Deitada sobre a Pedra
GARIMPEIRO
Aquele garimpeiro,
que procura às pressas
pedra preciosa na batéia,
acaba por fazer festa com
cascalho e sem platéia.
Não e não, sou e sou; pedra e pedra, som e som, carne e vento:
Salada e sopa, pimenta no vento... solidão na floresta, valsa do sangue escorrendo entre os dedos dos macacos perdidos, hipócritas, vencidos, ricos ou pobres ?
Famintos de sentimentos apenas de uma palavra nostálgica "solidariedade".
O BANCO
O banco,
Assento,
Descanso,
De ferro,
Madeira,
Pedra,
Jesus fazia banco?
Jose fazia com certeza!
O banco,
De pedra,
Na pedreira,
De areia,
No mar,
Encalho,
De riqueza,
De morte,
De azar,
De sorte,
Na marinha,
Na geologia.
O banco,
Do réu,
Do assassino,
Traficante,
Violentador,
Quem se esqueceu de amar o próximo,
Quem sairá impune,
Matara novamente,
De Judas.
O Banco,
Do dinheiro,
Da divida,
Da hipoteca,
Do roubo permitido,
Da transação.
O banco,
Que salva vida,
Do vermelho,
Da doação,
Do sangue,
Da reposição,
Da medula,
De órgãos,
Que devíamos ajudar,
Mas não fazemos por medo,
Por egoísmos,
Por covardia,
Seja lá por que for.
O banco,
De informação,
Do chip,
Do satélite,
Dos dados,
Que permite a conexão,
De você saber o que penso.
Também tem o banco do romântico,
O banco daquela praça,
No formato de jacaré,
Onde comia pastel,
Tomava cerveja,
Com a minha amada
Que agora me deu saudade,
Da amada ou do banco?
André Zanarella 09-12-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4628002
A conotação disse pra denotação que o mesmo tinha um coração de pedra. Denotação acreditou e morreu de infarto!
A Alma não é de Pedra
As mudanças
Quero-as
Por que sei
Agora
Pelas noites e manhãs
Pela alegria e pela dor
Pelo amor e seus atropelos
Que a alma
Não é inerte
A alma
É andarilha
E mutante
A alma não é de pedra
Como Jesus dizia:
Quando pedir um pão não devemos dar uma pedra.
Comigo é o contrario:
Nem pão, nem pedra..
E sempre "NÃO" que eu recebo!.
Mas eu respondo: Eu NÃO vou parar!.
Sou uma pequena pedra
Me atiram contra as flores
Tropeço nos espinhos
Preciso me sentir.
Diferente de ser uma pedra
Também sou um beija flor
Cujo coração não é de pedras
Mas sim,de flores e sentimentos.
Seja pedra, seja pétala para suavizar seu amor,
Seja mar, seja terra para guiar o que preciso for,
Seja céu, seja estrela a iluminar a escuridão,
Seja mais, seja capaz de transformar quantas vezes for…
Faça, vá, arrisque alimente-se,
Busque o que necessite e faça com que, o melhor floresça,
Mostre-se, transforme-se e seja você…
Não perca, busque;
Não desista, lute;
O que machuca engrandece,
O que faz sorrir compadece…
PEDRA
Pelos dias que passaram,
Pelos que passam em vão,
Pelas pessoas que ficam,
Por aquelas que se vão,
Pelo tempo que voou
Entre os dedos destas mãos,
Pelo que me magoou,
Pela vida, pelos “nãos”,
Pelos sonhos destruídos,
Pelos que nem asas têm…
Pela voz, pelos ruídos,
Pela fé que me mantém,
Os segundos se demoram
E o choro já não vem…
Bem sei que pedras não choram.
Inda quero florescer
Numa outra estação…
Deus, não deixe endurecer
O meu frágil coração!
Cuidado ao lançar pedras sobre alguém que esta na sua frente pois esta mesma pedra pode ser seu obstaculo amanhã.
Se alguém te jogar uma pedra, faça diferente: pegue uma linda flor e leve até essa pessoa e entregue a mesma para demonstrar sua paz, que você não se abalou com o que aconteceu. Promova a paz!
Nunca, de forma alguma, deixarei que uma pedra na esquina, atrapalhe meu caminho;
Vou erguer sempre a cabeça na esperança de ver um horizonte atraente;
E seguirei firme, atravessarei a seca, a tempestade e as tristezas do coração;
Chegarei nas profundezas da paz e tranquilizarei meus medos, não irei mais parecer um bebe indefeso sem saber onde quero chegar, e por cada falha que cometi, me colocarei a disposição para me redimir.
Devo tanto agradecimento, que sinto vergonha de pedir...!
TKS GOD
ATIREM A PRIMEIRA PEDRA
A chuva que molha as pedras
Nada sabe das pedras do meu caminho.
Das vezes que sequei meu sangue,
Das pedras que atiraram em mim.
Até fiz o meu castelo sombrio,
Das tantas pedras que me atiraram;
Ergui um muro a minha volta
E cobri-me das rochas que sobraram.
A minha alma virou pedra
E o meu coração em pedra se tornou;
Das tantas pedras que me mataram,
Nenhuma pedra a mim sobrou.
Refiz-me em rochas e pedras;
Tornei-me insensivelmente dura e forte
E cada impacto da pedra que vem, volta;
Pois sou uma fria pedra viva depois da morte.
Pedra...
A vezes,
penso ser pedra,
pesada
e imóvel,
sou nada.
Em outras,
plumas ao vento
e há ainda os dias
que me encontro
sobre a pedra
ou,
sob ela
me deixo,
mas há dias
que penso,
ser pedra e pluma.
Não pertenço a partido nenhum e, por isso, na manifestação não vou atirar pedra em nada e nem em ninguém e vou impedir quem quiser atirar. Meu slogan é: por um trabalho sem "diz-que-me-disse" porque questões de prejuízo emocional aparentemente vistas como só problema individual e muito "delicado" podem afetar a coletividade. Tenho tanta vergonha na cara que nunca fui vender meu corpo na esquina mas agora estou começando a protestar na rua
A AREIA E A PEDRA
Certo Homem queria saber sobre valores, e procura um ancião onde pergunta sobre como descobrir aqueles que permanecem para sempre, quais os que perduram por toda a vida! Então o ancião disse: Pegue um punhado de areia e uma pedra ao chão, depois entre num barco e navegue até o meio do rio em sua correnteza e, ao chegar, jogue um após o outro nas águas e fique a observá-los até cada um desaparecer da sua vista, e volte até aqui.
O Homem assim o fez. Voltando ao ancião, lhe perguntou sobre a razão de ter observado a areia e a pedra colocada sobre as águas.
O Ancião indagou ao Homem sobre a areia! O que percebeste ao coloca-la sobre as águas? O Homem disse que a princípio, a areia pairou sobre as águas liberando uma fina poeira, caindo tudo sobre as águas fez-se uma mistura de cor barrenta, rodou um pouco fazendo um círculo meio distorcido e depois começou a se afastar lentamente e dissolver a sua cor até desaparecer por completo.
Em seguida o Ancião pergunta ao Homem sobre a pedra colocada sobre as águas! O que percebeste quando a pedra foi colocada sobre as águas? O Homem disse que ao contrário da areia, a pedra, imediatamente quando colocada nas águas, afundou, sendo a princípio, lento e de balanço de um lado para o outro, até desaparecer da sua vista na profundeza do rio.
O Ancião disse que, os valores que perduram são como a pedra que se funda por sua solidez, indo de um lado ao outro das intensões, e, ainda que não o vejamos com clareza em sua profundidade, sabemos que ele está a onde o colocamos, a onde o fundamos. Os valores que permanecem são em sua essência, uma força de massa persistente, passando a existir como contribuição a construção da moral para o indivíduo em seu bem estar, em acúmulo, também servem para contribuir ao estado de bem para a harmonia da vida de si e do outro. Encontrando estes valores irás bem!
Porém, tal qual a areia que se espalha como poeira, e que, ao cair sobre as águas lhe escurece, mas, rapidamente se dissipa, esta é como os valores passageiros que, por não terem consistência e solidificação, ao ser procurado como norteador à vida, não o encontramos jamais depois que se dissipam. São valores aparentes, de fácil desaparecimento, por não tratarem do que virá a ser o que existe de bem a sociedade em sua moral, procurando apenas o que pode ser ao agrado de indivíduos que vivem para si, sem jamais se importar com o outro em seu bem estar.
Então, disse o Ancião: Solidifique seus conceitos sobre o certo e o errado, sobre a decisão e a aceitação, estes valores poderão anunciar tuas obrigações e avaliar tuas intensões, indicando, por exemplo, o sentido de honestidade, responsabilidade, liberdade, felicidade, o bem, o mal e etc., já que são valores que nunca deixarão de existir, pois foram fundados e não espalhados, foram depositados em lugar que sabes onde se encontram, pois quando fundados, passaram a fazer parte de você, em tua consciência.
Prefiro o grito
Prefiro o grito ao silêncio.
O grito da dor ao bater da pedra.
O grito do espinho furando a pele.
O grito de resistência apoiado na inocência.
O grito do muro de alma pichada.
O grito do sapato furado no solado.
O grito dos pés pisando brasas.
O grito da ressaca mesmo sem ter bebido.
Prefiro o grito da justiça,
Que na noite extrapola a razão.
Prefiro o grito, mas por covardia,
Ou por bom senso, calo-me.
Do topo de uma pedra, você avista toda uma imensidão desconhecida , ao longe. Seus pensamentos voam, livres de qualquer barreira, seus olhos enxergam o que você desejar ver.
Já não existem mais limites, medos, nada que te afaste de um sentimento bom e a lua se transforma na sua melhor companhia.
As horas passam e você nem se importa mais, a musica dita o ritmo dos ventos, as folhas das arvores se movem lentamente de um lado para o outro, livres. Lá embaixo os poucos carros que restaram nas ruas seguem o seu caminho, em alguns prédios luzes permanecem acesas. Você separa um tempo para imaginar o que aquelas pessoas estão fazendo, como é a vida de cada uma delas, o que elas fazem, se elas são felizes,se elas vivem.
Você imagina o céu como uma imensa folha em branco enquanto o rabisca com pensamentos. Você liga uma estrela a outra, procura por constelações inexistentes e inventa nomes para cada uma delas.
Você sente uma imensa vontade de rir, rir do nada, rir da vida, você tem o desejo de abraçar o mundo que esta ali, na sua frente. Esquece todas suas tristezas, naquele momento nada é capaz de te fazer se sentir mal, nada. Você vê a beleza nas coisas mais simples, sorri de cada lembrança que tem vem na cabeça.
Você se lembra de toda sua vida, do que te levou até ali. Se lembra do primeiro beijo, do primeiro dia na escola, dos amigos do passado, se lembra do seu primeiro amor, da sua primeira decepção, dos seus erros e acertos. Você se lembra de cada detalhe, rostos, vozes, palavras e sentimentos. Se lembra de quem nunca vai se lembrar de você, de quem um dia se tornou inesquecível e daqueles que simplesmente passaram pela sua vida rapidamente.
Sente falta de algo,saudade, procura pelas peças que tem faltado em um grande quebra cabeças, se sente feliz do nada, simplesmente por viver e passa a ter plena consciência do que faz você se sentir triste.
Você faz planos, separa o que é necessário do inútil, muda seus pontos de vista, jeito de pensar e muda alguns valores.
Você se lembra das dificuldades que te transformaram no que você é hoje, na força que elas te deram para superar o que estaria por vir.
Você se pega pensando em como seria se tivesse feito algo de uma forma diferente, se suas escolhas fossem outras, pensa nos inúmeros sinais que deixou passar ou que não quis ver. Você pensa em como seria se não tivesse aberto mão de certas coisas, deixado escapar algo ou quando fez alguém chorar.
Pensa nas lagrimas que não quis derramar, em cada choro que ficou preso na sua garganta enquanto se sufocava. Pensa em cada experiencia que a vida te fez passar, e depois de muito tempo se da conta do sentido de cada uma delas.
Você pensa nas pessoas que decepcionou por esperar algo mais de você, pensa nas chances que perdeu de se desculpar com quem deveria. Pensa nos momentos que passaram e se perderam na neblina de um passado que em algum momento foi o seu melhor presente. Pensa no que te faz feliz, pensa no que nunca disse e no que disse até demais.
Você questiona cada segundo da sua existência, questiona toda a pressão que cai sobre seus ombros, quase que te impedindo de andar.Questiona-se sobre o seu papel nesse vasto mundo, o que você precisa fazer, pra onde vai, quando vai e se um dia vai voltar.
Você sonha, sonha alto, tão alto quanto aquela nuvem que passa rapidamente pela sua visão, sonha por horas e com os olhos fechados você é capaz de criar o cenário que quiser ,um cenário só seu, com os seus personagens, lugares e sensações. Você sonha com uma vida que ainda não existe, uma vida que só existe nas suas projeções de um longínquo futuro. Sonha para que ainda exista algo pelo que lutar, pelo que viver e pelo que buscar. Você sonha para que sua inspiração nunca fuja, para que as suas esperanças se renovem a cada instante. Sonha para que a vida tenha sentido, para que o seu caminho continue te guiando a algo que um dia , finalmente, vai te dar as respostas para todas as perguntas que você nunca fez...
O homem quando se panca na pedra, chora, não porque é mimoso mas porque os nervos estão a flor da pele.