qual é o nome do meu ser?
Quantos nomes posso ter?
Um nome que alguém me deu
Um nome que eu quero ter
Meu nome quem é você?
Meu ser quero conhecer
Mesmo sem nome
Eu e você vamos ser Um

Inserida por ReSsOoU

Até quando vamos achar que não fazemos parte da natureza até quando vamos achar que não somos do reino animal até quando vamos achar que não somos um ciclo. Os romanos vencerão a batalhar até quando?

Inserida por edionepaixao

Quando você acredita e tem fé.Mesmo quando tudo pareci perdido, pode de novo encontrar a direção e acabar sendo surpreendido, de uma forma incrível. Pode até parecer que é perfeito demais, que não dará certo. Ai que entra sua capacidade de lutar, batalhar, não desistir e tentar fazer acontecer. Porque que quando o objetivo é digno até mesmo as mais longas batalhas não nos parecem preocupar, por que no fim sabemos que não estaremos sozinhos.

Inserida por rafaelpaixao

Ao anoitecer ao alto ela aparece tão linda, deslumbrante e misteriosa. Como a nossa história. Uma história curta até, porém com uma profundidade que em certos momentos o único pensamento que vem a nossa mente é simplesmente," ba, uau, abismado, não acredito....". Aquela estrela, se mostra para todos, porém não acreditam que ela exista, que é o sinal.E a diferença vem nesse mormento, quando você sai do meio da multidão, do que dizem,"Impossível". Dá o primeiro passo e diz: "Sim.. Acredito em você".

Inserida por rafaelpaixao

Crie menos expectativas nas pessoas...troque a decepção pela surpresa!

Inserida por prisioneirodapaixao

As moscas tem os sapos pra cotrolar sua super população,os ratos tem as cobras pra controlar sua super população os bufalos tem os leões pra controlar sua super população o ser humano tem o que? edione silva da paixão

Inserida por edionepaixao

Nunca seja nacionalista o cara que vai te assaltar e seu compatriota...edione silva da paixão

Inserida por edionepaixao

De dentro ou de fora da casca,
do estável ao instável,
sou filho de um ciclo contínuo e mutável.

Inserida por ReSsOoU

Dos gases às águas
Dos ares às algas
Da areia à praia
Da flor à mata
Dos peixes aos primatas
Da fome à caça
Do fogo à prata
Da fala à arte
Da roda à máquina
Do amor ao ódio
Da dor ao ópio
Sou

Transbordo a expressão do ser no tempo
Sou essa interação, esse senso
Sou essa liberdade, esse contato integrado

Inserida por ReSsOoU

Eu sou o cordão rompido do umbigo
Estou na seiva do mandacaru
Sou a respiração de um povo sofrido
Eu sou a cena do assalto ao amor
Sou uma canção cantada por índios
Uma visão que teve um xamã
Eu sou a bera do abismo
A esquiva da dor
Eu sou a quebra do ismo
Um bicho solto eu sou
Sou a escuridão
A anti matéria
Um coração pulsando na selva
Sobrevivente vivendo na guerra
Alma vivente, o bruxo das ervas
Eu sou o fogo do mundo e as cinzas
Sou eu quem gira o mundo
Eu sou os prazeres da vida
Eu sou um tesouro perdido
Fui eu que me perdi
Sou eu a saída

Inserida por ReSsOoU

Não sou Abel nem sou Caim,
Aqui em babel sou curumim,
No jingle bell nunca caí,
Presente do céu nunca cai.

Inserida por ReSsOoU

Do micro ao Macro,
da massa ao vácuo,
UniverSou

Inserida por ReSsOoU

Vida moderna, afeto mecânico
A alma hiberna no corpo sem plano

Inserida por ReSsOoU

"A rua é o mar e eu sou peixe"

Inserida por ReSsOoU

"Se o bagulho é louco
estamos em casa"

Inserida por ReSsOoU

d-Eus, o Todo de todos Eus

Inserida por ReSsOoU