Deitada sobre a Pedra
Ilha de Pedra
Eu vi uma ilha de pedra,
Com gosto de framboesa.
Pedra por cima de pedra,
Lindérrima! uma beleza!
Água e plantas ao seu redor,
É o trabalho da Natureza.
Vejo uma grande pedra
Em cima uma planta florida.
Não é rosa nem jasmim
É uma linda margarida.
Como é bela a natureza,
Como é bela a minha vida.
Na luta contra o gigante, escolha bem qual pedra atirar primeiro, isso será decisivo, pois se você errar revelará sua técnica.
" Há muitas igrejas.Mas,só uma pedra viva.Há muitas injunções de nobreza.Mas,só um príncipe da paz".
Você pode tornar-se uma rocha e ser inflexível ou como uma pedra de gelo e ter a facilidade de mudar para o estado líquido ou gasoso conforme o ambiente.
O amor não basta. Tem que ser a fundação, a pedra angular mas não a estrutura completa. É excessivamente mole, dobrável.
Não adianta o monstro escolher a montanha mais bonita, batalhar, carregar pedra para construir o castelo mais seguro e mais confortável que pôde oferecer, se terá que prender a princesa na torre mais alta e no final da história ela sempre vai embora com o primeiro príncipe que aparecer montado em um cavalo branco.
EFEITOS DA PEDRA
A pedra poderia voar
se tivesse asas com penas
mas tudo que a pedra fez, foi leis...
Aquelas leis que nos condena.
Editou com seus rabiscos
a condenação dos pecados
depois de cima do muro
ouviu o amor ser jurado.
A pedra, ainda em seu feito...
foi tumulo do salvador
estatuas de: Vênus de Milo, e Zeus.
e a topada dos ateus.
Deixou tudo satisfeito...
Quando o gigante tombou
e o Davi com sua pedra
o seu estima selou.
Do Drummond, foi o poema
da pedra de pedra e pedra
a pedra lá da calçada
a pedra lá do caminho
a pedra de todas as pedras.
Antonio Montes
Não são as palavras que doí, mas sim a proporção que você e capaz de torna-las como pedra que fere o coração e machuca alma.
O verdadeiro alquimista não transforma ferro em ouro, mas sim um coração de pedra num coração de ouro.
"O casamento é pedra fundamental de Deus para formação de uma sociedade sadia e feliz”. E nesta imutável estrutura chamada família que ele está projetando o seu reino”.
Toda pedra que encontro no meu caminho vou juntando, para quando chegar ao meu destino, ela sirva para construir a minha fortaleza!
De Pedra a Pedra
Toco na pedra, inicio a corrida com largas passadas. Tento enxergar meu objetivo, no final da praia, a outra pedra que à distância o meu toque espera. A bruma do mar e a atmosfera aquecida distorcem a visão. Não enxergo o final mas isso não importa pois a pedra me espera. O coração acelera, o corpo se prepara e me acostumo ao ritmo. Tenho para escolher o caminho onde a areia é dura ou fôfa, escolho a variação dos dois, conciliando a vontade do coração com a dos pés. À beira d'água, num vai e vem água fria refresca minhas pernas e me dá impressão de maior velocidade. Pequenos peixinhos cruzam meu caminho, me distraem, me divertem. Os pés começam a sentir a dureza do impacto, mudo o rumo procuro a areia fôfa. Os pés agradecem mas o coração reclama, encontro então um caminho não tão fofo que atende o coração. Mais afrente uma nova situação, o terreno inclinado submete a prova a minha coluna. Arrisco seguir na inclinação, mas a coluna berra pedindo atenção. Atendo o pedido, mudo a direção, parto para uma região plana, onde a areia muito fofa sacrifica o coração que novamente reclama, mas agora não dou atenção, sei que é valente e assim vou em frente. A água já não parece mais fria, sinto morna e gostosa, dá vontade de um mergulho. Penso na pedra que lá me espera e num mergulho de finalização onde a satisfação será tanto maior quanto maior for o meu cansaço. Decido esperar o final da corrida, para aí sim, curtir um mergulho como um prêmio perfeito. Já avisto a pedra com maior clareza, vou tocá-la, alcançando-a sem esmorecer, nem mesmo quando próxima. Consumo o tempo com cada passada, me aproximo de todos os objetivos de minha vida e isso é fato, pois tudo que nela alcançarei dependerá do consumo desse tempo. Sigo ofegante e as dores se destacam, a areia abrasiva arranha meus pés, os calcanhares sentem o piso duro, o caminho fôfo sobrecarrega as panturrilhas que sentem pequenas pontadas sinalizando a exaustão muscular. Percebo que estou no momento que será definido se sou fraco ou forte. Isso é muito forte, então o ritmo não esmoreço e até aumento, por breve tempo, mostrando a mim mesmo do que sou capaz, volto ao ritmo, sigo em frente. Agora a pedra está próxima, preciso chegar, a exaustão me consome, penso na física, sou engenheiro, otimizo os movimentos, não desperdiço energia. Agora não há como falhar, a pedra está muito próxima, aperto ritmo, penso no toque sem o qual parecerá que nada terá sido feito, um simples toque, mas não um raspado, como se tudo na vida fosse alcançado, já penso no prêmio, vou conseguir, faltam cerca de sete metros, já fiz isso em um só pulo quando atleta....ora! como penso nisso agora? Estou chegando... chegando...toquei...cheguei!!!!!! Grito ofegante e parto para o prêmio. De pedra a pedra, vivo assim.
Roberto Morand