Deitada sobre a Pedra
Eu gostaria de manter o rosto pra sempre jovem,mas com o conhecimento correndo solto,cheio de ganância e curiosidades.
Dizem que o seu coração voa mais que avião.
Dizem que o seu amor só te gosto de fel
Vai trair o marido em plena lua de mel
Enquanto eu sou da madrugada sem ter hora pra deitar
A sua vida é controlada, bem cedo vai se levantar
Mas quando eu lhe peço pra ter meu espaço
Você diz que eu só penso em mim
E ver meu sucesso
Razão do fracasso
Nosso amor chegou ao fim
Eu já presenciei dentro da minha cabeça,
A eterna briga besta entre Deus e o diabo.
Pois quando Deus fez o homem, o diabo ficou calado,
Mas quando Deus fez a mulher, o diabo fez o rebolado.
Colar de pedra ametista:
A pedra da sabedoria equilibrada e humildade..
Ela nos ensina humildade, pois nos mostra a infinitude do que nos cerca e nos permite enxergar o quanto nossas preocupações cotidianas são pequenas.
Ou incomoda ou desperta desprezo
Ver escrito memórias passadas
De tempos remotos e tão perversos
Na tela do pintor: A imagem de seu próprio existir
Oito dos oito de dois mil e oito.
A beleza de quem consegue expressar suas energias mal direcionadas com as palavras, é arte de gente sábia.
Qualquer junção de palavras tolas, desamarradas, desconexas.. dá em poesia de mais requintada produção, merece livro e citação!
Escreva o que pensar, ou pense o que escrever, o poeta é aquele que deu lugar ao criativo no lugar onde paradoxalmente morara, também,a dor. E a dor não é o que insere o peta no campo criativo?
Em oito dos oito dos oito não aconteceu nada do qual o poeta - raro em essência - recorda. Mas por se fazer poeta, brincar com a desconexão das letras, se faz revelante.
8/8/8 e a memória do vazio.
A morte é uma música de fundo, lenta, tocada no piano e com notas minuciosamente escolhidas. Ninguém quer saber tocar. Ninguém está preparado para ouvir. Mas todo o mundo sabe, que em algum lugar, esse piano está parado, esperando um descuido, um momento inoportuno, ou alguém com perpétua coragem para dedilhar-lhe, deixando fluir sua música calma, e em câmera lenta, o momento se concretiza.
E, no último instante, se deixar entrelaçar em Moraes, na hora íntima.
Até chegar ao ponto do meio do crucifixo
cheirar e deixar entrar as agonias de Fernando de Abreu.
Quando não houver mais esperança para os dias alentos
sofrer-se e deixar-se cair em tentação
mas livrai-nos do mal.
E que mal?
Mal... ora leva ao devaneio mais intenso
ora consome pela culpa.
Quando não há nada a dizer
deixar-se levar-se pelo sono dos mortos
que deixaram antes da hora íntima
horas menos despreocupadas com a privacidade.
Não me lembro quanto tempo durou. Na verdade não fiz essa conta. Dia 18, duas coisas vieram à tona. Na primeira, me dei conta primeiramente que meu pai, mesmo morto, não abre mão de viver no que eu poderia intitular "inconsciente impulsionado à submergir". Na segunda, eu me dei conta de que sou único responsável pelos quase-desfechos das histórias que caí como cai a chuva na terra dessa vida. Único foi exagero, claro. É bom que eu pense assim. Dói agora, mas num amanhã que nem sequer apareceu ainda no horizonte, vai espairecer e sumir como a fumaça do último cigarro de cada dia. Tá desconfortável, mas estou aprendendo a sublimar. Ou eu desista dessa merda e diga logo onde estive(ponto paradoxal de continuação)