Deitada sobre a Pedra
Eu não preciso de muito... De todos os lugares, aquela pedra, com aquela mesma árvore onde descanso minhas costas, parece que foi criada sob medida, ajustada de forma a arrancar de mim muito mais que olhares.
Saio de casa, ando inquieta até a pedra, onde sento e pouso minhas costas em uma partezinha da planta que parece já estar familiarizada com meu contato. Sei que se trata apenas de mim e uma noite inteira para desbravar. E como me sinto acolhida ali! É como se, debaixo de todo aquele manto de folhas e diante da silhueta da cidade que o horizonte me fornece, todo o mundo fosse desenhado novamente para mim.
As estrelas por vezes me paqueram, mandando piscadelas constantes em minha direção. E a Lua, majestosa, clareia meus pensamentos à medida que vou adentrando em um universo que é só meu, de mais ninguém.
Às vezes, por conta do lembrete do vento que vem agitar meus cabelos ou, em outros casos, do chamado da minha mãe, "desperto" do modo de reflexão ao qual me habituei a realizar e me encontro novamente recostada naquele tronco, recolhida naquela rocha... Não sou mais a mesma de antes. Saio sempre melhor, mais leve, segura...
Resposta a um aviso
Na terra - na terra - colocar-te-ão,
Com um céu de pedra cinza,
Sobre um leito de terra negra,
Com a negra terra para te cobrir.
"Ao menos aí poderei repousar;
Possa tal profecia surpreender-me dentro em pouco,
O tempo em que meus cabelos de fino sol
Misturar-se-ão sob a terra às raízes da erva".
Mas este lugar é mais frio do que o inverno.
E fechado para sempre à alegria de ser livre.
E aqueles a quem seduzia o calor da tua face,
Estremecerão de horror ao deparar-te.
"Não.
O mundo em que vivemos é uma seara de frêmitos.
Eu sou a árvore do inferno,
A amizade foi para mim a folha decepcionante.
Mas talvez AO LONGE gostarão de me conhecer
E dar à minha imagem uma justa memória".
Deverias renunciar a este grande amor,
Aos ternos jogos da humana piedade:
Oh! não te despertes,
O grande riso do Céu rompe acima das nossas cabeças,
Jamais lamenta a Terra a uma Ausência.
E a erva, a poeira e a lousa solitária
Terão dispersado dentro em pouco a humana companhia;
Só o eco do suspiro se desola neste mundo.
O único ser... e esta alma era digna de ti!
É difícil olhar para dentro e ver o monstro que me tornei, ver meu coração de pedra ser coberto por uma pele de porcelana.
Quem não tem erros que atire a primeira pedra ou aponte com julgamentos a causa hipócrita;
Pois não nasci para perder e não serei destruído, meu barco não pode ficar a deriva com angustias e fracassos;
Sou um vencedor, me ergui para as certezas de quem me ama e a frustração de quem me vêem pelas costas;
sei que a força do amor quer me ajudar para que eu possa renascer o romantismo esquecido;
Todo fim é recomeço
Mas é preciso despedir-se do passado...
é preciso por uma pedra...
fechar os buracos...
costurar os rasgos...
doar as roupas velhas...
zerar a contabilidade
e recomeçar...
Aquele que ama os extremos faz o caminho e é em si o meio, aquele que ama o meio é uma pedra no caminho.
Reclamei de tudo que podia e nada melhorou
Lancei alto a pedra que me atrapalhava,para longe ela voou
Porém quanto mais longe ela ia, mais raiva eu sentia.
Seguia meu caminho, quando de repente percebi.
Lá estava ela, a pedra que esqueci.
Eu estava muito fraco para brigar,
Com a raiva e a distância não queria mais me importar
Por mais longe que eu lançava, sabia que ia voltar.
Então decidi parar de reclamar, tudo que vai volta e irá me afetar.
Peguei a pedra, coloquei-a no bolso e a carreguei
É possível aceitar que há males quem vem para o bem.
Hoje ela não atrapalha mais o meu caminho, e tudo que atrapalha pego e levo comigo.
Faço de cada erro um acerto,
Nem sempre saio ileso, mas sigo agradecendo.
Para sobreviver na selva o animal matar o outro para saciar a sua fome, enquanto na selva de pedra os homens se matam para saciar o ódio e propagar a destruição da vida, por falta de amor a Deus.
Pra ninguém se sentir melhor que ninguém, DEUS criou pra cada ser humano, uma pedra de tropeço, deixando bem claro, que só a ELE pertence o poder de Julgar, de modo que só de Você pensar que não peca, já está pecando!
"Pedra no sapato? Obstáculo pelo caminho?
Simples, meu bem, tire, desvie, jogue para o alto.
Mas jamais deixe o salto. "
Flávia Abib
Preciso ser sequestrada desta selva de pedra.
Requisitos para o meu sequestro.
Um lindo lugar com árvores centenárias, flores e aromas silvestres, rios com águas cristalinas, redes na varanda, trajes os quais nascemos, café da manhã com frutas do pomar, almoço e jantar com alimentos da horta do próprio cultivo.
Noites serestas ao Luar tendo como resgate o encantamento na alma e os labios à beijar.
Ontem, no orvalho da noite sentei em uma pedra. Como quem aguarda a chegada de alguém. Fiquei ali quieto por um bom tempo. Apenas o som da noite eu ouvia, sentia uma energia trazida pelo ar, o cheiro o perfume daquele lugar. Minha mente vazia, apenas percebia minha alma se arrepiar, me abria um sorriso sem nada explicar. Aqui o céu tem outra cor as estrelas tem outro brilho , nunca desejei tanto não acordar, se é que estou sonhando. Olho de novo pro céu, há uma lua linda a me iluminar, então eu a pergunto : o que fazer se a noite cai e a solidão invade o coração . Ontem ela foi meu presente mais hoje e apenas meu passado. A lua em seu silêncio me diz ; tenha calma, mantenha a fé, aquieta tua alma. Deixe a tranquilidade te invadir, se entregue nos braços dos bons sentimentos e perceba que ficar em paz é o que te faz feliz. Boa noite.
Diante do caminho eu vou contando os passos. Se vejo alguma pedra me desvio. Algumas eu tropeço. Outras eu afasto. E sigo. Queria seguir na direção na velocidade do vento que me envolve na caminhada. Então me vejo uma espectadora desses momentos em que eu passo vivendo o que posso.
Como diz o ditado popular: água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Alguns dos seres humanos adultos preferem manter-se ignorantes, e reclamam de quem estimula a sua massa cefálica, porém outros, às escondidas, aos poucos vão dando ouvidos, ou lendo, aos implicantes que cobram uma outra postura deles e, consequentemente, devagarinho eles vão conseguindo perceber que é preciso sair da zona de conforto que a ignorância proporciona e avançam esboçando passos de inteligência no que se refere a reflexão sobre o que era alvo da sua paralização intelectual.
Só isso já vale a exposição, as provocações e as porradas dos agressores de cérebros preguiçosos ou inativos.